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Economia

- Publicada em 24 de Setembro de 2021 às 10:29

Prévia da inflação sobe 1,14% em setembro e chega a 10,05% em 12 meses

Ao longo da pandemia, houve disparada no preços de alimentos e, em seguida, de combustíveis

Ao longo da pandemia, houve disparada no preços de alimentos e, em seguida, de combustíveis


MARIANA ALVES/JC
A prévia da inflação oficial acelerou para 1,14% em setembro, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). A taxa é a maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, apontou nesta sexta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A prévia da inflação oficial acelerou para 1,14% em setembro, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). A taxa é a maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, apontou nesta sexta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No mês anterior (agosto), o IPCA-15 havia registrado variação de 0,89%.
Com o resultado de setembro, a prévia da inflação chegou a 10,05% no acumulado de 12 meses. Ou seja, ultrapassa a marca de dois dígitos.
Os dados ficaram acima das projeções do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam variação de 1,03% em setembro e de 9,94% no acumulado.
Gasolina e energia elétrica foram os itens que, individualmente, tiveram o maior impacto no índice em setembro, ambos com 0,17 ponto percentual .
O índice oficial de inflação do País é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também calculado pelo IBGE. O IPCA-15, pelo fato de ser divulgado antes, sinaliza uma tendência para os preços. Por isso, é conhecido como uma prévia.
Em 12 meses, o IPCA-15 registra variação bem superior à meta perseguida pelo BC (Banco Central) para o IPCA. O teto da meta em 2021 é de 5,25%. O centro é de 3,75%.
A escalada dos preços ganhou corpo ao longo da pandemia. Inicialmente, houve disparada de alimentos e, em seguida, de combustíveis.
Alta do dólar em meio à crise política, estoques menores e avanço das commodities ajudam a explicar o comportamento dos preços.
Neste ano, a crise hídrica também passou a ameaçar o controle inflacionário. Isso ocorre porque a escassez de chuva força o acionamento de usinas térmicas, elevando os custos de geração de energia elétrica. O reflexo é a conta de luz mais cara nos lares brasileiros.
A seca, em conjunto com recentes geadas em julho, ainda afeta a produção agropecuária, pressionando os preços até as gôndolas dos supermercados.
Devido à escalada da inflação, analistas do mercado financeiro ouvidos pelo BC vêm subindo as projeções para o IPCA deste ano.
A estimativa mais recente que aparece no boletim Focus indica avanço de 8,35% ao final de 2021. Ou seja, distante do teto da meta. A edição mais recente do Focus foi publicada pelo BC na segunda-feira (20).
Em uma tentativa de frear a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) passou a subir a taxa básica de juros, a Selic. Na quarta-feira (22), aumentou a taxa em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano.
Em comunicado após a decisão, o colegiado indicou que fará nova elevação na mesma magnitude na próxima reunião, no fim de outubro, o que colocaria a Selic em 7,25%.
/Folhapress
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