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Tecnologia

- Publicada em 13 de Setembro de 2021 às 21:37

Blockchain desafia o modelo econômico atual

Para Freitas, discussões sobre termos uma criptomoeda nacional não é algo trivial

Para Freitas, discussões sobre termos uma criptomoeda nacional não é algo trivial


BRADESCO/DIVULGAÇÃO/JC
Em cinco ou dez anos, o blockchain será a infraestrutura por onde todos os dados vão transacionar. Mas, para isso acontecer, ainda precisaremos passar por uma jornada que envolve mudança de mentalidade, de tecnologia e de processos. Esses são alguns dos maiores desafios para que, em um futuro próximo, o Blockchain possa começar a entregar tudo que o mundo já espera dessa tecnologia, aposta o superintendente executivo do Bradesco, Fernando Freitas. Apesar de muito associado às moedas digitais, o blockchain vai além do universo financeiro ao permitir interações remotas, calcular riscos e tratar de confiança digital. Para ajudar a tornar o conhecimento acessível a todo o ecossistema, o inovabra, plataforma de inovação aberta do Bradesco, acaba de lançar o estudo "Admirável Mundo Blockchain", elaborado com o auxílio de mais de 30 especialistas.
Em cinco ou dez anos, o blockchain será a infraestrutura por onde todos os dados vão transacionar. Mas, para isso acontecer, ainda precisaremos passar por uma jornada que envolve mudança de mentalidade, de tecnologia e de processos. Esses são alguns dos maiores desafios para que, em um futuro próximo, o Blockchain possa começar a entregar tudo que o mundo já espera dessa tecnologia, aposta o superintendente executivo do Bradesco, Fernando Freitas. Apesar de muito associado às moedas digitais, o blockchain vai além do universo financeiro ao permitir interações remotas, calcular riscos e tratar de confiança digital. Para ajudar a tornar o conhecimento acessível a todo o ecossistema, o inovabra, plataforma de inovação aberta do Bradesco, acaba de lançar o estudo "Admirável Mundo Blockchain", elaborado com o auxílio de mais de 30 especialistas.
Jornal do Comércio - Como você avalia o estágio de adoção do blockchain no Brasil?
Fernando Freitas - O Blockchain veio muito forte com a disseminação do Bitcoin, mas é uma tecnologia ainda em fase inicial, com aplicações muito pontuais e nada em grande escala. Eu diria que estamos no primeiro estágio, indo para o segundo grau de maturidade, e com grandes desafios pela frente. A forma como o blockchain foi desenhado desafia a maneira como a nossa estrutura econômica é pensada, especialmente dos bancos incumbentes. Mas, nos próximos cinco a dez anos, o blockchain vai ser a infraestrutura por onde todos os dados e as transações e diversos setores da economia vão correr. Essa é a nossa visão. Para isso acontecer, porém, precisamos de pessoas capacitadas. Quando olhamos para as grandes empresas, a quantidade de profissionais que dominam essa tecnologia ainda é muito baixa - algo que acontece com todas as tecnologias emergentes.
JC - Que mudanças de mentalidade e de processos essa tecnologia vai exigir?
Freitas - Um dos desafios é, justamente, o da criação desse novo modelo mental para que todos entendam o design e como funciona a infraestrutura de blockchain, assim como os novos modelos de negócios que isso permitirá. É como explicar para um gestor que ele pode fracionar um quadro valioso, tokenizar ele e vender como criptomoeda. É um novo mercado e que exige a construção dessa maturidade. Vamos ter que refazer estruturas econômicas construídas nas últimas décadas e remodelar e repensar as necessidades de toda cadeia de valor, inclusive eliminando algumas partes do processo. Isso leva tempo e exigirá preparação dos desenvolvedores, dos modelos de negócios e de todos os protocolos para, de fato, conseguirem fazer, na escala que hoje o mundo opera, procedimentos quase em tempo real, algo que a tecnologia ainda não entrega.
JC - Que experimentos o Bradesco já tem feito no uso dessa tecnologia?
Freitas - De 2018 a 2020, realizamos uma série de Provas de Conceito (POCs) e, neste ano e até 2022, estamos realizando pilotos controlados para ver qual valor que isso entrega para clientes e qual é esse grande valor. A partir destes aprendizados vamos tomar a decisão mais assertiva sobre a implantação do Blockchain. Estamos trabalhando, por exemplo, com controle de ativo digital, tokenizando o ativo e acompanhando todo ciclo de vida. Outra iniciativa está na realização de transferências internacionais. E o terceiro campo de teste é o de conectar diversos atores da cadeia logística de importação e exportação com os bancos estrangeiros. Isso precisa ser feito em uma rede blockchain, nas diversas etapas dos pagamentos. O que nos parece, já nesse primeiro momento, é que a rede blockchain traz uma grande eficiência. Já vemos resultados nestes testes, como uma redução de reconciliação de documentos, na medida em que o uso dessa tecnologia ajudar a evitar o vai e vem de informações que precisam ser controladas.
JC - Como você enxerga as discussões sobre termos uma criptomoeda nacional?
Freitas - A moeda é uma questão de soberania nacional, e dificilmente os governos abririam a mão de ter a emissão da moeda fiduciária. Em cima dessa visão, o Banco Central vem discutindo como modernizar esse arcabouço de emissão. É um debate importante e que precisa ser feito com toda calma, pois estamos falamos da capacidade de um governo controlar questões econômicas do país, como PIB e inflação, por exemplo. Não é uma discussão trivial e nem simples, pois envolve não só termos uma criptomoeda nacional, mas é sobre a capacidade de o governo controlar os ciclos econômicos e gerar bem estar à sociedade. Perder a propriedade de emissão seria perder a capacidade de controlar esses ciclos.

