Porto Alegre voltou a ocupar o posto de capital com a cesta básica mais cara do Brasil após a alta de 2,27% dos itens em julho. Os porto-alegrenses precisaram desembolsar R$ 656,92 no mês passado para garantir os itens considerados essenciais, segundo levantamento divulgado pelo Dieese nesta quinta-feira (5). Em junho, eram necessários
R$ 642,31 para comprar a cesta.
Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, oito ficaram mais caros em julho: o tomate (19,33%), o açúcar (6,98%), a banana (6,19%), o pão (4,92%), o leite (2,77%), a manteiga (2,36%), o café (2,31%) e a carne (0,63%). Em sentido contrário, quatro itens registraram redução de preço: a batata (-11,03%), o feijão (-5,80%), o arroz (-5,41%) e o óleo de soja (-2,06%). A farinha de trigo ficou estável.
De janeiro a julho de 2021, nove produtos ficaram mais caros: o açúcar (38,27%), a carne (17,79%), a farinha de trigo (17,20%), o pão (11,73%), o tomate (11,24%), o café (10,70%), o feijão (9,90%), o leite (8,56%) e a manteiga (5,88%). Por outro lado, quatro itens estão mais baratos: a batata (-36,43%), a banana (-20,69%), o arroz (-8,92%) e óleo de soja (-3,64%).
Em doze meses, 12 itens da cesta registraram aumento de preços, sendo as maiores altas verificadas no óleo de soja (88,34%), no arroz (46,27%), no açúcar (45,08%), na carne (35,21%) e no feijão (27,49%). A batata foi o único item que registrou retração (-14,79%).
Para comprar os itens da cesta básica, o Dieese estima que o salário-mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em junho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o piso em vigor.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em julho, ficou em 113 horas e 19 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em junho, quando foi de 111 horas e 30 minutos.