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Evento

- Publicada em 21 de Outubro de 2021 às 21:32

Inovação e capital humano são legados de eventos

Simone Zanon e Elba Araújo participaram dos encontros na Capital

Simone Zanon e Elba Araújo participaram dos encontros na Capital


/VITORYA PAULO/ESPECIAL/JC
Entre tantas opções de sistemas integrados, inteligência artificial e novas tecnologias, a área contábil está percebendo cada vez mais a importância de valorizar e cuidar do seu próprio capital humano. Esse é um dos ensinamentos que a XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e a XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul deixarão à classe, segundo relatos de alguns profissionais que estiveram no último dia de realização dos eventos, nesta quinta-feira (21).
Entre tantas opções de sistemas integrados, inteligência artificial e novas tecnologias, a área contábil está percebendo cada vez mais a importância de valorizar e cuidar do seu próprio capital humano. Esse é um dos ensinamentos que a XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e a XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul deixarão à classe, segundo relatos de alguns profissionais que estiveram no último dia de realização dos eventos, nesta quinta-feira (21).
A cerca de 3,7 mil quilômetros de casa, a contadora Elba Araújo, de Porto Velho (RO), desembarcou em Porto Alegre para entender mais sobre as novas tecnologias e detalhes técnicos da profissão. Os eventos, segundo ela, proporcionaram ainda mais do que isso. "Teve um lado mais humano, de conexão. O tema é tecnologia, mas foi mais falado sobre a importância das relações, do nosso desenvolvimento pessoal e intelectual", diz.
Empreendedora contábil, Elba conta que, durante a pandemia de Covid-19, existiram algumas dificuldades com o acesso à internet dos colaboradores no home office, afirmando que a região Norte do Brasil neste quesito "é uma outra realidade". Segundo ela, o evento serviu para observar que é importante direcionar atenção à área de desenvolvimento tecnológico dentro do próprio escritório. "Eu preciso me dedicar a este assunto, aprendê-lo. Não significa que eu vá fazê-lo, mas preciso entender", afirma.
Ao lado de Elba, a contadora Simone Zanon, de Santa Maria (RS), define os eventos em uma frase: "O foco era colocar a tecnologia como um meio, e não como um fim", diz, destacando a importância de enxergar a parte humana como essencial no meio tecnológico. A profissional ainda pontuou a felicidade em participar de um dos primeiros eventos corporativos da Capital após as flexibilizações recentes. Tanto Simone quanto Elba afirmaram que se sentiram seguras com os protocolos seguidos pelos eventos.
Já a contadora mineira Marina Lis Abreu Barros, empresária e conselheira efetiva do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), os temas tratados nos eventos deixarão reflexões que serão levadas na bagagem de volta a Belo Horizonte (MG). "Não só para o segmento da contabilidade quanto para os nossos clientes", afirma. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), reforma tributária e relações interpessoais foram os assuntos de destaque para Marina.
O relato dos profissionais corrobora com o sentimento de dever cumprido da presidente do Conselho Regional de Contabilidade do RS (CRCRS), Ana Tércia Rodrigues. Para a contadora, a conexão intercultural entre os mais de 700 contadores brasileiros e estrangeiros que estiveram presentes nos três dias de evento foi perceptível, além dos cerca de 1.700 que acompanharam de forma online. "As pessoas estavam buscando algo diferente, e o evento entregou isso. A partir do momento que propomos uma série de debates sobre futurismo, liderança e desenvolvimento humano, ficou salientado para o público".
Para além do debate técnico, afirma a presidente, o enfoque na qualidade emocional dos profissionais foi fundamental, devido às consequências da pandemia de Covid-19. "O fato de ficarmos isolados e termos que nos adaptar a um estilo de vida que não era o nosso, nos afastou e as pessoas sofreram com isso", conta, destacando a forte integração promovida pelos eventos. Para os eventos futuros, Ana Tércia destaca a necessidade de haver ainda mais interação nas plataformas de transmissão, mas acredita que o formato híbrido chegou para ficar. 
 

