Passagens aéreas, energia e alimentos, como arroz e carne, colocaram mais combustível no fogo da inflação que não para de subir em Porto Alegre. Os dados do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlo Vargas (FGV), mostram que a Capital teve aceleração de 0,77% na última semana, fechada no dia 22. É a maior alta nas últimas cinco semanas.
Os tíquetes áereos tiveram alta de 26,94%, ainda assim menor do que no período anterior, com variação positiva de 31,35%. O aquecimento de preços tem relação com a retomada de viagens, após a maior flexibilização das regras de distanciamento na pandemia.
O destaque entre os grupos com maior alta de preços ficou com educação, cultura e recreação, habitação e transportes. No primeiro, a alta foi de 2,14%, mesmo assim um pouco menor que a anterior, de 2,31%. Já a variação de preços da habitação passou de0,83% para 1,11%, e nos transportes, de 0,87% para 1,10%. Vestuário chegou teve queda pela semana seguida, com recuo de 0,73% na mais recente. Na anterior, havia reduzido em 0,67%.
A carne bovina também gerou impacto na alimentação. O corte de costela subiu 11,86% em uma semana, depois de já ter registrado alta de 11,26% na semana anterior. O preço do litro do leite longa vida também ajudou a alimentar o custo de vida, com alta de 5,3%, depois de variar 4,96% na semana até 15 de julho.
A energia mantém a pressão, com a aplicação de bandeira vermelha. A conta de luz teve alta de 3,11% na semana recente, depois deavançar 2,31% no ciclo do dia 15. As variações maiores acabam influenciando os grupos, porque o peso dilui na conta final do índice devido á composição de gastos das famílias, com a faixa de renda medida pelo IPC-S, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre).
Entre as sete capitais pesquisadas, Porto Alegre foi uma das quatro que tiveram aceleração.
As outras três capitais com elevação foram Recife, que passou de 1,13% para 1,3%, São Paulo, de 0,88% para 0,93%, e Salvador, de 0,7% para 0,81%, na semana recente. Já Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro tiveram desaceleração. Na última semana, o IPC-S geral ficou em 0,90%.