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Turismo

- Publicada em 27 de Agosto de 2021 às 16:21

Nova gestão nos parques de Aparados da Serra e Serra Geral vai fomentar cultura local

Início da operação, inicialmente previsto para 1º de setembro, precisou ser remarcado

Início da operação, inicialmente previsto para 1º de setembro, precisou ser remarcado


DAIANA SILVA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Gestora de três pontos turísticos gestão nos parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral, que ficam na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a empresa paulista Construcap apresentou na manhã desta sexta-feira (27) a concessionária Urbia Cânions Verdes, que vai efetivamente fazer o controle das áreas turísticas.
Gestora de três pontos turísticos gestão nos parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral, que ficam na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a empresa paulista Construcap apresentou na manhã desta sexta-feira (27) a concessionária Urbia Cânions Verdes, que vai efetivamente fazer o controle das áreas turísticas.
Com investimento previsto de R$ 260 milhões ao longo de 30 anos de concessão, o novo braço da empresa pretende apostar no fomento à cultura local da serra gaúcha e na visão sustentável para atrair visitantes aos parques.
“Não queremos de forma alguma transformar a identidade do RS. Pelo contrário, queremos reforçar essa identidade o tempo todo”, afirmou Samuel Lloyd, diretor comercial da Urbia. “Queremos trazer o padrão internacional para o produto local. Não devemos ver nesses parques grandes marcas, grandes redes, mas sim empresas da região, que podem, através dessa visibilidade, até futuramente tomarem nível nacional”, explicou ele.
Lloyd definiu a proposta para a região como um projeto de desenvolvimento local. Antes de apresentar as ideias da empresa para os parques em Porto Alegre, ele participou de reuniões em Cambará do Sul, Praia Grande (SC), Torres, São Francisco de Paula, Gramado, Canela e Bento Gonçalves. Segundo contou, foi muito bem recebido em todas essas cidades e afirma que os comerciantes locais abraçaram a ideia.
“O objetivo é valorizar a gastronomia e a cultura orgânica local. Estamos falando do vinho, dos chocolates, do queijo serrano.... Mapeamos alguns agricultores como, por exemplo, os produtores de mel em Cambará. O visitante que chegar lá daqui a um, dois anos, vai perceber que está em um local que preserva suas tradições, valoriza sua cultura e que tem muito orgulho do que tem para oferecer ao mundo”, afirmou o diretor comercial.
A concessão à Construcap, que é de 3 pontos de visitação, e não de todo o parque, foi celebrada em 12 de agosto. Assim, a empresa ainda não teve tempo de implementar o seu projeto. Tanto que o início oficial da operação, que estava marcado para 1º de setembro, precisou ser adiado. Ainda não há data definida, mas a concessionária garante que ainda será no mesmo mês.
Um dos pontos fica em Santa Catarina, no Parque da Serra Geral, onde fica a Trilha do Boi, com acesso por Praia Grande. Os outros dois, os cânions Itaimbezinho e Fortaleza, ficam no lado gaúcho da divisa, no Parque dos Aparados da Serra.
A concessão transfere à iniciativa privada a responsabilidade pelos investimentos na infraestrutura, acessibilidade, segurança, treinamento e desenvolvimento dos colaboradores e no planejamento de novas experiências turísticas e educativas. A qualidade da prestação do serviço por parte do concessionário será medida a partir de indicadores de desempenho, que englobam avaliação da satisfação dos visitantes, a manutenção e conservação das estruturas da concessão. As áreas concedidas dos parques continuam pertencendo à União, e são fiscalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Para o período de 30 anos da concessão, estão previstas a abertura de novas trilhas, pontos de contemplação e mirantes, qualificação da acessibilidade universal, estacionamentos, oferta de transporte interno nos parques, além de toda a infraestrutura que proporcione o desenvolvimento turístico local como novas atividades de aventura, pontos de informação e atendimento ao visitante, espaços de experiência gastronômica e educativas, sinalização, segurança das trilhas, novos atrativos e meios de hospedagem.
Segundo Roberto Ribeiro Capobianco, presidente da concessionária, “a Urbia planeja investir cerca de R$20 milhões adicionais nos cinco primeiros anos da concessão em itens não obrigatórios. O turismo será um grande indutor do desenvolvimento sustentável local estimulando a melhoria dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) das cidades do futuro Geoparque” – investimentos que visam a melhoria dos serviços e experiência dos visitantes em padrão de qualidade internacional.

Urbia quer que turismo ecológico provoque reflexões na sociedade

Sob a gestão da Urbia, os carros não poderão mais chegar até a borda dos cânions, como ocorre hoje. O objetivo é barrar a entrada de combustíveis fosseis nos parques. E isso acontece não apenas para preservar o meio ambiente local, mas também para passar uma mensagem a todas as pessoas interessadas em fazer o roteiro ecológico proposto pela concessionária.
“Isso representa para sociedade que o combustível fóssil é algo que não funciona naquele ambiente. A pessoa então passa a questionar se aquilo funciona dentro da casa dela, da cidade onde ela mora. A gente realmente imagina que a nossa ação dentro dos parques nacionais possa fazer com que as pessoas reflitam sobre a vida que elas têm na sociedade em que elas moram”, disse o diretor comercial da Urbia, concessionária dos parques, Samuel Lloyd.
Segundo a Construcap, o investimento nos parques reafirma o compromisso na conservação de importantes patrimônios ambientais nacionais e seu alinhamento aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas em sua Agenda 2030, para manutenção de um meio ambiente equilibrado e a construção de uma sociedade mais justa. Em 2019, a empresa investiu na primeira concessão de parques urbanos do país e fundou a Urbia Gestão de Parques, responsável pela gestão de seis parques na cidade de São Paulo, incluindo o Parque Ibirapuera, o mais visitado do país, com cerca de 15 milhões de visitas anuais.
“Para nós, o fazer sustentável é o novo jeito de fazer as coisas. E eu falo novo porque já estamos atrasados. Era para ser uma coisa que já se debate há mais de 30 anos e a gente realmente precisa mudar o jeito de produzir e se desenvolver para que, de fato, consigamos atingir o desenvolvimento sustentável”, posicionou-se Lloyd.

Preço dos ingressos

Preços válidos até 30 de novembro de 2021:
  • Um dia com acesso a todos os núcleos: R$35,00
  • Dois dias com acesso a todos os núcleos: R$55,00
Preços a partir de 1º de dezembro de 2021:
  • Um dia com acesso a todos os núcleos: R$50,00
  • Dois dias com acesso a todos os núcleos: R$80,00
Estacionamento:
  • Motocicleta: R$5,00
  • Carros: R$10,00
  • Vans e motorhomes (proibido pernoite): R$20,00
  • Ônibus: R$50,00
O horário de acesso aos estacionamentos é das 8h às 16h.