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Economia

- Publicada em 04 de Agosto de 2021 às 19:00

Petrobras reverte prejuízo e fecha com lucro de R$ 42,85 bilhões no 2º trimestre

Câmbio do dólar ajudou a reduzir endividamento da companhia, que também se beneficiou da alta do petróleo

Câmbio do dólar ajudou a reduzir endividamento da companhia, que também se beneficiou da alta do petróleo


Fernando Frazão/Agência Brasil/JC
Agência Estado
Com o consumo de combustíveis subindo, a Petrobras reverteu o prejuízo do segundo trimestre de 2020 e registrou lucro de R$ 42,85 bilhões, no período de abril a junho deste ano. A valorização do petróleo também ajudou a empresa. O barril da commodity do tipo brent, negociado na Europa e usado como referência pela estatal, ultrapassou o patamar de US$ 70. Além disso, a companhia contou com a ajuda da valorização do real frente ao dólar para reduzir o endividamento, já que a maior parte dos seus compromissos é atrelada à moeda americana e a sua receita é pautada pelo real.
Com o consumo de combustíveis subindo, a Petrobras reverteu o prejuízo do segundo trimestre de 2020 e registrou lucro de R$ 42,85 bilhões, no período de abril a junho deste ano. A valorização do petróleo também ajudou a empresa. O barril da commodity do tipo brent, negociado na Europa e usado como referência pela estatal, ultrapassou o patamar de US$ 70. Além disso, a companhia contou com a ajuda da valorização do real frente ao dólar para reduzir o endividamento, já que a maior parte dos seus compromissos é atrelada à moeda americana e a sua receita é pautada pelo real.
O resultado do segundo trimestre, divulgado nesta quarta-feira (4) veio acima do esperado pelo mercado. A projeção era de lucro líquido de R$ 25 bilhões, segundo a média de quatro casas (BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e Credit Suisse) e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
O lucro representou uma alta de 3.572,2% ante o primeiro trimestre deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado ficou em R$ 61,93 bilhões, um avanço de 147,9% ante o segundo trimestre de 2020 e de 26,5% ante o trimestre anterior. Esse resultado superou as expectativas do mercado, de R$ 53 bilhões.
O endividamento líquido caiu para R$ 53,26 bilhões (25,2% menor que em igual período de 2020), enquanto a receita com vendas fechou em R$ 110,71 bilhões, alta de 117,5% frente ao segundo trimestre do ano.
Com esse resultado, a Petrobras deixa para trás o "fantasma" da covid-19. Em igual período do ano passado, a empresa amargou o pior momento da crise, diante de um cenário perverso de queda do petróleo e do consumo interno, simultaneamente. A consequência dessa junção foi o prejuízo de R$ 2,71 bilhões, registrado no segundo trimestre de 2020. Na época, a única venda da petrolífera que se manteve crescendo foi a de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo), por causa da corrida da população para estocar produtos essenciais, principalmente, para a alimentação.
O segundo trimestre deste ano já reflete a flexibilização das medidas de isolamento social e enfrentamento da pandemia. O comércio de óleo diesel, usado em caminhões, subiu ancorado no crescimento do setor agrícola. O volume comercializado cresceu 28,8% comparado a igual período de 2020. E, mesmo em relação ao trimestre anterior, houve um avanço, de 11,4%. As vendas de gasolina também avançaram - 36,9% e 12,7%, considerando a mesma base de comparação.
A Petrobras ainda foi favorecida por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu a parcela de ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins cobrados na venda dos seus produtos. Isso rendeu à empresa uma receita extraordinária de R$ 4,8 bilhões.
No trimestre, a empresa ainda foi beneficiada com a venda da BR Distribuidora e com o pagamento de uma parcela da participação remanescente de 10% da NTS ao fundo de investimento gerido pela Brookfield e pela Itaúsa, atuais controladores da empresa operadora de gasodutos.
"O recebimento de valores referentes a estas transações, juntamente com o adiantamento recebido pelas assinaturas dos polos Peroá, Miranga e Alagoas e dos campos de Papa-Terra e Rabo Branco, resultaram em uma entrada de caixa de US$ 2,8 bilhões até 3 de agosto", informou a empresa.

Conselho aprova antecipação de R$ 31,6 bi em dividendos e JCP

O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quarta-feira (4), o pagamento de duas antecipações da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2021, no valor total de R$ 31,6 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).
 
Segundo a empresa, a distribuição extraordinária considera as perspectivas de resultado e geração de caixa da Petrobras para o ano de 2021, sendo compatível com a sustentabilidade financeira da companhia, "sem comprometer a trajetória de redução de seu endividamento e sua liquidez, em linha com os princípios da Política de Remuneração aos Acionistas", segundo fato relevante.
 
A primeira parcela terá pagamento total de dividendos de R$ 21 bilhões, com valor bruto por ação ON ou PN de R$ 1,609911 e negociadas até dia 16 de agosto de 2021 e a record date para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) de 18 de agosto. As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 17 de agosto. O pagamento será realizado no dia 25. Os detentores de ADRs receberão o pagamento a partir de 1º de setembro.
 
A segunda parcela será paga em forma de juros sobre capital próprio (JCP) com valor total de R$ 10,6 bilhões, correspondente a valor bruto R$ 0,812622 por ação ON ou PN. A data de corte será no dia 1º de dezembro e a record date para os detentores de ADRs será o dia 3 de dezembro de 2021. As ações serão negociadas ex-direitos a partir de 2 de dezembro de 2021.
 
Segundo a Petrobras, os valores antecipados aos acionistas a título de dividendos ou JCP, reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento até o encerramento do exercício, serão descontados dos dividendos mínimos obrigatórios, inclusive para fins de pagamento dos dividendos mínimos prioritários das ações preferenciais.
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