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Economia

- Publicada em 22 de Junho de 2021 às 16:56

Falta de componentes atrasa produção e gera lista de espera por veículos nas concessionárias

Lino, da Savarauto Jeep, revela vendas aquecidas e mais de 80 clientes no aguardo de modelos 2022

Lino, da Savarauto Jeep, revela vendas aquecidas e mais de 80 clientes no aguardo de modelos 2022


ARION ENGERS/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
A escassez de componentes para fabricação de veículos, principalmente chips e microprocessadores para sistemas eletrônicos, tem afetado o setor automobilístico e paralisado as linhas de produção mundo afora. A crise, ainda longe de ser resolvida, implica na suspensão de atividades de montadoras e na falta de unidades nos pátios das fábricas e concessionárias. Como resultado desse entrave, as vendas nacionais de modelos comerciais leves, em maio, reduziram 10,19%. Diante desse cenário, o Rio Grande do Sul obteve desempenho ainda pior, com queda de 20,73%.
A escassez de componentes para fabricação de veículos, principalmente chips e microprocessadores para sistemas eletrônicos, tem afetado o setor automobilístico e paralisado as linhas de produção mundo afora. A crise, ainda longe de ser resolvida, implica na suspensão de atividades de montadoras e na falta de unidades nos pátios das fábricas e concessionárias. Como resultado desse entrave, as vendas nacionais de modelos comerciais leves, em maio, reduziram 10,19%. Diante desse cenário, o Rio Grande do Sul obteve desempenho ainda pior, com queda de 20,73%.
Segundo dados da Fenabrave/Sincodiv-RS, Fenabrave/Sincodiv-RS, entidade que representa concessionárias e distribuidoras, os emplacamentos de veículos cresceram 2,53% em maio (13.243 unidades), em relação a abril, desempenho inferior ao do mercado brasileiro, que cresceu 10,82% em volume (319.257 unidades). Já a venda de caminhões obteve desempenho acima do esperado no Estado, 22,29%%, melhor desempenho mensal desde dezembro de 2014. A comercialização de ônibus, por sua vez, teve crescimento significativo, de 35,5% em comparação a abril, embora seja o segmento com maior dificuldade para retomar o volume de vendas anterior à pandemia.
“A perspectiva de continuidade na escassez do fornecimento de componentes e insumos para as operações nas linhas de montagem sugerem um segundo semestre com poucas chances de plena recuperação do setor automotivo, pois, devem continuar a existir limitações para a regularização do fluxo de processos nas linhas de produção. Na verdade, a relação entre a indústria e os fornecedores do setor automotivo, atualmente, segue o conceito "aguarde a sua vez”, também adotado no mercado, onde, diante da falta de oferta de veículos, tem sido crescente a aceitação pelos clientes de compra de um veículo novo para entrega futura” afirma Paulo Siqueira, presidente da Fenabrave/Sincodiv-RS.
Dessa forma, as filas de espera pelos modelos desejados têm sido comuns em concessionárias da Capital, como é o caso da Chevrolet Simpala. De acordo com o gerente da matriz, Fabricio Martins Tavares, diante da paralisação da produção da General Motors (GM) em Gravataí (RS) - com contratos suspensos, trabalhadores em lay-off desde abril e previsão de retomada da produção apenas a partir de 16 de agosto-, há uma fila de cerca de 50 clientes em espera pelo modelo Onix, o mais vendido da GM e produzido na fábrica gaúcha.
Líder de vendas em 2020, o Onix passou, em abril de 2021, para a quinta colocação desse ranking, em função da queda de produção. "O mix de produção caiu 90%. Para compensar, a montadora promete linha de 2022 com preço igual ao de 2021 para quem comprar até agosto", comenta Tavares.
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Segundo o gerente, desde abril a concessionária ficou totalmente sem estoques do Onix, o mais procurado também pelos motoristas de aplicativo. Antes da pandemia, a média de vendas chegava a 100 unidades mensais. "É um volume grande que deixamos de comercializar aqui, principalmente porque a produção de Gravataí equivale a 70% das nossas vendas. A falta de componentes prejudica os processos de produção de sistemas multimídia e de sensores de aproximação, por exemplo, não tem como avançar sem isso", completa Tavares, que estima que a produção possa vir a retomar certa normalidade apenas no último trimestre do ano, na melhor das hipóteses.
E na onda crescente da preferência dos motoristas por modelos utilitários-esportivos (SUVs), em detrimento dos carros mais populares, as filas de espera também são realidade nas concessionárias que comercializam carros da marca Jeep, que atingiu em maio o total de 7.361 automóveis emplacados no Brasil, quarta posição entre os mais vendidos na lista da Fenabrave. As vendas da fábrica da Jeep, com sede na cidade de Goiana (PE), se mantiveram em alta entre 2020 e 2021, pelo fato de a montadora ter conseguido driblar com agilidade a falta de componentes e, além disso, reduzido os preços de determinados modelos.
Como conta o gerente geral de vendas da revenda Savarauto Jeep de Porto Alegre, Cléber Lino, atualmente a fábrica registra falta de apenas um tipo de componente para confecção de um modelo específico da marca, o que tende a atrasar a entrega de unidades e pode gerar uma queda pontual nas vendas. Mas, no geral, a concessionária comemora um plus de 25% nos veículos comercializados entre janeiro e junho de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado.
"Poderíamos ter vendido mais se tivéssemos carros à disposição na loja, pois nem todos os clientes querem ou podem esperar. Porém, a nossa média de comercialização tem sido de 200 carros por mês, do modelo mais procurado", revela.
Com unidades a partir de R$ 139,9 mil, a linha Jeep tem conquistado os porto-alegrenses e, atualmente, conta com uma lista espera para os modelos 2022 de mais de 80 clientes na concessionária. A empresária Fabiane Bonotto é uma delas. Já condutora de um Jeep, ela aguarda há 35 dias pela chegada do novo veículo. "Quando fiz a encomenda do carro estava ciente da demora e falta de insumos. A expectativa é grande, mas como sou admiradora da marca, sei que a demora vai ser recompensada", afirma.
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