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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2021 às 19:51

Shoppings têm grande movimento em último fim de semana antes do Natal

Cobertura da vacina e pagamento de parcela do 13° geram movimento em empreendimentos

Cobertura da vacina e pagamento de parcela do 13° geram movimento em empreendimentos


ANDRESSA PUFAL/JC
Nícolas Pasinato
Este sábado, no último fim de semana antes do Natal, teve shopping centers cheios e lojistas confiantes em Porto Alegre, especialmente com a retomada de clientes em maior volume a partir do avanço da vacinação contra Covid-19.
Este sábado, no último fim de semana antes do Natal, teve shopping centers cheios e lojistas confiantes em Porto Alegre, especialmente com a retomada de clientes em maior volume a partir do avanço da vacinação contra Covid-19.
Com a proximidade da data mais importante para o varejo, a flexibilização da circulação de pessoas e o pagamento da segunda parcela do 13° salário, previsto para esta segunda-feira (20), elevaram a expectativa de crescimento das vendas em relação ao ano passado.
Na loja de moda masculina Via Condotti, do Shopping Total, por exemplo, a comercialização da primeira quinzena de dezembro deste ano se igualou ao mesmo mês de ano pré-pandemia, em 2019, algo até então inédito, conforme relata o proprietário Carlos Klein.
"Desde o início da pandemia, estamos vendendo menos do que nos mesmos meses do ano de pré-pandemia. Em dezembro, conseguimos igualar pela primeira vez”, relata. A comparação com 2020 é ainda mais favorável para a loja, uma vez que até o dia 17 deste mês já foi vendido mais do que todo o dezembro do último ano.
Para Klein, o desempenho para as vendas de Natal até aqui está acima do que era calculado.
“Esperávamos vender em torno de 90% do que comercializamos em 2019, mas pelo movimento atual devemos fechar um pouco acima”, prevê o lojista.
As razões para o crescimento dos negócios até aqui, conforme Klein, passam pelo bom nível de vacinação da Capital (cerca de 90% da população está com o esquema vacinal completo), pela retomada das confraternizações de Natal com um maior número de pessoas e também pelo pagamento, em dia, do 13° salário aos servidores públicos.
A percepção da gerente da ótica Chilli Beans do BarraShoppingSul, Viviane Lima Jardim, é um pouco menos otimista para este ano. Ela observa uma circulação consideravelmente maior em relação ao ano passado nos corredores do shopping, mas a presença dos clientes dentro das lojas, efetuando compras, ainda não retornou ao nível que se costumava ver nos anos anteriores à Covid-19.
“Acredito que a pandemia afetou o poder do consumo das pessoas. Trabalhamos com valores muito bons para o produto que comercializamos e, mesmo assim, estamos vendo dificuldades por parte do consumidor em adquiri-lo", conta Viviane.
Com a entrada do 13° salário somada ao comportamento dos clientes em comprar em cima da hora, a maior expectativa para a lojista ficou nos últimos três dias que antecedem a véspera de Natal.
A mudança de cenário do período de Natal em relação ao ano passado também é sentida pelos consumidores. O casal Marcio Xavier e Patricia Xavier aproveitou o fim de semana para fazer a compra do presente do filho e de outras pessoas próximas. “O ano passado as nossas compras foram feitas quase todas online e, neste ano, estão sendo feitas no shopping. Essa foi a principal diferença”, relata Patricia.
Para Marcio, o fato de estarem vendo mais pessoas contribui para um número maior de compras de presentes. Ele também vê uma alta nos preços quando comparado ao último ano. “No ano passado, encontrava uma camiseta por R$ 30,00 e, hoje, não encontro o mesmo produto por menos de R$ 45”,00, exemplifica.
Segundo CDL Porto Alegre, 41% dos consumidores devem ir às compras neste Natal
A movimentação mais intensa dos consumidores segue previsão de levantamento realizado pela CDL Porto Alegre, indicando que 41% dos consumidores vão às compras nos dias que antecedem o Natal. Ainda conforme a pesquisa, há um aumento da intenção na quantidade de presentes que serão adquiridos, que passou de cinco para oito. “Existe um clima bom no ar, o que se viveu com as restrições foi tão ruim que a melhora é bem-vinda”, destaca o presidente da entidade, Irio Piva.
Quando se trata de usar o décimo terceiro, 46,6% dos consumidores ficaram divididos entre usar o dinheiro para pagar dívidas (24,1%) e para fazer as compras de Natal (21,5%). Os outros 53,4% estão pensando em viajar, investir, reformar a casa entre outras opções. De qualquer forma, o abono natalino está marcado pela perda do poder de compra em razão da alta inflação que chegou a 10,74% (no acumulado de 12 meses), segundo o IBGE.
Outra pesquisa promovida pela Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE) em todo o País aponta uma estimativa de vendas 16% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O levantamento também indica que o setor deve movimentar R$ 5,6 bilhões entre os dias 19 e 25 de dezembro
Além do aumento nas vendas, o comércio nos shoppings deve resultar em um ticket médio de R$ 219, o que representa um valor 11,2% maior que os R$ 197 do ano passado e 17,7% superior ao registrado em 2019, quando as vendas médias foram de R$ 186.
A data também deve marcar uma nova alta no volume de frequentadores, pois a expectativa dos shoppings é que o fluxo de pessoas seja 17% superior ao observado em 2020. As categorias que devem se destacar no período, segundo o estudo, são vestuário (75%), perfumaria e cosméticos (66%), eletrônicos (63%), calçados (60%) e brinquedos (44%).
Compras de fim de ano devem ser analisadas com cuidado, alerta especialista
A decisão do que fazer com o dinheiro deve ser acompanhada de uma análise criteriosa, conforme explica o Analista de Investimentos e Educador Financeiro, Adriano Severo:
“O importante é saber o quanto se pode gastar, e o quanto o consumidor está disposto a conviver com longos parcelamentos durante o ano de 2022”, sugere.
Em situações de endividamento, o especialista aconselha usar a criatividade na concepção de presentes mais simbólicos que não demandam muitos gastos. E para aqueles que projetam virar o ano com as contas no azul, os investimentos em renda fixa estão mais atrativos, uma vez que a taxa Selic está em 9,25%, o que pode ser um bom caminho para alocar os recursos extras, ressalta Severo. 
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