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Economia

- Publicada em 14 de Julho de 2021 às 17:49

Desafio para o Brasil está no crescimento de produtividade, aponta Mansueto Almeida

Economista salienta necessidade do País investir em educação básica e seguir agenda de reformas

Economista salienta necessidade do País investir em educação básica e seguir agenda de reformas


FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/JC
Para que nos próximos anos a economia brasileira possa apresentar um ritmo de crescimento mais constante, o grande desafio está em promover ganhos de produtividade. “Para isso é preciso investir nas pessoas, ampliando a educação básica e assim termos profissionais mais qualificados, e seguir uma agenda de reformas no Brasil, apontou o economista Mansueto Almeida Júnior. Segundo ele, mesmo com a retomada positiva da atividade econômica que se percebe desde o mês de abril e o aumento de arrecadação, a situação fiscal ainda segue muito grave, com as contas públicas do país apresentando déficit primário recorrente desde 2013.
Para que nos próximos anos a economia brasileira possa apresentar um ritmo de crescimento mais constante, o grande desafio está em promover ganhos de produtividade. “Para isso é preciso investir nas pessoas, ampliando a educação básica e assim termos profissionais mais qualificados, e seguir uma agenda de reformas no Brasil, apontou o economista Mansueto Almeida Júnior. Segundo ele, mesmo com a retomada positiva da atividade econômica que se percebe desde o mês de abril e o aumento de arrecadação, a situação fiscal ainda segue muito grave, com as contas públicas do país apresentando déficit primário recorrente desde 2013.
A análise sobre um cenário que se mostrava de muitas incertezas no primeiro trimestre, diante do agravamento da pandemia de Covid-19, ocorreu durante a primeira edição do BRDE Cenários, na tarde desta quarta-feira (14). Convidado para a edição que abriu o ciclo de palestras do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Mansueto destacou que a segunda onda da doença foi muito mais grave, porém os impactos na economia resultaram menores. “As empresas se adaptaram melhor aos protocolos e aprenderam a trabalhar no on line. Com isso, o mercado já trabalha com um crescimento do PIB no Brasil ao redor de 5,5%. É uma recuperação forte, voltando ao patamar pré-pandemia”, observou.
Mansueto identificou duas situações do cenário mundial que representam impactos positivos para o desempenho da economia do país. “Com as commodities agrícolas e de mineral em alta e o mundo podendo crescer 6%, não tem como o Brasil não se recuperar”, destacou. Mas para que o Brasil não fique apenas no que ele chama de “recuperação cíclica”, o economista advertiu para a necessidade de avançar na agenda de reformas, com destaque para as áreas fiscal e “uma reforma tributária ampla”, além de maiores investimentos na educação básica, na saúde e no estímulo à inovação.
Hoje atuando como economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto reconhece, no entanto, que o país vem conseguindo importantes avanços. “Há cinco anos, se alguém previsse que, após um impeachment, o país conseguiria aprovar mudanças na Previdência e ampliar concessões, mandaria internar. Nesse ano ainda, foi possível aprovar um orçamento sem afastar o teto de gastos”, recordou.
Mansueto comandou a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) até julho do ano passado alerta para a necessidade de conter o tamanho do gasto público, ainda mais para uma economia emergente como a do Brasil. “Temos a maior carga tributária na comparação com os demais países da América Latina porque o nosso gasto público é muito grande”, resumiu. Ele alertou ainda para o quanto a questão de energia e a volta da inflação representam ameaças para a economia.
Para a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos, a palestra de Mansueto reforçou a importância do país se voltar para agendas como maiores investimentos em educação e no crescimento de produtividade. “São diretrizes com as quais o Banco se identifica muito, como no caso de apoio a projetos de inovação em diferentes segmentos”, comentou.
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