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Economia

- Publicada em 14 de Setembro de 2021 às 12:28

Setor de serviços avança 3,4% em julho no RS, bem acima da média do País

Serviços que atendem as famílias, como restaurantes, tiveram maior avanço em julho na pesquisa

Serviços que atendem as famílias, como restaurantes, tiveram maior avanço em julho na pesquisa


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Mês a mês o setor de serviços no Rio Grande do Sul recompõe a atividade, sob efeito da maior liberação de atividades na pandemia. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada esta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta avanço de 3,4% no volume do setor frente a junho. O desempenho foi melhor do que o da média brasileira, que teve alta de 1,1%.
Mês a mês o setor de serviços no Rio Grande do Sul recompõe a atividade, sob efeito da maior liberação de atividades na pandemia. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada esta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta avanço de 3,4% no volume do setor frente a junho. O desempenho foi melhor do que o da média brasileira, que teve alta de 1,1%.
Frente a julho de 2020, no período com impactos mais fortes de interrupção de atividades, o crescimento foi de 19,5% no mercado gaúcho. No ano, o acumulado é de alta de 9,2%. Em 12 meses, ocorre a reversão da queda, ficando com variação de 0,2%. Até junho, o recuo estava em 2,6%.
No País, julho veio com menos força que junho, que tinha registrado alta de 1,8% frente a maio. Na variação sobre julho de 2020, a alta foi de 17,8%. No ano, a alta é de 10,7% e em 12 meses de 2,9%.
Os dados do comércio, divulgados na semana passada, vieram levemente melhores, com alta de 1,2% frente ao mês anterior no Brasil e 5,7% em relação a julho do ano passado. O comércio varejista Estado teve alta de 1,9% no confronto mensal recente e de 10,5% em relação a julho de 2020. O ampliado, que tem veículos e materiais de construção, subiu 2,9% sobre junho e 10,5% em relação a julho anterior.
Já a produção industrial fez caminho contrário, com queda de 1,3%. O Rio Grande do Sul registrou recuo mais, de 1,7% na passagem de junho para julho.
Nos grupos, os serviços prestados para as famílias no Estado tiveram elevação de 111,4% no confronto com o mesmo mês de 2020, no ano o comportamento é de aumento de 25,1%. Mas em 12 meses ainda há queda de 7,8%, indicando os impactos ainda pesados da evolução da pandemia. 
Os serviços para as famílias vão desde hotéis, restaurantes, cabeleireiro a atividades culturais e esportivas. Segmentos como de eventos ainda estão em processo de retomada, com liberações para atividades com mais público ainda lentas.
A área de serviços de informação e comunicação, que abrange desde bancos à telefonia e tecnologia da informação, tiveram alta de 6,5%, mantendo o nível de avanço no ano. Estes segmentos não pararam na pandemia e tiveram mais demanda pelo uso de recursos digitais, como na comunicação.
Serviços profissionais, administrativos e complementares, que vão de agências de viagens, contadores, advogados, arquitetos e aluguéis tiveram aumento de 9,6% no volume demandado, taxa mais baixa em três meses, 4,2% no ano e queda de 1,8% em 12 meses.
Já transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançaram 27,4%, mesmo positivo, julho foi o mais baixo desde maio, que registrou 39,5%, e junho, que teve alta de 29,1%. No ano, o conjunto de atividades avançou 17,4%. Desde agosto de 2020, a elevação chega a 4,4%.
O setor de serviços vindo melhor que o comércio e mais ainda que a indústria reflete uma demanda maior das famílias. "É um movimento que se dá ao mesmo tempo em que a indústria perde fôlego dentro deum processo natural de mudança dos gastos dos consumidores de bens para serviços, a partir da flexibilização das atividades econômicas com a melhora do quadro sanitário", avalia o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank.
A economista-chefe da Fecomércio-RS, a economista-chefe Patricia Palermo, observa que os percentuais mais altos de recomposição podem ser explicados relação devido à base, principalmente de 2020, mais deprimida.
"Os serviços vinham muito mal. Qualquer tipo de recuperação reflete em termos matemáticos em um grande salto, o que ajudou também (nos números)", conclui Patricia.    
FRank analisa ainda que a margem pra expansão dos serviços é maior, projetando o que pode ainda ser o resultado até dezembro. "O setor ainda pode ser amplamente beneficiado por novas flexibilizações ao funcionamento dos negócios, principalmente daquelas que dependem de mobilidade, incluindo alojamento, alimentação, saúde e educação, salões de beleza, entre outros", lista o economista. 
A indústria e o varejo, por outro lado, devem sofrer ainda com impactos da inflação, observa Frank. A variação maior de custos afeta a formação de preços dos produtos e depois é repassada ao consumidor final, na venda no comércio.  
No Brasil, a passagem de junho para julho teve a quarta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 5,8%. O IBGE destacou que este saldo também coloca o setor 3,9% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, além de ser o patamar mais elevado desde março de 2016. Mesmo com o avanço, o setor ainda está 7,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014, informa o IBGE.
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