Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 01 de Julho de 2021 às 03:00

Dólar tem queda acumulada de 4,82% no mês


/
O ambiente doméstico negativo e o baixo apetite por ativos emergentes, aliados à disputa pela formação da taxa Ptax de junho pela manhã, empurraram o dólar para cima no último pregão do mês. O dólar à vista encerrou o pregão com valorização de 0,63%, a R$ 4,9732 - maior patamar desde o último dia 21. Apesar do estresse dos últimos pregões, a moeda americana fechou junho com queda de 4,82%. Foi a maior baixa desde novembro de 2020 e o terceiro mês consecutivo de desvalorização da divisa americana ante o real.
O ambiente doméstico negativo e o baixo apetite por ativos emergentes, aliados à disputa pela formação da taxa Ptax de junho pela manhã, empurraram o dólar para cima no último pregão do mês. O dólar à vista encerrou o pregão com valorização de 0,63%, a R$ 4,9732 - maior patamar desde o último dia 21. Apesar do estresse dos últimos pregões, a moeda americana fechou junho com queda de 4,82%. Foi a maior baixa desde novembro de 2020 e o terceiro mês consecutivo de desvalorização da divisa americana ante o real.
Segundo analistas, após a forte onda de apreciação em maio e junho, quando praticamente se alinhou ao desempenho das demais moedas emergentes, o real parece sem força para uma nova arrancada no curto prazo, apesar da perspectiva de mais altas da taxa Selic.
Por aqui, pesam nas mesas de operação o aumento do risco político, com as investigações da CPI da Covid sobre suposta propina na compra de vacinas, e os temores de que a crise hídrica prejudique o crescimento econômico. A comissão parlamentar aprovou nesta quarta-feira a convocação do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, que teria interferido a favor da aquisição da vacina indiana Covaxin, cuja proposta de compra acabou sendo cancelada. Na terça à noite, surgiu nova denúncia de suposto esquema de propina para aquisição da vacina da AstraZeneca.
O presidente Jair Bolsonaro reagiu e, em discurso no Mato Grosso do Sul, afirmou que "não vai ser com mentiras ou com CPI integrada por sete bandidos que vão nos tirar daqui". Bolsonaro, contudo, fez um afago ao Congresso ao dizer que os "amigos do Legislativo" têm dado "grande apoio" as propostas apresentadas pelo governo.
O economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia destaca o mau humor do mercado com os ruídos políticos e o "tom populista" da proposta de reforma tributária apresentada pelo governo.
"O mercado só não piorou mais porque acredita que, do jeito que está, a reforma não vai ser aprovada", diz Miraglia, ressaltando que o ambiente político é "desafiador", com as investigações na CPI da Covid podendo estimular o governo a adotar medidas populistas, já de olho nas eleições do ano que vem.
Embora relativamente acomodado após um início de mês expressivo, o Ibovespa emendou em junho o quarto mês de ganho, desta vez limitado a 0,46%. Nesta quarta-feira, fechou em baixa de 0,41%, a 126.801 pontos. Na última sessão do mês, o giro financeiro foi de R$ 32,3 bilhões.
No segundo trimestre, o ganho acumulado pelo Ibovespa ficou em 8,01%, após perda de 2,00% entre janeiro e março. No primeiro semestre de 2021, o avanço é de 6,54%.
Com o Brent negociado a US$ 75 por barril, em viés positivo na sessão, Petrobras ON e PN fecharam o dia respectivamente em alta de 2,06% e 0,86%, com Vale ON ( 0,66%) mostrando avanço moderado nesta quarta-feira, bem negativa mais uma vez para as ações de bancos, ainda pressionadas pelas novidades tributárias, com perdas que variaram no fechamento desta quarta entre 0,93% (BB ON) e 2,29% (Santander). O setor de siderurgia também fechou na maioria em baixa, com destaque para Gerdau PN (-2,15%). Na ponta do Ibovespa, Banco Inter fechou em alta de 5,36%, à frente de PetroRio ( 2,69%) e de Iguatemi ( 2,66%). No lado oposto, B2W cedeu 3,80%, Cogna, 3,56%, e WEG, 2,91%.
Nas últimas sessões, os dados econômicos mostrando melhora da arrecadação federal, bem como das contas do Governo Central, acabaram obscurecidos pelos receios sobre a inflação, agora sob pressão de alta na tarifa de energia. As dificuldades do governo na CPI da Covid, às voltas com sinais de corrupção na compra de vacinas, também passam a ser acompanhadas mais de perto pelo mercado, ainda que tenham feito pouco preço desde o momento da instalação.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO