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Economia

- Publicada em 12 de Outubro de 2021 às 14:02

Renner investe em tecnologia 3D para melhorar processo de modelagem

Tabela de tamanhos criada pela rede leva em conta mais de 40 medidas

Tabela de tamanhos criada pela rede leva em conta mais de 40 medidas


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Uma peça de roupa é muito mais do que P, M ou G. Ela guarda as medidas primárias - busto, cintura e quadril - e uma infinidade de medidas secundárias, como bíceps, punho, coxa e panturrilha, por exemplo. Isso sem falar da altura, que vai de 1,45 metro a quase 2 metros.
Uma peça de roupa é muito mais do que P, M ou G. Ela guarda as medidas primárias - busto, cintura e quadril - e uma infinidade de medidas secundárias, como bíceps, punho, coxa e panturrilha, por exemplo. Isso sem falar da altura, que vai de 1,45 metro a quase 2 metros.
Em um momento em que o Brasil ainda discute uma tabela de referências de tamanho para o vestuário feminino, por meio da ABNT (Associação Brasileira de Normas Padrão), grandes varejistas e confecções precisam se esmerar em produzir peças mais ergonômicas e fiéis ao biotipo das brasileiras. Foi o que levou o grupo Renner desenvolver 14 manequins físicos projetados a partir do escaneamento de corpos reais, usando a tecnologia 3D.
A varejista desenvolveu uma tabela de tamanhos que leva em conta mais de 40 medidas. Realizada em parceria com a startup MYM, pioneira na reprodução de manequins de corpos reais através do escaneamento 3D, a iniciativa vai contribuir para uma modelagem mais assertiva das marcas do grupo, contemplando todas as linhas de produtos, do infantil ao adulto (tanto feminino quanto masculino) e Ashua -marca voltada para o público plus size.
"O aprimoramento da nossa tabela de medidas foi feito em parceria com ABNT, Senai Cetiqt e Associação Brasileira de Plus Size", diz Fernanda Feijó, diretora de estilo da Renner. "Interessa oferecer mais conforto ao cliente, além de tornar o ciclo de desenvolvimento de produtos mais ágil e sustentável, sem a necessidade de apresentar tantas amostras de peças", diz.
Em um ciclo de desenvolvimento de produto, a varejista compõe a coleção e terceiriza a produção para as confecções parceiras. Na confecção, uma modelo de prova é contratada para provar as peças - mas outra modelo de prova é usada quando a amostra chega à varejista. Os ajustes são inevitáveis. Com o uso de um mesmo manequim físico, projetado a partir do escaneamento de um corpo real, há um enorme ganho de produtividade.
"Nós nos debruçamos sobre a Size BR (pesquisa antropométrica da população brasileira feita pelo Senai Cetiqt) e revisamos a nossa própria tabela, alinhada ao perfil dos clientes da Renner", diz Jante Marquardt, gerente sênior de desenvolvimento técnico de produto da Renner.
"O desenvolvimento dos manequins a partir de escaneamento de diferentes corpos reais consiste no refinamento deste trabalho, que vai proporcionar ainda maior ergonomia aos produtos", diz a executiva.
O projeto é uma das entregas do hub de moda digital criado pela Renner e formado por um time multidisciplinar, que procura melhorar a experiência do consumidor através da tecnologia 3D.
Por meio de sensores de infravermelho, foi possível capturar a topografia do corpo, gerar um arquivo virtual e, com software de design gráfico, criar um manequim 3D, cujas medidas foram ajustadas de acordo com a tabela de tamanhos que a Renner já utiliza. O processo permite a criação de "avatares", ou manequins digitais, que podem ser usados para a criação de roupas no ambiente virtual.
A iniciativa é ainda mais relevante neste momento, de crescente digitalização do consumo de moda. Para melhorar a experiência do cliente na internet e evitar os gastos de logística reversa com a devolução das peças, as varejistas em geral vêm esmiuçando as medidas das roupas nos sites de comércio eletrônico.
Em sintonia com o aumento das vendas de roupas pela internet, a Renner acaba de concluir um novo centro de distribuição (CD) em Cabreúva (SP), o quinto CD da sua estrutura, que recebeu aportes de R$ 1,2 bilhão. Foram R$ 750 milhões da Renner e R$ 520 milhões da Kinea, gestora de fundos do Itaú Unibanco.
O objetivo é atender o aumento das vendas online e recepcionar mais produtos de lojistas que integram o seu marketplace (sellers). No segundo trimestre deste ano, as vendas online cresceram 66,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, e já representam 14,1% do total.
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