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Economia

- Publicada em 09 de Novembro de 2021 às 18:17

Bares e restaurantes têm prejuízo em setembro, mas apostam em vendas do fim do ano

Um em cada quatro estabelecimentos registrou prejuízo ao longo de setembro no Estado

Um em cada quatro estabelecimentos registrou prejuízo ao longo de setembro no Estado


MARIANA ALVES/JC
Quatro em cada 10 bares e restaurantes do Rio Grande do Sul fecharam o mês de setembro com prejuízo, o que mostra que, apesar da retomada e flexibilização dos serviços em meio à pandemia, a recuperação econômica do setor de alimentação fora do lar ainda levará mais tempo. O apontamento, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nesta terça-feira (9), integra a pesquisa mais recente elaborada pela entidade, e mostra que a situação dos estabelecimentos gaúchos é pior do que a média nacional do segmento.
Quatro em cada 10 bares e restaurantes do Rio Grande do Sul fecharam o mês de setembro com prejuízo, o que mostra que, apesar da retomada e flexibilização dos serviços em meio à pandemia, a recuperação econômica do setor de alimentação fora do lar ainda levará mais tempo. O apontamento, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nesta terça-feira (9), integra a pesquisa mais recente elaborada pela entidade, e mostra que a situação dos estabelecimentos gaúchos é pior do que a média nacional do segmento.
Segundo o levantamento, 41% dos bares e restaurantes gaúchos mantiveram prejuízo em setembro, contra 32% da média no País. Embora aposte em uma recuperação, a radiografia preocupa o setor. “A situação continua crítica, porém, a retomada é evidente”, indica Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS.
Apesar disso, mesmo com boa parte dos empreendedores operando no vermelho, os profissionais da gastronomia estão otimistas com o fim do ano. Segundo a pesquisa, 7 em cada 10 esperam o aumento de vendas na reta final de 2021. E essa confiança também impacta no mercado de trabalho, com 24% dos proprietários de bares e restaurantes afirmando a intenção de contratar funcionários para o período.
Para a a presidente da Abrasel no Estado, é necessário aproveitar o final de 2021, tendo em vista que os primeiros meses do ano são sempre de baixa procura nos estabelecimentos fora das cidades de praia. “Novembro e dezembro são meses em que as pessoas saem mais, por conta do calor e das comemorações de fim de ano, e essa é a nossa aposta para dar mais força a uma recuperação. Janeiro e fevereiro são sempre complicados, pois as pessoas migram para o Litoral”. ”, aponta Maria Fernanda.
Srgundo ela, um dos fatores que complica a retomada do setor é a inflação. Devido ao aumento de custos, 84% dos entrevistados pretendem majorar os valores do cardápio. Na percepção dos empresários, o que mais subiu foram produtos como carnes, embutidos, laticínios e custos operacionais como a energia. A dificuldade fica ainda maior quando não se pode repassar o valor para o consumidor, deixando a conta ainda mais cara para os estabelecimentos. “Com os preços nesse patamar, o repasse para o cliente teria que ser acima de 30%, e isso é muito difícil de fazer. Dessa forma, não conseguimos reajustar ao ponto de viabilizar o negócio”, alerta a dirigente.
Além dos custos elevados, o endividamento atinge boa parte dos representantes do setor. Os dados apontam que 81% contraíram algum tipo de empréstimo em meio à pandemia. “A inflação e as contas que ficaram por conta da pandemia acabam levando a uma reorganização de diversos aspectos do empreendimento, como negociação com fornecedor, pratos mais rentáveis e o que for possível adaptar”, complementa a presidente da Abrasel.
Entre os endividamentos, 11% das empresas estão com parcelas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) em atraso, por exemplo, sendo 29% delas há mais de 90 dias, por conta do aumento de 3,25% para 9% na taxa de juros do programa.

Principais recortes da pesquisa

  • 41% dos bares e restaurantes fecharam setembro no prejuízo;
  • Desses, 67% não conseguiram reajustar o cardápio o suficiente para voltar a lucrar;
  • 70% esperam o aumento das vendas no final do ano;
  • Por conta disso, 24% pretendem contratar funcionários até o fim de 2021;
  • 81% dos estabelecimentos gaúchos possuem algum tipo de empréstimo.
  • 84% pretendem majorar os preços dos cardápios para repassar o aumento nos custos.
  • 37% dos entrevistados apontam que está difícil comprar carnes e embutidos por conta da inflação.
Fonte: Abrasel-RS
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