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Economia

- Publicada em 06 de Julho de 2021 às 19:31

Poupança tem resultado negativo no semestre

Resultado melhorou em junho devido ao auxílio emergencial

Resultado melhorou em junho devido ao auxílio emergencial


BRUNO KAIKUA/AFP/JC
Apesar de ter registrado captação líquida de R$ 7,09 bilhões em junho, nos seis primeiros meses deste ano a poupança acumula retirada líquida de R$ 16,53 bilhões. Essa é o maior resultado negativo para o primeiro semestre desde 2016, quando os saques tinham superado os depósitos em R$ 42,61 bilhões.
Apesar de ter registrado captação líquida de R$ 7,09 bilhões em junho, nos seis primeiros meses deste ano a poupança acumula retirada líquida de R$ 16,53 bilhões. Essa é o maior resultado negativo para o primeiro semestre desde 2016, quando os saques tinham superado os depósitos em R$ 42,61 bilhões.
Em junho, os depósitos superaram as retiradas devido à nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial e pela alta recente nos juros. Apesar do desempenho positivo, a captação é inferior à registrada um ano atrás, em junho de 2020. Naquele mês, os brasileiros tinham depositado R$ 20,53 bilhões a mais do que tinham retirado da poupança.
O principal responsável pelo resultado positivo na poupança foi o auxílio. A Caixa Econômica Federal depositou o dinheiro em contas poupança digitais, que acumulam rendimentos. Nesta rodada, o benefício paga parcelas de R$ 150, R$ 250 e R$ 375 por mês, dependendo da família do beneficiário.
No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica. Além do depósito do auxílio emergencial nas contas poupança digitais ao longo de oito meses em 2020, a instabilidade no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia de covid-19 atraiu o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.
Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança rendeu apenas 1,6% nos 12 meses terminados em junho, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 8,13%. O IPCA cheio de junho será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A perda de rendimento da poupança está atrelada a dois fatores. O primeiro são os juros baixos. Atualmente a taxa Selic (juros básicos da economia) está em 4,25% ao ano, depois de ficar em 2% ao ano, no menor nível da história, entre agosto de 2020 e março de 2021. O segundo fator foi a alta nos preços dos alimentos e do dólar, que impacta a inflação desde o segundo semestre do ano passado. Mesmo assim, as recentes elevações na Selic estão voltando a atrair o interesse do brasileiro na caderneta.
Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 6,07% pelo IPCA. Com a atual fórmula, a poupança renderia pouco menos de 2,975% este ano, caso a Selic permaneça em 4,25% durante todo o ano. O rendimento pode ser um pouco maior caso o Banco Central aumente a taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária.
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