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Indústria

- Publicada em 27 de Outubro de 2021 às 10:53

Setor calçadista gaúcho abriu 8,24 mil vagas de janeiro a setembro deste ano

Atividade emprega um total de 83,78 mil trabalhadores no Estado

Atividade emprega um total de 83,78 mil trabalhadores no Estado


FREDY VIEIRA/arquivo/CIDADES
Estado que mais emprega no setor calçadista, o Rio Grande do Sul gerou 8,24 mil vagas entre janeiro e setembro deste ano. Considerando apenas o mês de setembro, foram criados 2,26 mil postos de trabalho. A atividade emprega um total de 83,78 mil trabalhadores no Estado, 12,2% a mais do que no mesmo período de 2020. No entanto, o indicador é 7,6% menor do que o apurado no mesmo intervalo de 2019, período pré-pandemia. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e apontam a retomada gradual da demanda doméstica, que representa 87% das suas vendas totais.
Estado que mais emprega no setor calçadista, o Rio Grande do Sul gerou 8,24 mil vagas entre janeiro e setembro deste ano. Considerando apenas o mês de setembro, foram criados 2,26 mil postos de trabalho. A atividade emprega um total de 83,78 mil trabalhadores no Estado, 12,2% a mais do que no mesmo período de 2020. No entanto, o indicador é 7,6% menor do que o apurado no mesmo intervalo de 2019, período pré-pandemia. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e apontam a retomada gradual da demanda doméstica, que representa 87% das suas vendas totais.
Nos primeiros nove meses de 2021, as indústrias calçadistas do País totalizaram 33,1 mil novas contratações, 9,2 mil delas apenas no mês de setembro. Com isso, o setor soma 280,27 mil pessoas empregadas diretamente, 15,6% mais do que no mesmo período do ano passado e, segundo a Abicalçados, já está estável em relação à pré-pandemia, em 2019.
Segundo estado que mais emprega na atividade, o Ceará, gerou 1,8 mil vagas em setembro, somando a criação 3,72 mil postos no acumulado do ano. Com isso, as fábricas cearenses encerram setembro empregando diretamente 62,58 mil pessoas, 11,5% mais do que no mesmo ínterim de 2020. O Ceará já está empregando 11,9% mais pessoas do que no mesmo período de 2019.
Tendo superado os níveis de emprego da pré-pandemia em 19,3%, a Bahia ultrapassou São Paulo no ranking de empregadores da atividade calçadista. No mês de setembro, as fábricas baianas geraram 1,3 mil postos de trabalho. No acumulado de 2021, o saldo é positivo em 7,88 mil vagas. Com o número, o setor calçadista local encerrou setembro empregando diretamente 35 mil pessoas, 35,6% mais do que no mesmo período de 2020.
Gerando 1,55 mil em setembro, São Paulo é o quarto maior empregador da atividade. Entre janeiro e setembro, os paulistas geraram 6,88 mil vagas, somando um total de 32,38 mil postos diretos gerados. O número é 27,8% superior ao do mesmo período de 2020, mas está 12,9% abaixo dos níveis de 2019.

Atividade defende desoneração da folha de pagamentos

Corte do benefício pode fechar mais de 25 mil vagas nos próximos dois anos, diz Ferreira

Corte do benefício pode fechar mais de 25 mil vagas nos próximos dois anos, diz Ferreira


ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os números são importantes e indicam uma retomada gradual no consumo por calçados. Por outro lado, o dirigente comenta que, para seguir com a recuperação, a atividade precisa que a desoneração da folha de pagamentos prossiga a partir de 2022.
Atualmente, existe um Projeto de Lei que prevê a renovação da desoneração para os atuais 17 setores econômicos contemplados por serem os que mais empregam no Brasil. “A reoneração da folha geraria um custo tributário extra de mais de R$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos somente para o setor calçadista. Certamente teria impacto na geração de postos. Seria um balde de água fria na recuperação”, alerta.
A Inteligência de Mercado da Abicalçados aponta que, caso a desoneração da folha não prossiga, podem ser perdidos mais de 25 mil postos de trabalho nos próximos dois anos.
Criada em 2012, a medida da desoneração da folha de pagamentos permite que empresas de 17 setores econômicos possam substituir o pagamento de 20% sobre a folha de salários por 1% a 4,5% da receita bruta, excluindo a exportação. No caso do setor coureiro-calçadista, o pagamento é estipulado em 1,5% sobre a receita.
Com o fim do prazo de vigência da medida, a Abicalçados, em conjunto com entidades representativas dos demais segmentos abrangidos, vem buscando a renovação da desoneração a partir de 2022. O Projeto de Lei 2541/2021, de autoria do deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) e relatoria do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Deputados, já tendo passado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT).
 
Segundo Ferreira, existe urgência para que o PL seja analisado, até mesmo em função da precificação da coleção de Verão para o próximo ano, que já começa a ser comercializada no próximo mês. “Hoje, com a indefinição, os calçadistas estão no escuro. Certamente, caso a desoneração não prossiga, além do impacto no emprego, teremos um efeito importante no aumento do preço dos calçados”, aponta o dirigente.