O dólar opera em queda frente o real na manhã desta sexta-feira (16) alinhado ao ajuste externo ante outras divisas emergentes. Mas o rendimento dos Treasuries virou para cima nos Estados Unidos mais cedo, levando o dólar a registrar máximas, devolvendo boa parte das perdas intradia. Logo depois, no entanto, a divisa renovou mínima no mercado local. Às 9h57min desta sexta, o dólar à vista caía 0,16%, a R$ 5,1025.
O rendimento dos títulos do Tesouro americano ganhou força com ajustes antes de dados dos EUA, incluindo as vendas no varejo e o índice de confiança do consumidor. Os investidores também aguardam novas falas do presidente do Fed da distrital de NY, John Williams, e do presidente do Fed, Jerome Powell, que participa junto com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, de reunião do Conselho de Estabilidade Financeira.
Está no radar ainda a deterioração recente das relações entre as duas maiores economias do planeta. A China ameaçou hoje "responder com firmeza e vigor" às eventuais sanções impostas pelos Estados Unidos ao país por conta da repressão à democracia em Hong Kong. Na quinta, a agência Reuters informou que o governo americano prepara uma série de medidas para fazer frente ao crescente controle chinês sobre o território semiautônomo, que devem ser divulgadas nesta sexta-feira. Washington também deve emitir um alerta a empresas sobre os riscos de se operar na cidade, de acordo com o jornal The Wall Street Journal.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou os EUA de interferências em questões domésticas do país asiático e disse que o governo chinês é "inabalável" na defesa da soberania nacional e de seus interesses.