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Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2021 às 18:52

Selic sobe para 4,25% com elevação de 0,75 ponto aprovada pelo BC

A decisão foi tomada no começo da noite desta quarta-feira (16) pelo Banco Central (BC).

A decisão foi tomada no começo da noite desta quarta-feira (16) pelo Banco Central (BC).


MARCELLO CASAL JR/ebc/jc
A taxa básica de juros do Brasil subiu para 4,25%, com alta de 0,75 ponto percentual, frente ao patamar anterior, de 3,5%. A decisão foi tomada no começo da noite desta quarta-feira (16) pelo Banco Central (BC).
A taxa básica de juros do Brasil subiu para 4,25%, com alta de 0,75 ponto percentual, frente ao patamar anterior, de 3,5%. A decisão foi tomada no começo da noite desta quarta-feira (16) pelo Banco Central (BC).
A elevação já era esperada pelo mercado e pelos agentes econômicos e é uma reação principalmente à alta da inflação, que já supera 8% em 12 meses, pelo IPCA, que é o índice oficial e que baliza a política econômica e monetária.
Com a decisão, a Selic retorna ao patamar verificado em fevereiro de 2020 - antes da pandemia de Covid-19. Com a pandemia, o BC fez um primeiro movimento no sentido de acelerar os cortes da taxa, que se manteve no mínimo histórico de 2% ao ano de agosto do ano passado a março deste ano. Em um segundo movimento, iniciado em março, o BC recomeçou a elevar a Selic, numa tentativa de controlar a inflação.
O aumento do juro básico da economia reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito (entre seis meses e nove meses). A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos.
A decisão de hoje era largamente aguardada pelo mercado financeiro. De um total de 54 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 53 esperavam pelo aumento da Selic em 0,75 ponto, para 4,25% ao ano. Apenas uma casa - a Sicredi Asset - aguardava pela elevação de 1,00 ponto porcentual, com a Selic chegando a 4,50%. Para o fim de 2021, as instituições projetam desde uma Selic em 5% até um aumento dos juros a 7% ao ano.
O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. Neste ano, a meta central é de 3,75%, mas o IPCA pode ficar entre 2,25% a 5,25% sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2022, a meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - ficou em 0,83% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%).
Com os três últimos aumentos da Selic, o Brasil voltou a registrar uma das maiores taxas de juros reais (descontada a inflação) do mundo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em +1,92% ao ano. O País possui o segundo juro real mais alto do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes. Atualmente, o País só registra uma taxa real inferior à da Turquia (+6,44%).
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