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Economia

- Publicada em 17 de Novembro de 2021 às 12:35

Com quarta alta consecutiva, preço do aluguel acelera em outubro

Aumento foi de 0,4%  em Porto Alegre no último mês, mas crescimento anual continua negativo

Aumento foi de 0,4% em Porto Alegre no último mês, mas crescimento anual continua negativo


MARIANA ALVES/JC
Levantamento do FipeZap para locação residencial realizado no último mês, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel de imóveis, aponta que outubro encerrou com alta de 0,4% em Porto Alegre. Trata-se da quarta alta consecutiva do índice, acelerando frente às variações apuradas no três meses anteriores.
Levantamento do FipeZap para locação residencial realizado no último mês, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel de imóveis, aponta que outubro encerrou com alta de 0,4% em Porto Alegre. Trata-se da quarta alta consecutiva do índice, acelerando frente às variações apuradas no três meses anteriores.
Mas com as consecutivas altas, o preço médio do aluguel tem recuo no acumulado do ano. Entre janeiro e outubro de 2021, o aluguel reduziu 0,87% na Capital gaúcha. O mesmo é observado no acumulado dos últimos 12 meses: crescimento negativo de 0,99%.
O preço médio do aluguel em Porto Alegre, por metro quadrado, ficou em R$ 24,65 no mês de outubro. Mesmo com redução de quase 12%, o bairro Praia de Belas continua tendo o metro quadrado mais caro da cidade para aluguéis, com preço médio de R$ 38,1 /m². A área é seguida pelos bairros Bela Vista (R$ 31,3/m²), Moinhos de Vento (R$ 31,3/m²), Rio Branco (R$ 28,1/m²), Petrópolis (R$ 26,7/m²), Menino Deus (R$ 23,2/m²), Partenon (R$ 22,4/m²), Centro Histórico (R$ 21,4/m²), Nonoai (R$ 18,4/m²) e Santa Tereza (R$ 17,6/m²).
No Brasil, que também registrou quatro alta seguidas, o crescimento é ainda maior: o preço médio dos aluguéis no País aumento 0,57% em outubro - o maior avanço desde abril de 2020 (+0,95%), momento em que os preços foram impactados negativamente em razão dos efeitos da pandemia.
Comparativamente, no entanto, a variação mensal do índice se manteve abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) (+1,25%). Individualmente, apenas Goiânia (-0,34%) e Salvador (-0,04%) registraram queda nos preços de locação de imóveis residenciais. Por outro lado, entre as capitais em que se apurou aumento, os maiores os avanços foram observados em: Florianópolis (+1,93%), Fortaleza (+1,85), Belo Horizonte (+1,29%), Recife (+1,14%), Curitiba (+0,89%), Rio de Janeiro (+0,48%), e São Paulo (+0,28%). Em Brasília, os preços oscilaram perto da estabilidade (+0,01%).
Entre janeiro e outubro de 2021, o índice nacional acumula uma alta de 2,38% no ano, resultado que mantém o comportamento do preço do aluguel de imóveis residenciais abaixo da inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+8,24%). O avanço do índice em 2021 é impulsionado pela variação do preço do aluguel em: Curitiba (+10,60%), Recife (+9,54%), Florianópolis (+8,48%), Fortaleza (+7,14%), Belo Horizonte (+6,08%), Salvador (+4,29%), Goiânia (+3,55%), Brasília (+2,86%) e Rio de Janeiro (+2,67%). Além de Porto Alegre, São Paulo  é a única capital que acumula queda em 2021 (-1,87%).
Nos últimos 12 meses, no País, o FipeZap registra alta no horizonte dos últimos 12 meses encerrados em outubro (+2,85%), variação inferior à inflação expressa pelo IPCA/IBGE (+10,67%) e pelo IGP-M/FGV (+21,73%) no mesmo horizonte temporal. Individualmente, à exceção de São Paulo e de Porto Alegre, onde se registram recuos de 2,12% e 0,99% nos preços, respectivamente, as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial apresentam variações positivas nos últimos 12 meses, ordenadas da maior à menor variação da seguinte forma: Recife (+11,68%), Curitiba (+11,57%), Florianópolis (+9,40%), Fortaleza (+8,73%), Goiânia (+6,32%), Salvador (+6,20%), Belo Horizonte (+5,50%), Rio de Janeiro (+3,62%) e Brasília (+1,86%).
O preço médio de locação residencial no Brasil, com base em dados de 25 cidades monitoradas, encerrou o mês de outubro em R$ 31,08/m². Comparando-se a apuração nas 11 capitais acompanhadas pelo índice, São Paulo apresentou o preço médio de locação mais elevado (R$ 39,37/m²), seguida pelos valores registrados em: Recife (R$ 34,68/m²), Brasília (R$ 33,25/m²) e Rio de Janeiro (R$ 31,71/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor de locação, incluem-se: Fortaleza (R$ 18,61/m²), Goiânia (R$ 19,48/m²), Curitiba (R$ 22,96/m²) e Porto Alegre (R$ 24,65/m²).
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a alternativas de investimentos a cada momento do tempo. Desde meados de 2020, o retorno médio do aluguel residencial tem recuado ligeiramente, encerrando outubro em 4,63% ao ano - taxa recentemente superada pela rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência.
Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o Índice FipeZap de Locação Residencial capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.
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