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Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2021 às 11:36

Viés negativo externo impede Ibovespa de subir com alta das commodities

Às 10h22, o Ibovespa cedia 0,38%, na mínima, aos 112.855,59 pontos

Às 10h22, o Ibovespa cedia 0,38%, na mínima, aos 112.855,59 pontos


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Agência Estado
A despeito da valorização das duas principais ações do Ibovespa - Vale e Petrobras -, o índice brasileiro tem dificuldade em buscar um norte, mas pesa o viés negativo, dada a indefinição das bolsas de Nova York. Por lá, pairam dúvidas a respeito da direção da política monetária americana, especialmente quanto ao início da retirada de estímulos.
A despeito da valorização das duas principais ações do Ibovespa - Vale e Petrobras -, o índice brasileiro tem dificuldade em buscar um norte, mas pesa o viés negativo, dada a indefinição das bolsas de Nova York. Por lá, pairam dúvidas a respeito da direção da política monetária americana, especialmente quanto ao início da retirada de estímulos.
Este quadro impede o Ibovespa de amainar as perdas do mês nesta reta final de setembro, quando contabiliza queda de quase 5%. O que dá certo alívio é a forte valorização do minério de ferro no porto chinês de Qingdao (7,17%, a US$ 119,31 tonelada) e de quase 2% do petróleo no exterior. Contudo, a sinalização é de certa cautela, como retrata o juro americano de dez anos, que avança nos EUA, além da expectativa com a agenda semanal, que ganhará força aqui e lá fora, a partir de desta terça-feira (28).
Como avalia em nota a MCM Consultores, ainda repercutem os sinais mais 'hawkishes' (propenso a alta de juros) da semana passada do Banco da Inglaterra (BoE) e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Mais cedo, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, reforçou a leitura de que o tapering pelo BC americano deve ocorrer em breve, e disse estar preocupado que a inflação nos EUA fique abaixo da meta no longo prazo. Da agenda, saíram as encomendas de bens duráveis sobem do país, que subiram 1,8% em agosto ante julho, na comparação com previsão de 0,6%.
Enquanto isso, diz Daniel Meirelles, sócio da HCI Invest, o quadro internacional deve nortear o Ibovespa nesta segunda-feira (27), que fechou que queda de 0,69%, na sexta-feira (24), aos 113.282,67 pontos. "Alguns acontecimentos, basicamente externos é que devem dar suporte ao mercado, como a alta das commodities. Como a nossa Bolsa tem um porcentual grande de empresas ligadas ao setor - só Vale tem a maior participação, seguida de Petrobras -, pode ajudar", afirma. Em Nova York, os ADRs da Vale sobem na faixa de 2%.
"Até porque, o dia está bem devagar em relação à divulgação de indicadores. No Brasil, tem espera pela ata do Copom, do RTI, do IGP-M, do Caged... No exterior, terão dados de atividade da China e PIB dos EUA, por exemplo", completa Meirelles.
Além da pressão dos Treasuries americanos, que já testam máximas no nível de 1,50%, o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, acrescenta em análise matinal a clientes e à imprensa, outras duas incertezas que tendem a gerar volatilidade nos mercados nesta segunda-feira. Uma delas é a transição política na Alemanha, com a saída de Angela Merkel após 16 anos no poder. A outra, cita, são questões ligadas à oferta de energia na China, que podem comprometer as perspectivas de crescimento da segunda maior economia do globo. Além disso, investidores seguem atentos à crise de liquidez da incorporadora chinesa Evergrande.
Às 10h22, o Ibovespa cedia 0,38%, na mínima, aos 112.855,59 pontos, ante máxima diária aos 113.326,31 pontos. Vale ON subia 0,94% e Petrobras, 1,23% (PN) e 1,16% (ON), reagindo à valorização do minério e do petróleo, respectivamente, no exterior.
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