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Economia

- Publicada em 01 de Novembro de 2021 às 11:55

Exterior permite alta do Ibovespa; mercado monitora greve de caminhoneiros

Bolsa abre o mês com resultado positivo, após ter amargado perdas de 6,74% em outubro

Bolsa abre o mês com resultado positivo, após ter amargado perdas de 6,74% em outubro


SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A valorização das bolsas e do petróleo no exterior permitem um início de alta do Ibovespa no primeiro dia de novembro, depois ter amargado perdas de 6,74% em outubro. No geral, os ganhos dos mercados acionários internacionais refletem a temporada de balanços com resultados predominantemente positivos.
A valorização das bolsas e do petróleo no exterior permitem um início de alta do Ibovespa no primeiro dia de novembro, depois ter amargado perdas de 6,74% em outubro. No geral, os ganhos dos mercados acionários internacionais refletem a temporada de balanços com resultados predominantemente positivos.
O Ibovespa iniciou o pregão buscando recuperar parte das perdas recentes. Após abrir na faixa dos 103 mil pontos (103.513,62 pontos), o índice renovou máximas, testando os 104 mil pontos, aos 104.907,75 pontos. A alta é superior a 1%, o que está acima do ganho visto em Nova York. Ainda assim, na abertura, os índices americanos renovaram recordes históricos diários.
No entanto, o otimismo na Bolsa brasileira pode ser ofuscado pela greve dos caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira, apesar dos relatos de baixa adesão. Além disso, o minério recuou pela quarta sessão seguida, com declínio de 3,59%, no porto chinês de Qingdao, em meio a baixa demanda e controle de preços do carvão na China. Para completar, o Dia de Finados, feriado de terça-feira no Brasil, tende a reduzir o giro financeiro, assim como provocar volatilidade no pregão.
Segundo Braulio Langer, analista da Toro Investimentos, o investidor não deve ficar empolgado com a alta do Ibovespa hoje, dado que a tendência é de baixa. Graficamente, cita em nota, é "muito provável" que o índice Bovespa venha a testar os 100 mil pontos. E, conforme ele, dependendo da velocidade, poderá romper os 93 mil pontos, o que é o próximo suporte.
"O índice já está no que o mercado chama de bear market do inglês, 'mercado do urso', período de baixas, quando faz correções de mais de 20%. Na sexta-feira rompeu o nível dos 20% de correção desde a máxima", afirma Langer.
Em contrapartida, as bolsas americanas fecharam outubro com ganhos e têm batido recordes atrás de recordes. "É ruim a Bolsa brasileira ter uma performance negativa enquanto vemos as bolsas no exterior atingindo novas máximas. É um descolamento importante, e caso o exterior mude a tendência (passe a ser negativa no final de ano) pode impactar ainda mais a Bolsa aqui", estima Pietra Guerra, especialista em ações da Clear.
Como observa o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, novembro começa com muitos boatos e fatos sobre a reunião do G20 e a COP-26, além de expectativa de greve dos caminhoneiros, em semana cheia de eventos e indicadores importantes. Na sexta, fechou em queda de 2,09%, aos 103.500,71 pontos, com recuo semanal de 2,63%. "Aqui, só melhora se passar pelos 110 e 111 mil pontos."
De todo modo, o início de semana positivo no exterior sobrepõe, por ora, à cautela interna, já que hoje a agenda está praticamente esvaziada. Neste sentido, a semana por aqui começa a ganhar fôlego na quarta, quando será divulgada a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e também espera-se a votação Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios na Câmara.
Segundo a MCM Consultores, existe a possibilidade de um acordo para parcelar em três vezes anuais as dívidas com do FUNDEF, que somam R$ 16 bilhões. Este acordo, explica em relatório, reduziria a resistência à PEC.
Ainda na quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulga sua decisão de política monetária, para a qual espera-se manutenção dos juros no nível perto de zero, mas sinalização do início de retirada do 'tapering' (estímulo). Antes, porém, será informado o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) da indústria americana de outubro, calculado pelo ISM, com expectativa de ligeira desaceleração na margem.
A alta do petróleo no exterior, com investidores na expectativa para a reunião da Opep+ na quinta-feira, ajuda as ações da Petrobras. Às 10h55, subiam 1,61% (PN) e 2,67% (ON), a despeito do temor em relação à paralisação dos caminhoneiros no Brasil e em meio a constantes críticas do presidente Jair Bolsonaro de que à estatal.
Um dia após a companhia perder R$ 23 bilhões em valor de mercado por medo de ingerência política do governo, Bolsonaro afirmou, no sábado, durante a cúpula do G-20, em Roma, que a Petrobras "é um problema". A declaração foi feita em uma conversa informal com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que citou os grandes recursos petrolíferos do Brasil.
Já as ações da Vale cediam 0,27%, afetando o bloco do setor e de siderurgia no Ibovespa. Essas, contudo, tinham recuo mais intenso, com Gerdau PN, por exemplo, cedendo 2,64% e Usiminas PNA caindo 2,26%.
Às 10h57, o Ibovespa subia 1,26%, aos 104.771,72 pontos, ante máxima diária aos 104.961,58 pontos e mínima aos 103.513,62 pontos. O giro financeiro estava em R$ 4,76 bilhões. Normalmente, em dias que antecedem feriados o volume tende a ficar minguado. O dólar, por sua vez, tinha alta moderada, de 0,28%, a R$ 5,6617.
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