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Economia

- Publicada em 30 de Novembro de 2021 às 08:44

Operação apura existência de cartel de combustíveis em Porto Alegre

Investigações começaram em janeiro de 2020 para verificar prática de preços abusivos em postos

Investigações começaram em janeiro de 2020 para verificar prática de preços abusivos em postos


MPRS/DIVULGAÇÃO/JC
Atualizada às 11h15min - A manipulação de preços de venda de combustíveis por postos de Porto Alegre é alvo da Operação Pactum, desencadeada na manhã desta terça-feira (30) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) juntamente com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas sedes de empresas envolvidas na fraude e nas residências de alguns dos investigados na Capital e na região metropolitana.
Atualizada às 11h15min - A manipulação de preços de venda de combustíveis por postos de Porto Alegre é alvo da Operação Pactum, desencadeada na manhã desta terça-feira (30) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) juntamente com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas sedes de empresas envolvidas na fraude e nas residências de alguns dos investigados na Capital e na região metropolitana.
Em janeiro de 2020, o MPRS instaurou procedimento investigatório criminal para apurar denúncia sobre a prática de preços abusivos na venda de combustível por postos localizados em Porto Alegre.
No curso das investigações, foi identificada a existência de organização criminosa voltada, sobretudo, à formação de cartel por empresas do ramo de combustíveis, com objetivo de obter domínio do mercado e eliminação da concorrência. 
Nesse período, foi possível comprovar a manipulação de preços de venda ao consumidor por meio de combinação prévia pelo grupo investigado. Também afastado judicialmente o sigilo fiscal dos investigados, para que a Receita Estadual compartilhe com o MP os documentos fiscais eletrônicos (DFe) emitidos pelos alvos a fim de obter a materialidade dos crimes praticados.
O cartel é uma prática delituosa de fixação artificial de preços e controle do mercado por grupo de empresas previsto no artigo 4º da Lei 8.137/90, que trata dos crimes contra a economia e as relações de consumo.
Conforme o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que comanda a operação, durante a investigação, com as quebras de sigilo telefônico, bancário e fiscal dos investigados autorizados pela Justiça, foi possível comprovar a manipulação de preços de venda ao consumidor final por meio de combinação prévia pelo grupo. A operação conta com o apoio da Brigada Militar. 
O chefe da Divisão de Fiscalização da Sefaz, Edison Moro Franchi informa que a Receita Estadual selecionou auditores fiscais que atuam no Grupo Especializado Setorial de Combustíveis (GES Combustíveis) para a ação. “Todas as informações fiscais serão repassadas a fim de que haja a correlação entre a fixação artificial de preços e os documentos fiscais emitidos antes e depois desta combinação orquestrada pela organização criminosa investigada pelo MP”, acrescenta.
O subsecretário da pasta, Ricardo Neves Pereira, destaca que o crime prejudica a economia e o consumidor. "O ICMS que incide sobre os combustíveis não precisa ser onerado por esta prática abusiva identificada pela investigação do MPRS”, diz.
Em nota, o Sulpetro, sindicato que representa os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul, comunica que não foi acionado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul na Operação Pactum, e que está à disposição dos órgãos públicos para qualquer esclarecimento necessário. A entidade reforça que não fiscaliza preços e não interfere, em hipótese alguma, na movimentação dos agentes do mercado da revenda de combustíveis. "A entidade defende um mercado livre, justo e que atue pela concorrência leal", diz a nota.
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