Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

SERVIÇOS

- Publicada em 10 de Novembro de 2021 às 03:00

Bares e restaurantes seguem enfrentando prejuízos no RS

Perdas afetaram 41% dos empreendimentos gaúchos em setembro

Perdas afetaram 41% dos empreendimentos gaúchos em setembro


/MARIANA ALVES/JC
Quatro em cada 10 bares e restaurantes do Rio Grande do Sul fecharam o mês de setembro com prejuízo, o que mostra que, apesar da retomada e flexibilização dos serviços em meio à pandemia, a recuperação econômica do setor de alimentação fora do lar ainda levará mais tempo. O apontamento, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nesta terça-feira, integra a pesquisa mais recente elaborada pela entidade, e mostra que a situação dos estabelecimentos gaúchos é pior do que a média nacional do segmento.
Quatro em cada 10 bares e restaurantes do Rio Grande do Sul fecharam o mês de setembro com prejuízo, o que mostra que, apesar da retomada e flexibilização dos serviços em meio à pandemia, a recuperação econômica do setor de alimentação fora do lar ainda levará mais tempo. O apontamento, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nesta terça-feira, integra a pesquisa mais recente elaborada pela entidade, e mostra que a situação dos estabelecimentos gaúchos é pior do que a média nacional do segmento.
Segundo o levantamento, 41% dos bares e restaurantes gaúchos mantiveram prejuízo em setembro, contra 32% da média no País. Embora aposte em uma recuperação, a radiografia preocupa o setor. "A situação continua crítica, porém, a retomada é evidente", indica Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS.
Apesar disso, mesmo com boa parte dos empreendedores operando no vermelho, os profissionais da gastronomia estão otimistas com o fim do ano. Segundo a pesquisa, 7 em cada 10 esperam o aumento de vendas na reta final de 2021. E essa confiança também impacta no mercado de trabalho, com 24% dos proprietários de bares e restaurantes afirmando a intenção de contratar funcionários para o período.
Para a presidente da Abrasel no Estado, é necessário aproveitar o final de 2021, tendo em vista que os primeiros meses do ano são sempre de baixa procura nos estabelecimentos fora das cidades de praia. "Novembro e dezembro são meses em que as pessoas saem mais, por conta do calor e das comemorações de fim de ano, e essa é a nossa aposta para dar mais força a uma recuperação. Janeiro e fevereiro são sempre complicados, pois as pessoas migram para o Litoral". ", aponta Maria Fernanda.
Segundo a dirigente, um dos fatores que complica a retomada do setor é a inflação. Devido ao aumento de custos, 84% dos entrevistados pretendem majorar os valores do cardápio. Na percepção dos empresários, o que mais subiu foram produtos como carnes, embutidos, laticínios e custos operacionais como a energia. A dificuldade fica ainda maior quando não se pode repassar o valor para o consumidor. "Com os preços nesse patamar, o repasse para o cliente teria que ser acima de 30%, e isso é muito difícil de fazer. Dessa forma, não conseguimos reajustar ao ponto de viabilizar o negócio", alerta a dirigente.
Além dos custos elevados, o endividamento atinge boa parte dos representantes do setor. Os dados apontam que 81% contraíram algum tipo de empréstimo em meio à pandemia. Entre os endividamentos, 11% das empresas estão com parcelas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) em atraso, sendo 29% delas há mais de 90 dias, por conta da alta de 3,25% para 9% na taxa de juros do programa.

Raio-X dos bares e restaurantes gaúchos

41% dos bares e restaurantes fecharam setembro no prejuízo. Desses, 67% não conseguiram reajustar o cardápio o suficiente para voltar a lucrar
70% esperam o aumento das vendas no final do ano. Por conta disso, 24% pretendem contratar funcionários até o fim de 2021
81% dos estabelecimentos gaúchos possuem algum tipo de empréstimo
84% pretendem majorar os preços dos cardápios para repassar o aumento nos custos
37% dos entrevistados apontam que está difícil comprar carnes e embutidos por conta da inflação
Fonte: Abrasel-RS