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Tecnologia

- Publicada em 26 de Abril de 2022 às 03:00

Elon Musk fecha compra do Twitter por US$ 44 bilhões

Negócio pode tornar bilionário Musk um 'barão' das redes sociais

Negócio pode tornar bilionário Musk um 'barão' das redes sociais


/Olivier DOULIERY/AFP/JC
O passarinho azul está oficialmente na gaiola do homem mais rico do mundo. O Twitter aceitou, nesta segunda-feira (25) a oferta de US$ 44 bilhões (R$ 214 bilhões) feita pelo bilionário Elon Musk para comprar a rede social. A decisão ocorre após o conselho de administração da empresa aprovar a oferta feita aos acionistas. A aquisição - uma das maiores da história corporativa- pode tornar Musk um barão das redes sociais, com poder de controlar o que ele mesmo definiu como a "praça pública de fato do mundo".
O passarinho azul está oficialmente na gaiola do homem mais rico do mundo. O Twitter aceitou, nesta segunda-feira (25) a oferta de US$ 44 bilhões (R$ 214 bilhões) feita pelo bilionário Elon Musk para comprar a rede social. A decisão ocorre após o conselho de administração da empresa aprovar a oferta feita aos acionistas. A aquisição - uma das maiores da história corporativa- pode tornar Musk um barão das redes sociais, com poder de controlar o que ele mesmo definiu como a "praça pública de fato do mundo".
A transação, aprovada por unanimidade pelo conselho, deve ser concluída em 2022 e está sujeita à aprovação dos acionistas do Twitter, de órgãos regulatórios, entre outras condições habituais a esse tipo de negociação.
Durante as negociações, Musk demonstrou pouco interesse econômico na compra. Para ele, a aquisição era uma forma de reverter as políticas de moderação do Twitter - das quais é um crítico contumaz. O bilionário, que se descreve como um absolutista da liberdade de expressão, argumentou que tornar a rede social uma empresa privada seria uma forma de garantir a livre circulação de ideias. "Ter uma plataforma pública que seja extremamente confiável e amplamente inclusiva é extremamente importante para o futuro da civilização", disse em entrevista no último dia 15.
De acordo com os termos do acordo, os acionistas do Twitter receberão US$ 54,20 (R$ 264,5) em dinheiro por cada ação ordinária do Twitter que possuírem no fechamento da transação. O preço de compra representa um prêmio de 38% em relação ao preço de fechamento das ações em 1º de abril de 2022, que foi o último dia de negociação antes de Musk divulgar sua participação de aproximadamente 9% .
Os detalhes específicos sobre a compra ainda não foram anunciados, mas, conforme divulgado na semana passada, Musk conseguiu montar um pacote de financiamento. Segundo documento apresentado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), o bilionário alinhou US$ 25,5 bilhões por meio de empréstimos com um grupo de bancos liderado pelo Morgan Stanley. O restante ele disse que forneceria pessoalmente, mas sem detalhar a origem.
Em comunicado, Bret Taylor, presidente do Twitter, disse que o conselho conduziu um processo cuidadoso e abrangente para avaliar a proposta de Musk. "A transação proposta proporcionará um prêmio substancial em dinheiro e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter", disse
Para alguns analistas, a compra do Twitter é vista como uma forma de Musk direcionar o futuro de uma plataforma que ele usa, constantemente, para conduzir campanhas de revanche e promover sua agenda.

A novela do 'passarinho azul'

No início de abril, o bilionário Elon Musk, dono da montadora de carros elétricos Tesla e da empresa de turismo especial SpaceX, anunciou a compra de 9% do Twitter, tornando-se o maior acionista da companhia, fundada em 2006 e famosa pela rede social de mensagens curtas e em tempo real.
Apesar de Musk ser conhecido como um feroz crítico da moderação de conteúdo, o movimento animou o mercado financeiro, que viu na entrada de Musk um jeito de tornar a plataforma monetizável - ao contrário do rival Facebook, que conseguiu construir um império desde 2005 e, hoje, é a maior companhia do ramo do mundo.
A notícia foi comemorada pelo atual presidente executivo da empresa, Parag Agrawal, e pelo fundador e CEO antecessor, Jack Dorsey.
No dia seguinte, o conselho do Twitter convidou Elon Musk a integrar a mesa de decisões da plataforma para trabalhar em medidas para o futuro da empresa.
Uma semana depois, porém, Musk recusou o convite e formalizou uma proposta para comprar o Twitter por US$ 43 bilhões, ou US$ 54,20 por ação, e tornar a companhia privada. Atualmente, a companhia é avaliada em US$ 37 bilhões.
Desde então, a rede social precisa responder aos investidores se deve aceitar a proposta do bilionário, cujo patrimônio é de US$ 255 bilhões, ou recusar para vendê-lo a outro grupo. Nos últimos dias, porém, novos compradores não foram a público demonstrar interesse na plataforma, tornando a proposta do CEO da Tesla a mais atrativa.