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Comércio Exterior

- Publicada em 29 de Julho de 2021 às 19:13

Almoço da Exportação debate o cenário e as oportunidades do setor no RS

Evento reuniu lideranças e agentes do comércio exterior para compartilhar informações, oportunidades e perspectivas para o setor

Evento reuniu lideranças e agentes do comércio exterior para compartilhar informações, oportunidades e perspectivas para o setor


Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini/JC
O Almoço da Exportação Edição Talks, promovido pelo Conselho do Prêmio Exportação RS, foi realizado nesta quinta-feira (29), via transmissão pelo YouTube, com o objetivo de reunir lideranças e agentes do comércio exterior para compartilhar conteúdo relevante, oportunidades e perspectivas para o setor. O evento, que ocorreu de forma híbrida, faz parte das ações da 49ª edição do Prêmio Exportação RS, programado para setembro deste ano, e reuniu lideranças políticas e agentes do setor.
O Almoço da Exportação Edição Talks, promovido pelo Conselho do Prêmio Exportação RS, foi realizado nesta quinta-feira (29), via transmissão pelo YouTube, com o objetivo de reunir lideranças e agentes do comércio exterior para compartilhar conteúdo relevante, oportunidades e perspectivas para o setor. O evento, que ocorreu de forma híbrida, faz parte das ações da 49ª edição do Prêmio Exportação RS, programado para setembro deste ano, e reuniu lideranças políticas e agentes do setor.
O presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS, Fabrício Forest, enalteceu a realização e as movimentações da entidade para fortalecer a atividade exportadora no Estado. “Ano que vem, o Prêmio Exportação RS completará 50 anos e esta marca já traduz a relevância do mérito, que é um dos principais movimentos do Brasil no setor”, relatou. Já o CEO do Prêmio Exportação RS, Edmilson Milan, complementou: “A ADVB/RS foca na disseminação da cultura do marketing e das vendas. Sob o ponto de vista do comércio exterior, atuamos na criação de conteúdo relevante sobre a temática para capacitação dos empresários”.
Na abertura, o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, destacou a importância do prêmio, que distingue empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus produtos no mercado internacional. “O prêmio faz com que nós alcancemos o mundo”, comentou. “Assim como os que o disputam, ele leva o nosso trabalho e os nossos produtos para todo o planeta”.
Gomes salientou, também, que o Rio Grande do Sul já apresenta uma melhora no seu cenário exportador. Dentre os principais motivos, está o investimento em infraestrutura, com a expansão da pista do Aeroporto Salgado Filho, que permitirá um crescimento das exportações a partir da Capital. Gomes afirmou, no entanto, que, apesar do avanço, o Estado precisa seguir investindo em logística.
A presidente do Badesul, Jeanete Lontra, enfatizou que o Rio Grande do Sul ainda vive o impacto da pandemia, mas que a economia já demonstra uma recuperação, alavancada pelo bom desempenho do agronegócio e da indústria. “A expectativa é que comecemos a recuperar o PIB em 2021”, projetou, destacando que também há desafios pela frente.
Para a dirigente, o Estado precisa desenvolver as diferentes regiões e municípios, com um apoio à economia local e regional e à infraestrutura pública. “Precisamos disso para poder atrair investimentos”, afirmou. Além disso, Jeanete chamou atenção para a necessidade de apoio à inovação, seja junto a startups ou para a produtividade e modernização de setores tradicionais da economia, como o próprio agronegócio e a indústria de transformação. “Sem inovação não há competitividade”, completou.
A presidente do BRDE, Leany Lemos, afirmou que o Brasil ainda é um País que exporta pouco e destacou que há um amplo espaço para crescimento. “Há uma alta demanda global dos nossos produtos, especialmente soja, celulose e carne, e, com investimentos, modernização, aumento de capacidade e redução de gargalos, nós temos a capacidade de fazer frente a ela”, comentou.
O economista do Hub Transforma RS, Igor Morais, destacou que a volta das atividades não será normal e que três fatores serão de extrema relevância: a vacinação, os pacotes de injeção em economias relevantes globalmente e a manutenção da taxa de juros. “A primeira incerteza no horizonte será a inflação. A segunda é o impacto da variante Delta e como os governos irão enfrentá-la. A nossa perspectiva ainda é otimista, mas com estes fatores de risco no plano de fundo”, alertou.

Importância do agronegócio para a economia é ressaltada

No último painel,o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, disse que o Brasil passou a ser o país do agronegócio. “A nossa grande vocação é a terra”, afirmou. Ele enalteceu, também, a capacidade do setor de abastecer a população, sem deixar faltar produtos nos supermercados, e ainda conseguir registrar superávit na balança comercial.
Em seguida, o presidente da Federasul, Anderson Cardoso, ressaltou a importância do agronegócio e das vacinas para a retomada econômica do Estado. Isso porque, segundo ele, o reaquecimento do nível de confiança do mercado está atrelado ao avanço da vacinação, que também puxa o crescimento da capacidade produtiva. Cardoso destacou, ainda, que a exportação teve um crescimento de 30, 5%. “O câmbio e o agronegócio são os principais motivadores deste número”, informou.
No encerramento, o governador Eduardo Leite apontou que as exportações cresceram, assim como o vínculo com países parceiros comerciais. “Os produtos do agro representam mais de 70% das exportações do Estado. O nosso Porto de Rio Grande destina produtos para quase 90 países no mundo. E 30% das exportações gaúchas em 2020 destinaram-se para a China”, pontuou.
Leite ressaltou também a importância dos investimentos em infraestrutura logística, como a duplicação de rodovias e expansão do Aeroporto Salgado Filho, e destacou que cabe ao Estado viabilizar o ganho de competitividade para o comércio exterior. Isso, de acordo com ele, está atrelado aos custos tributário, logístico e burocrático.
Como oportunidades, ele destacou a promoção estrutural para aumento do valor agregado dos produtos exportados, o aumento do marketing share em produtos mais solicitados e o estímulo às empresas gaúchas para investirem na produção variada. “A diversificação da pauta é para não ficarmos reféns de um item para um parceiro comercial. O trabalho do Estado é justamente para formar um ambiente favorável aos negócios”, finalizou.