Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 01 de Outubro de 2021 às 14:21

Censo precisa de R$ 2,29 bi, mais do que o governo destinou, diz IBGE

O comunicado é uma resposta a uma determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF, que havia solicitado que o IBGE informasse qual seria a verba necessária para o trabalho

O comunicado é uma resposta a uma determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF, que havia solicitado que o IBGE informasse qual seria a verba necessária para o trabalho


EVANDRO LEAL/AGÊNCIA FREELANCER/FOLHAPRESS/JC
A direção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reafirmou, nesta sexta-feira (1º), que precisa de R$ 2,29 bilhões para realizar o Censo Demográfico de 2022.
A direção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reafirmou, nesta sexta-feira (1º), que precisa de R$ 2,29 bilhões para realizar o Censo Demográfico de 2022.
O comunicado é uma resposta a uma determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). No último dia 22, o ministro havia solicitado que o IBGE informasse, em até 10 dias, qual seria a verba necessária para o trabalho.
Os R$ 2,29 bilhões estão acima da estimativa do governo federal. No final de agosto, o governo passou a prever R$ 2 bilhões para o Censo no Orçamento de 2022. A quantia, segundo o IBGE, é insuficiente.
No comunicado desta sexta, o instituto cita uma nota técnica emitida em 9 de agosto. Segundo o IBGE, esse documento demonstra "a absoluta necessidade dos recursos demandados" para o levantamento.
"O IBGE espera que o Executivo e o Legislativo, em conjunto, garantam os recursos necessários para cumprir sua missão institucional de realizar o Censo em 2022, conforme determinado pelo Judiciário", aponta o comunicado do instituto.
Em meio ao impasse sobre a verba, o IBGE iniciou em setembro os testes para o levantamento. Na ocasião, equipes do instituto passaram a entrevistar moradores dos quase 1.300 domicílios na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
O IBGE afirmou que escolheu a ilha porque mais de 85% da população local já havia recebido as duas doses da vacina contra o coronavírus. Os testes buscam, por exemplo, avaliar os aplicativos e os sistemas desenvolvidos para a realização do levantamento no próximo ano.
Em maio, o STF decidiu que "o Poder Executivo, em articulação direta com o Congresso Nacional, assegure os créditos orçamentários suficientes para a realização do Censo Demográfico".
O levantamento, realizado de 10 em 10 anos, é o trabalho mais detalhado sobre as características demográficas e socioeconômicas do país. Inicialmente, a nova edição estava prevista para 2020, mas foi adiada para 2021 em razão da pandemia.
Neste ano, o que acabou inviabilizando o Censo foi o corte de recursos destinados à pesquisa. Coube então ao STF definir a realização em 2022.
A incerteza relacionada ao Censo espalhou preocupação entre especialistas durante a pandemia. Sem o estudo, o temor é que o Brasil amargue um apagão estatístico.
Na prática, os dados apurados pelo IBGE funcionam como base para políticas públicas e decisões de investimento de empresas. As informações balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO