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Economia

- Publicada em 21 de Dezembro de 2021 às 17:44

Prefeituras de Estância Velha e Ivoti são contrárias à instalação de novo aterro sanitário

Mathias Boni
As prefeituras dos municípios de Estância Velha e Ivoti se posicionaram oficialmente de forma contrária à instalação do aterro sanitário proposto pela empresa Orizon Valorização de Resíduos. O projeto do aterro, chamado pela Orizon de “ecoparque”, pretendia, segundo a empresa, realizar no local tratamento de chorume e proteção dupla do solo, sistema de geração de energia renovável através do biogás, geração de créditos de carbono e valorização de materiais recicláveis. A instalação estava prevista pela Orizon para ocorrer já em 2022, e seria localizada nas proximidades do bairro Rincão Gaúcho, em Estância Velha, próximo ao limite territorial com Ivoti.
As prefeituras dos municípios de Estância Velha e Ivoti se posicionaram oficialmente de forma contrária à instalação do aterro sanitário proposto pela empresa Orizon Valorização de Resíduos. O projeto do aterro, chamado pela Orizon de “ecoparque”, pretendia, segundo a empresa, realizar no local tratamento de chorume e proteção dupla do solo, sistema de geração de energia renovável através do biogás, geração de créditos de carbono e valorização de materiais recicláveis. A instalação estava prevista pela Orizon para ocorrer já em 2022, e seria localizada nas proximidades do bairro Rincão Gaúcho, em Estância Velha, próximo ao limite territorial com Ivoti.
Contudo, na noite desta segunda-feira (20), a prefeitura de Estância Velha realizou uma audiência pública para tratar sobre o tema. No encontro, a grande maioria da população se manifestou contra a instalação do aterro, alegando riscos de contaminação do abastecimento de água, proximidade com áreas urbanas e outros potenciais danos ao meio ambiente. Representantes da Orizon foram convidados a participar e apresentar os possíveis benefícios que a instalação do projeto traria à comunidade, mas não compareceram. Após a conclusão da audiência pública, a prefeitura de Estância Velha publicou uma nota oficializando o seu posicionamento contrário à realização do projeto. Na sexta-feira (17), a prefeitura de Ivoti já havia feito o mesmo.
“Percebemos a contrariedade da população, então marcamos a audiência pública. Os representantes da empresa foram convidados, mas não compareceram. Na reunião, ficou claro que a comunidade é contra o projeto, por todos os riscos envolvidos, então a prefeitura assumiu essa posição de forma oficial”, destaca o prefeito de Estância Velha, Diego Francisco. “A avaliação da administração municipal é de que o empreendimento possui potencial para causar grave impacto ambiental. Conforme parecer técnico da Autarquia Água de Ivoti, a ocorrência de vazamento, mesmo que acidental, tem potencial para contaminar toda a rede do município”, afirmou em sua nota a prefeitura de Ivoti.
Atualmente, o projeto se encontra em fase de análise junto à Fepam, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental. Em nota, o órgão afirma que "garante que a análise é realizada com total rigor técnico para garantir a proteção ambiental", e que "só poderá se manifestar conclusivamente sobre a viabilidade ambiental do empreendimento após o cumprimento de todas as etapas do licenciamento". Para evitar que a construção seja efetivada, a Câmara de Vereadores de Estância Velha está elaborando um projeto de lei com o intuito de vedar a instalação na cidade de aterros sanitários que não cumpram todos os requisitos legais necessários, como é o entendimento do município. “Nossa expectativa é que esse projeto de lei seja avaliado e aprovado até o final desta semana. Se aprovado, inviabiliza a construção desse empreendimento”, ressalta o prefeito de Estância Velha, Diego Francisco.
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