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Economia

- Publicada em 20 de Dezembro de 2021 às 18:22

Danos financeiros afetam mais de 60% dos gaúchos que tiveram trabalho impactado com a pandemia

Entrevistados estão preocupados com inflação e desemprego, afirma Elis Radmann

Entrevistados estão preocupados com inflação e desemprego, afirma Elis Radmann


Joel Vargas/DIVULGAÇÃO/JC
Vanessa Ferraz
Uma pesquisa encomendada pela Assembleia Legislativa ao Instituto Pesquisa de Opinião (IPO), que entrevistou 1500 pessoas no Rio Grande do Sul, aponta que, para 50,1% das pessoas ouvidas, a pandemia teve impacto no seu trabalho. As principais dificuldades causadas foram danos econômico/financeiros (61,1%), perda do emprego (24,9%), mudanças na rotina (10,6%), danos na saúde (1,6%) e outros (1%). Outros 32,3% não foram afetados, e os 17,6% restantes não trabalham.
Uma pesquisa encomendada pela Assembleia Legislativa ao Instituto Pesquisa de Opinião (IPO), que entrevistou 1500 pessoas no Rio Grande do Sul, aponta que, para 50,1% das pessoas ouvidas, a pandemia teve impacto no seu trabalho. As principais dificuldades causadas foram danos econômico/financeiros (61,1%), perda do emprego (24,9%), mudanças na rotina (10,6%), danos na saúde (1,6%) e outros (1%). Outros 32,3% não foram afetados, e os 17,6% restantes não trabalham.
Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (20), no salão Júlio de Castilhos, no último seminário do ano da série “O RS pós-pandemia”, promovida pela Assembleia Legislativa. A apresentação dos resultados foi realizada pela cientista política e diretora do IPO, Elis Radmann, juntamente com o presidente da Assembleia, Gabriel Souza (MDB). Entre as conclusões do do levantamento estão a necessidade de requalificação para as pessoas acima de 50 anos, e também, a qualificação para a entrada dos jovens no mercado de trabalho. 
A diretora do IPO relatou que o tema trabalho demonstra ser um assunto difícil aos entrevistados com o atual cenário econômico, “Cerca de 70% das pessoas ouvidas estão muito preocupadas com a inflação, e mais de 50% está preocupada com o desemprego”. Além disso, a pesquisadora salienta que ao olhar os dados de forma minuciosa, se percebe que a população negra é a que apresenta maior fragilidade em relação aos indicadores. 
Ainda sobre impactos da pandemia, 58,2% disseram que suas atividades não poderiam ser feitas de casa e apenas 20,7% têm trabalhos compatíveis com home office – ou seja, menos de um quarto dos gaúchos. Destacam-se os professores e trabalhadores mais jovens. O estudo mostra ainda, que quanto maior a escolaridade e renda familiar, maior é a compatibilidade do trabalho home office.
Com o olhar para o futuro do trabalho, a pesquisa questionou o quão preparados os participantes se sentiam em relação ao tema, 52,3% não se sente preparado para as mudanças profissionais e 35,1% diz que está se preparando. Sobre buscar essa preparação, 75,6% respondeu que não realizou nenhum curso durante a pandemia e 54,7% pensou na possibilidade de fazer. Independente disso, 76,3% acreditam que essas transformações já estão ocorrendo nas suas cidades. Em relação a percepção sobre as novas gerações, 42,3% acredita que os jovens estão no caminho para estarem aptos ao mercado de trabalho e 28,8% não acredita nesta preparação.
Em relação aos motivos que levam as pessoas a terem a percepção que estão despreparadas ou que observam despreparo em relação a geração futura, 35,9% explica que isso se deve a falta de oferta de qualificação, de oportunidade de acesso, e de políticas públicas. Em razão dessas percepções, 77,1% das pessoas responderam que o Legislativo deveria trabalhar em alguma lei ou regra para tratar da capacitação profissional da população.
O presidente da Assembleia Legislativa afirmou que os resultados das pesquisas ajudam a entender o que a sociedade gaúcha está demandando, e também, que alguns projetos já foram aprovados para beneficiar algumas dessas agendas. "Independente das políticas públicas, o futuro é um desafio, a tecnologia é disruptiva e vai mudar ainda mais o mercado de trabalho”, ressalta Gabriel Souza.
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