Atualizada às 13h40min de 06/07/2021 - Depois de mais uma manhã com operação limitada com pousos suspensos, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, retoma a atividade normal no começo da tarde desta terça-feira (6). Foram seis horas de impacto nas aterrissagns.
Forte nevoeiro, comum da região do site aeroportuário no inverno, impediu "parâmetros mínimos de visibilidade da pista para pousos", segundo a concessionária Fraport Brasil.
O problema é agravado, devendo se repetir durante toda a estação, porque o equipamento, chamado de CAT II, que permite aterrissagem mesmo com visibilidade mais restrita, está desligado desde o fim de 2019 para as obras de ampliação da pista. A conclusão da obra, na etapa final de escape das aeronaves e onde ficam os aparelhos de navegação, ainda depende de remoçao das habitações da Vila Nazaré.
Desde às 7h32min, Porto Alegre ficou sem receber voos de outros aeroportos em todo o País. As decolagens, no entanto, não foram impactadas, diz a empresa.
A situação repete o
ocorrido nesta segunda-feira (5), quando o aeroporto chegou a ficar totalmente paralisado, tanto para chegadas quanto para partidas. O fechamento da pista ocorreu ainda de madrugada, pouco depois das 4h, e a situação só foi ser completamente normalizada quase às 11h. A paralisação causou atraso de voos,
grande filas nos guichês e aglomeração no saguão do Salgado Filho - o que não ocorreu nesta segunda, vista que apenas chegadas foram suspensas.
O equipamento antineblina ILS CAT II está desde 2019 desligado, por conta das
obras de ampliação da pista do aeroporto, e só será recolocado quando a expansão estiver concluída. Enquanto isso, o terminal segue operando com a versão ILS CAT 1, em ação coordenada com as companhias aéreas, com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e com a Agência Nacionalde Aviação Civil (Anac). "O CAT I permanece operando normalmente e não registramos impacto significativo nas operações neste período em virtude do CAT II", informa a Fraport.
As obras de ampliação da pista do Salgado Filho estão
paralisadas há cerca de três meses, por conta da necessidade de retirada das famílias que ainda residem na Vila Nazaré. Em meados de junho, a previsão da concessionária era de que o processo seria
concluído neste mês de julho, já que o grupo já tinha local definido para transferência, segundo informou na ocasião a Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária.