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Economia

- Publicada em 24 de Agosto de 2021 às 20:58

Flexibilizações no setor levam bares e restaurantes gaúchos a investirem nos negócios

Com retomada e diminuição de restrições, setor passou a ser um dos líderes em contratações

Com retomada e diminuição de restrições, setor passou a ser um dos líderes em contratações


LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
Trabalhando sem percentual máximo de ocupação, bares e restaurantes de Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão e Glorinha já prospectam melhorias nos negócios ainda em 2021. O otimismo vem acompanhado de investimentos, para fortalecer o atendimento nos estabelecimentos e também no canal de entregas.
Trabalhando sem percentual máximo de ocupação, bares e restaurantes de Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão e Glorinha já prospectam melhorias nos negócios ainda em 2021. O otimismo vem acompanhado de investimentos, para fortalecer o atendimento nos estabelecimentos e também no canal de entregas.
Segundo a presidente da Abrasel no Rio Grande do Sul, Maria Fernanda Tartoni, os novos protocolos adotados para a Capital e Região Metropolitana são fundamentais para melhorar o atendimento ao público. Ela destaca que a mudança era uma demanda da entidade e que agora já "é possível projetar dias melhores". "Lutamos muito para isso acontecer", destaca a dirigente. Antes da medida ser alterada, as empresas do setor precisavam operar com limite máximo de seis pessoas por mesa, e por conta disso, de acordo com Maria Fernanda, as empresas perdiam muitas reservas.
Ainda que já seja considerado um avanço para melhorar os negócios, os empresários do ramo reclamam da obrigatoriedade do distanciamento de dois metros entre as mesas, regra que é apontada como um "complicador" para a retomada do crescimento nas empresas. "Ainda têm algumas mudanças que podem ser feitas, como a redução do espaço entre as mesas. Essa restrição precisa ser reduzida até se extinguir ou acabar de vez", avalia o proprietário do Gambrinus João Melo. "Como o índice de vacinação de Porto Alegre está bem avançado, não faz sentido seguir", opina.
Maria Fernanda também aponta que o ideal seria um distanciamento menor, de um metro e meio. "Não adianta retirar a limitação de ocupação e manter um distanciamento grande entre as mesas, pois  diminui a capacidade de operação." De qualquer forma, a presidente da Abrasel-RS admite que, em relação ao início do ano, o setor já apresenta melhoras significativas. 
"Essas últimas flexibilizações já trouxeram resultados imediatos. O fim da ocupação máxima do restaurante permite que se mantenha o distanciamento", pondera Melo. Ele conta que a administração do Gambrinus vai investir em tecnologia de inteligência de negócios, para fortalecer a tele-entrega e a casa também passará por reformas, como manutenção do piso. "Voltamos a fazer investimentos pensando no futuro, diferente do período mais difícil da pandemia, em que o foco era apenas manter a empresa viva." Além das melhorias, o restaurante também deve contratar mais pessoas para completar o quadro de funcionários e injetará recursos no treinamento da equipe, informa o proprietário. 
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), muitos bares e restaurantes voltaram a contratar, levando o setor de serviços a ser um dos principais na geração de empregos nos meses de maio e junho. "Estou contratando mais cozinheiros e também alterando alguns aspectos da casa, como rever o cardápio e a carta de vinhos, com o objetivo de incrementar mais nas vendas", comenta Maria Fernanda, que é proprietária do Tartoni Ristorante.
"Este é o momento de seguir avançando e não retroceder novamente", completa a presidente da Abrasel-RS, destacando que a expectativa é de novas flexibilizações e de que o avanço da vacinação siga determinando a recuperação do ramo de gastronomia no segundo semestre do ano. "As pessoas estão mais confiantes", destaca. Segundo a dirigente, com esses passos será possível o aumento da contratação no setor. "Para que isso ocorra, contamos também com a colaboração da população, pois a pandemia ainda existe e precisamos tomar todos os cuidados." Mas a dirigente admite que o ritmo de contratação das empresas em geral ainda não é o esperado.
"Com o aumento da população vacinada com as duas doses veio o retorno gradual da nossa vida", pondera o proprietário da churrascaria Komka, Deko Komka. "Esperamos que o final do ano traga o movimento às casas e com isso a esperança de tempos melhores, sem medo e sem vírus", observa.
Na visão do empresário, as flexibilizações "são fundamentais" para a "normalidade" voltar, mas é preciso ainda respeitar as normas de distanciamento, capacidade e higiene. Ele avalia que o atendimento em conformidade com os protocolos "faz com que os clientes tenham segurança de consumir" e "acabam retornando se a experiência for boa".
Preparado para investir na área externa do restaurante, Komka lembra que este espaço foi a alternativa que ele encontrou para dar segurança aos clientes. "Agradou a todos!" Por isso, o local receberá melhorias para se consolidar como mais um ambiente da empresa. "O setor precisa de fôlego, precisamos recuperar as perdas, o endividamento , pois esses 18 meses foram muito pesados", diz o empresário. "Precisamos de linhas de crédito com juros justos, pois fizemos muitos sacrifícios para manter as nossas casas abertas", emenda. 
Maria Fernanda reforça que "para os bares e restaurantes é fundamental ter a redução do distanciamento entre mesas e também ter uma campanha de conscientização de vacinação, explicando a importância da mesma para a sociedade."
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