Construção de reputação e carreira ganha destaque

Bender provocou plateia a refletir sobre a transmissão verbal a terceiros

Bender provocou plateia a refletir sobre a transmissão verbal a terceiros


/JOÃO MATTOS/IMPRENSA CIC CRCRS/DIVULGAÇÃO/JC
Como ser ou gerir uma marca? Essa foi a tônica da apresentação do empresário e escritor, Arthur Bender, no painel intitulado "Personal Branding, Propósito e Carreira". A explanação deu início às atividades do terceiro e último dia de realização dos eventos XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e a XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CCRS), nesta quinta-feira (21).
Bender, que é especialista em estratégia e branding, fez os espectadores refletirem sobre como as pessoas nos percebem a partir das informações (verbais e não verbais) que transmitimos a elas. "Todos nós nos tornamos uma palavra que tem o poder de abrir portas, o poder de atrair outras pessoas, que tem o poder de gerar valor, que tem o poder de empolgar outras pessoas, ou temos uma palavra que fecha portas, que nos exclui das redes, que deleta s os convites, que faz com que as pessoas não percebam nosso valor", afirmou.
Partindo desse raciocínio, o painelista lembrou que a percepção alheia é uma construção de longo prazo que edificamos em nossas vidas pessoais e profissionais. Na sequência, Bender lançou um questionamento para a plateia: Que palavra te resume? "Eu conheço gente que não tem a mínima ideia de que palavra os resume. Tem gente que tem problemas na vida, tem gente que parece que a carreira não decola, mas não se dá conta de que muitas vezes é esse adjetivo que funciona como uma âncora para manter a pessoa no passado e não prospere", ponderou.
O especialista destacou que esses adjetivos que nos resumem vão sendo acumulados ao longo da vida constituindo nosso patrimônio imaterial e que assume grande valor para o mercado profissional, pois é a partir desse patrimônio que definimos nossa reputação. "Em algum momento essa palavra (reputação) tem um poder muito grande em nossas vidas. A gente pode viver dessa palavra, a gente pode ganhar dinheiro com essa palavra ou a gente pode passar a vida inteira se defendendo dela", declarou.

Contabilidade eleitoral é oportunidade pouco explorada

Nicho de mercado promissor, a contabilidade eleitoral foi apresentada ao público da XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e da XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CCRS). O coordenador da Comissão de Contabilidade Eleitoral do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Haroldo Santos Filho, e o membro da Comissão Eleitoral do CFC, contador Guilherme Sturm, destacaram as grandes oportunidades que esse ramo da contabilidade pode trazer aos profissionais. Também ressaltaram alguns números para ilustrar as oportunidades dessa área.

Sturm falou sobre a quantidade de candidatos que envolvem as eleições brasileiras e o montante de dinheiro que financia uma eleição. "Comparando duas eleições de igual natureza, a eleição que nós temos como referência para o ano que vem é a eleição de 2018. Em 2018, nós tivemos, mais ou menos, 26, 27 mil candidatos e um investimento público nas campanhas, só em Fundo Especial, foi o primeiro ano, foi o nascimento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o FEFC, de mais ou menos R$ 1,7 bilhão", explicou. Segundo ele, para 2022, é esperado um número parecido ou um pouco menor de candidaturas. Contudo, o financiamento, via FEFC, será de, no mínimo,
R$ 4,5 bilhões.

Diante desses números, Santos Filho e Sturm lembraram o público que todo esse montante, necessariamente, precisa passar pelo cuidado, pela gestão, dos contadores. "Na eleição geral passada, não vimos mais que 800 contadores trabalhando. Então, este mercado, abre aspas, está na mão dessa turma, de uma turma muito pequena", disse Sturm para ressaltar a pequena parcela de profissionais que atuam nesse mercado, que envolve muitos clientes e grande movimentação de capital. Vale ressaltar que, desde 2012, a presença do contador é obrigatória no processo eleitoral.
Santos Filho também destacou que, atualmente, alguns candidatos contratam contadores por um período de tempo maior do que aquele que compreende o processo eleitoral.