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Economia

- Publicada em 06 de Agosto de 2021 às 11:34

Emprego forte nos EUA estimula Ibovespa; ruídos político e fiscal limitam alta

Nos EUA houve a geração de 943 mil vagas de emprego, ante previsão de geração de 900 mil postos

Nos EUA houve a geração de 943 mil vagas de emprego, ante previsão de geração de 900 mil postos


ANGELA WEISS/AFP/JC
Agência Estado
A geração de emprego nos Estados Unidos, em julho, acima das expectativas, ainda que reforce a visão de retirada antecipada dos estímulos americanos, provoca alta das bolsas, indicando que a economia está em forte recuperação. Desta forma, o Ibovespa também pega carona e tenta recuperar as perdas recentes, pelo menos para fechar a primeira semana de agosto com valorização, a despeito das preocupações políticas, ficais e institucionais.
A geração de emprego nos Estados Unidos, em julho, acima das expectativas, ainda que reforce a visão de retirada antecipada dos estímulos americanos, provoca alta das bolsas, indicando que a economia está em forte recuperação. Desta forma, o Ibovespa também pega carona e tenta recuperar as perdas recentes, pelo menos para fechar a primeira semana de agosto com valorização, a despeito das preocupações políticas, ficais e institucionais.
Em julho, nos EUA, houve a geração de 943 mil vagas de emprego, ante previsão de geração de 900 mil postos. O número de junho foi revisado de 850 mil a 938 mil. Apesar de o resultado robusto eventualmente elevar as apostas de retiradas dos estímulos pelo Fed, Eduardo Cubas, sócio da Manchester Investimentos, pondera que a autoridade monetária tem sido cautelosa em seus comentários em relação a essa mudança. "Todas as indicações do Fed têm sido bastante 'soft' em relação ao 'tapering'. Até decidirem isso, sairão muitos outros dados de emprego", avalia.
A tendência, avalia a MCM Consultoria, é de que os ativos domésticos ensaiem recuperação após a queda da quinta-feira, mas o momento continua desfavorável, lembrando em nota o aumento da aversão ao risco no Brasil.
Por aqui, continuam pesando os riscos institucionais e políticos, em meio ao agravamento da tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Judiciário, além das preocupações crescentes dos investidores em relação ao fiscal.
"Os riscos políticos internos aumentaram bastante nos últimos dias. Essa briga do Executivo com o Judiciário traz muita incerteza para o mercado, principalmente para o investidor estrangeiro, já que o doméstico parece meio acostumado com este tipo de tensão. Incomoda o estrangeiro especialmente pois ele não conhece as regras internas. No entanto, assusta de forma geral, pois há o temor de que as regras não serão cumpridas, se vão tirar os precatórios do teto de gastos, por exemplo", explica Cubas.
Além de o Senado ter aprovado o projeto de lei que reabre o Refis com perdão de até 90% em multas e juros e de 100% nos encargos para dívidas de empresas e pessoas físicas acumuladas até este ano, lideranças partidárias discutem tirar o gasto com precatórios do alcance do teto de gastos.
Conforme fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, para a Economia, a PEC com precatórios fora do teto não foi combinada e não vai prosperar. Segundo as informações, também para a pasta, o relator do chamado Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, quebrou acordo.
A avaliação de analistas é que a aprovação do texto, que segue agora para análise da Câmara dos Deputados, assim como outras medidas antifiscalistas tendem a apagar as ações da política monetária para tentar conter a pressão inflacionária persistente.
Na quarta-feira (4), o Copom subiu a Selic em um ponto porcentual, para 5,25% ao ano, sinalizando nova alta da mesma magnitude em setembro. Além disso, indicou que vê o juro acima do nível neutro (6,5%), o que fez várias instituições a elevarem suas projeções, já estimando Selic na faixa de 8% no fim de 2021, que subiu a Selic esta semana de 4,25% para 5,25%, indicando novos aumentos, para conter a pressão inflacionária persistente.
Já em relação à crise institucional, o clima esquentou ainda mais após o presidente do STF, Luiz Fux, anunciar, nessa quinta-feira, o cancelamento da reunião entre os chefes dos três Poderes, sob o argumento de que não é possível tolerar ataques e insultos do presidente Jair Bolsonaro a integrantes da Corte.
Agora, fica a expectativa de remarcação do encontro e de atuação das forças politicas para conter os ânimos como dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Ao contrário da valorização moderada dos índices acionários no exterior, o petróleo passou ainda que de forma modesta lá fora, impedindo alta das ações da Petrobras, que ontem dispararam após o forte balanço do segundo trimestre. Já Vale ON subia 1%, após o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao, fechar com valorização de 0,56%, a US$ 172,51 a tonelada.
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,14%, aos 121.632,92 pontos. Às 10h49, subia 0,11%, aos 121.763,67 pontos, ante máxima diária a 122.475,35 pontos.
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