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Economia

- Publicada em 03 de Dezembro de 2021 às 18:30

Salões e barbearias apostam na demanda de final de ano para recuperar perdas da pandemia

Setor espera resgatar o movimento e o faturamento com a volta da clientela aos salões de beleza

Setor espera resgatar o movimento e o faturamento com a volta da clientela aos salões de beleza


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
Fernanda Crancio
Ainda se recuperando das perdas da pandemia, que reduziu entre 25% e 50% a receita de 38,2% dos salões de beleza e barbearias do Estado, o setor começa a ver uma melhora significativa da demanda nos últimos dois meses, e aposta nos eventos e comemorações de final de ano para resgatar o movimento e o caixa dos estabelecimentos.
Ainda se recuperando das perdas da pandemia, que reduziu entre 25% e 50% a receita de 38,2% dos salões de beleza e barbearias do Estado, o setor começa a ver uma melhora significativa da demanda nos últimos dois meses, e aposta nos eventos e comemorações de final de ano para resgatar o movimento e o caixa dos estabelecimentos.
De acordo com o Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares no RS (Sinca RS), que representa cerca de 100 mil empresas em mais de 200 municípios gaúchos, nos meses de setembro e outubro os estabelecimentos voltaram a receber entre 50% e 60% da clientela que atendia no período anterior à pandemia. De novembro em diante, o movimento notado nos salões já foi acima de 80%, sinalizando uma demanda ainda maior ao longo de dezembro, tradicionalmente considerado o melhor mês para o segmento.
"As pessoas estão mais seguras para circular pela cidade, por conta da vacina, e muitas já voltaram a trabalhar presencialmente, o que tem refletido no movimento dos salões e barbearias. Antes, em casa, a preocupação com a aparência não era uma prioridade, as pessoas deixaram de cortar o cabelo com frequência, de fazer as unhas e tratamentos estéticos. Agora, retomaram esses hábitos e nós, o serviço. A cada mês sentimos uma melhora gradual", comenta o cabeleireiro Marcelo Chiodo, presidente do Sinca RS.
Segundo levantamento divulgado pela Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), em setembro, a Covid-19 reduziu pela metade o faturamento de 28,1 % dos salões gaúchos. Além disso, segundo Chiodo, cerca de 20% dos estabelecimentos cerraram as portas entre 2020 e 2021. Desses, cerca de 10% estão retomando os negócios, apostando na volta da clientela já vacinada.
A pesquisa da Fecomércio, que ouviu 385 empresários do setor, mostrou ainda que, para manterem os salões abertos, apenas 22,9% tentaram obter crédito bancário nas instituições, sendo contemplados ou não. O restante, 75,3%, teve de partir para o autofinanciamento para enfrentar as perdas da pandemia.
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Para 63,9% dos entrevistados, os atendimentos no primeiro semestre de 2021 tinham aumentado pouco em relação ao último semestre de 2020, e 39,5% dos pesquisados apostavam em expectativas melhores para o final do ano e início de 2022.
"Estamos sentindo isso, apesar de as pessoas estarem segurando mais os gatos nos salões. Nossa expectativa é de que, de última hora, a procura por penteados, cortes, manicure e maquiagem para as festas de final de ano cheguem a quase 100% dos atendimentos em épocas normais", comenta Chiodo.
Essa percepção também se comprova, segundo o dirigente sindical, pela procura dos salões por contratações de novos profissionais, fixos ou temporários. Ele destaca, no entanto, que muitos trabalhadores do setor passaram a realizar os atendimentos em sus próprias casas, para economizar, ou preferiram prestar os serviços a domicílio, uma tendência que ele acredita que tende a se manter por mais um período, possivelmente até o início do primeiro semestre do ano que vem.
Em todo o País, o setor que envolve os cuidados com higiene pessoal, perfumaria e cosméticos gera cerca de 5,5 milhões de oportunidades de trabalho (dados de março deste ano) na indústria, em franquias, consultorias de vendas direta e salões de beleza. Dados divulgados pela Avec, empresa de tecnologia voltada ao setor de beleza, mostram ainda que, segundo o IBGE, o brasileiro gasta mais com beleza do que com alimentação, um valor que ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões por ano, ao longo da última década.
Em razão da pandemia, no entanto, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (Abihpec) identificou retração nas oportunidades de trabalho em praticamente todos os canais do setor em 2020, resultando em uma queda no número total de oportunidades, que chegou a 9,7% no Brasil.
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