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Economia

- Publicada em 24 de Agosto de 2021 às 11:06

Avanço de commodities sustenta Ibovespa, mas riscos domésticos seguem no radar

 A sessão de negócios abre seguindo o bom humor externo

A sessão de negócios abre seguindo o bom humor externo


/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
O Ibovespa abriu em alta nesta terça-feira (24), sustentado pelo forte avanço das commodities no exterior, que ajudam o índice a galgar à marca dos 119 mil pontos. A sessão de negócios abre seguindo o bom humor externo, ainda que riscos domésticos estejam presentes no radar dos investidores, como a político-institucional e dúvidas sobre o equilíbrio das contas públicas.
O Ibovespa abriu em alta nesta terça-feira (24), sustentado pelo forte avanço das commodities no exterior, que ajudam o índice a galgar à marca dos 119 mil pontos. A sessão de negócios abre seguindo o bom humor externo, ainda que riscos domésticos estejam presentes no radar dos investidores, como a político-institucional e dúvidas sobre o equilíbrio das contas públicas.
A cotação dos contratos futuros de petróleo subia cerca de 2% e o minério de ferro, que ontem havia recuado, fechou em alta de 6,89% no porto de Qindao, na China, com perspectivas de retomada mais forte da economia chinesa. O avanço desses preços também influencia o recuo do dólar em relação a moedas de emergentes, inclusive o real. Em Nova York, os índices das principais bolsas mostram continuidade ao apetite por risco, ainda que com menor fôlego do que na sessão da véspera.
Às 10h37 desta terça, o Ibovespa subia 1,48%, 119.209,56 aos pontos, com destaque para a alta de 3,49% das ações de Vale ON (R$ 99,68).
No plano interno, os investidores estarão de olho no andamento dos ritos no Congresso Nacional. Se não for demovido da ideia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, quer colocar em votação hoje o texto da reforma do Imposto de Renda. No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já afirmou não abrir mão de uma reforma mais ampla. A questão dos precatórios também fica no radar, uma vez que é percebido pela equipe econômica que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) talvez não seja a melhor solução.
Tanto que o governo já começa a discutir internamente um "plano B" para a fatura bilionária de precatórios em 2022 (R$ 89,1 bilhões). Fontes disseram ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que, entre as soluções possíveis, está a de retirar do alcance do teto de gastos apenas o "excesso" de crescimento das dívidas judiciais, isto é, cerca de R$ 30 bilhões de aumento acima do previsto para 2022, mantendo uma regra semelhante para anos seguintes.
Outra opção é retirar a despesa com precatórios do teto e recalcular o limite desde a sua origem, em 2016. O ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu ontem que há programa forte de manutenção do teto de gastos. Disse ainda ser necessário apoio para a PEC dos precatórios avançar.
"A PEC que prevê o parcelamento e a criação de fundo é vista de forma mais negativa. A possível votação do IR na Câmara também fica no radar, com temores de novas pressões fiscais em virtude de concessões feitas nas negociações", ressaltou o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto. Ele lembra que Lira participa de evento nesta manhã e pode influenciar o comportamento dos ativos. "De forma geral o quadro segue apreensivo e bastante sensível ao noticiário sobre os temas mais relevantes", disse.
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