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Agronegócios

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2022 às 13:01

Estiagem provoca forte alta em preços de hortifrutis na Ceasa

Verduras estão entre os produtos mais impactados pela onda de calor e chuvas insuficientes

Verduras estão entre os produtos mais impactados pela onda de calor e chuvas insuficientes


Assessoria de Comunicação da Ceasa / Divulgação/ JC
Adriana Lampert
A onda de calor que castiga as lavouras gaúchas desde o início do ano afeta os preços de hortigranjeiros no Rio Grande do Sul. Segundo os últimos dados da Ceasa-RS, 15 dos 35 alimentos consultados semanalmente sofreram elevação de preços entre os dias 1º e 3 de fevereiro.
A onda de calor que castiga as lavouras gaúchas desde o início do ano afeta os preços de hortigranjeiros no Rio Grande do Sul. Segundo os últimos dados da Ceasa-RS, 15 dos 35 alimentos consultados semanalmente sofreram elevação de preços entre os dias 1º e 3 de fevereiro.
A moranga cabotiá, por exemplo, subiu 75% (o quilo passou de R$ 2,00 para R$ 3,50) e o pimentão verde aumentou 50% (com o preço do quilo saltando de R$ 4,00 para R$ 6,00). Já o quilo do repolho verde subiu de R$ 2,00 para R$ 2,50, alta de 25%.  
Como as chuvas que ocorreram nas últimas semanas foram insuficientes, o prejuízo nas lavouras segue inalterado, informa o presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado. Por conta disso, o preço e a qualidade de algumas hortaliças também está sendo afetado desde janeiro. Neste sentido, as mais prejudicadas são as folhosas, que sofrem queimaduras nas pontas. 
"É uma receita infalível para danificar os produtos", comenta Machado. "A Serra enfrenta uma estiagem muito grande. Dali vem a maioria dos legumes e das frutas comercializadas na Ceasa. E a escassez gera elevação dos preços", explica. O presidente da Ceasa pondera que apesar do contexto influenciar na oferta e no valor dos hortifrútis, não há risco de desabastecimento neste momento.
Porém, o reflexo se sente no bolso dos consumidores, uma vez que os valores comercializados no Pavilhão dos Produtores da Ceasa já chegou a patamares altos, como os da quinzena passada, quando a dúzia do alface pulou de R$ 10,00 para R$ 12,00 e a alface americana (dúzia) passou de R$ 12,00 para R$ 15,00. Na metade de janeiro, a dúzia do brócolis teve valor alterado de R$ 35,00 no início do mês para R$ 40,00 no último dia 14.
De acordo com a Ceasa, "vale ressaltar que esses valores são variáveis, podendo mudar de um dia para o outro, de acordo com a oferta do produto". Na última atualização de dados, a tabela mostrou a unidade de brócolis com preço estável, por exemplo. Em compensação, o quilo de pepino para salada subiu de R$ 2,77 para R$ 3,33 e o quilo do pimentão verde teve o preço elevado de R$ 4,00 para R$ 6,00 na última quinta-feira (3). 
Um exemplo da ação do clima nas lavouras pode ser visto na plantação de milho dos agricultores e permissionários da Ceasa, Gilson e Rosenei Lorenz, de Cruzeiro do Sul. Segundo eles, o produto não vai servir "nem para silagem, para alimentar os animais".
No caso das hortaliças, ainda que precisem de sol para crescer, e muitas sejam resistentes às altas temperaturas, algumas delas, além das folhas queimadas estão ficando desidratadas. Outros produtos bastante prejudicados são as frutas. Um exemplo é o valor do melão espanhol (quilo), que já subiu de R$ 3,33 para R$ 3,75. 
A Ceasa é abastecida por 232 municípios gaúchos. Desse total, 99 enviam hortifrutis para o Pavilhão dos Produtores. Ou seja, 69,5% dos hortigranjeiros (frutas, legumes e verduras) comercializados na Ceasa são produzidos no Rio Grande do Sul. O restante (30,5%) vem de outros estados e países, principalmente frutas.
"Recebemos produtos de 570 municípios de 21 estados brasileiros e de oito países (Argentina, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, Nova Zelândia e Uruguai)", destaca Machado. 
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