eSales seleciona profissionais para atuar com Open Banking

Salários podem chegar a R$ 15 mil mais possibilidade de trabalho 100% remoto

Salários podem chegar a R$ 15 mil mais possibilidade de trabalho 100% remoto


E-SALES/DIVULGAÇÃO/JC
A eSales, empresa gaúcha com atuação nacional que desenvolve softwares de integração que englobam soluções logísticas, financeiras e de comércio exterior para a cadeia de negócios, está selecionando profissionais para atuar com Open Banking e PIX .
As vagas são para desenvolvedores de software e podem ser conferidas por meio do site https://esales.gupy.io/.
Entre os pré-requisitos exigidos estão experiência com desenvolvimento em React, Kotlin ou Java, formação, cursos ou certificações em Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Análise de Sistemas e afins, familiaridade com metodologias ágeis e conhecimento de Frameworks.
Os salários podem chegar a R$ 15 mil, mais benefícios flexíveis, e possibilidade de trabalho 100% remoto. A eSales tem sedes em Porto Alegre, Brasília, São Paulo, Goiânia e também em Portugal.

Ataques de phishing sobem em 70% das empresas na pandemia

Funcionários em home office se tornaram o principal alvo dos cibercriminosos

Funcionários em home office se tornaram o principal alvo dos cibercriminosos


Charles via Unsplash/Divulgação/JC
Os ataques de phishing direcionados às organizações aumentaram consideravelmente durante a pandemia, à medida que milhões de funcionários que estão trabalhando em home office se tornaram o principal alvo dos cibercriminosos.
A grande maioria (70%) de todas as equipes de TI disse que o número de e-mails de phishing que atingiram seus funcionários aumentou em 2020. Ligado a esse dado, a pesquisa "Phishing Insights, 2021", realizada pela Sophos, aponta outro número relevante: houve um aumento para 82% das equipes de TI em organizações que foram atingidas por ransomware durante o ano.
Das 200 companhias brasileiras que participaram da pesquisa, 73% (145) alegaram terem notado um aumento no número de ataques de phishing desde o início da pandemia. Dessas 145, 55 disseram que houve um grande aumento e 90 apontaram um pequeno aumento;
Além disso, 18% das empresas brasileiras disseram ter tanto programas de treinamento baseados em máquinas, quanto liderados por humanos, além de simulações de phishing como formas de conscientização sobre segurança cibernética para lidar com esses ataques.