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Indústria

- Publicada em 09 de Junho de 2021 às 11:12

Exportações de calçados seguem em recuperação

Expectativa do setor é que vendas externas fechem o ano com alta de 13% sobre 2020

Expectativa do setor é que vendas externas fechem o ano com alta de 13% sobre 2020


José Luis da Conceição/A2 FOTOGRAFIA/FOTOSPUBLICAS/JC
Mesmo diante de uma base comparativa fraca, o setor calçadista está comemorando a recuperação gradual das suas exportações. Entre janeiro e maio, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 49,3 milhões de pares, que geraram US$ 323,57 milhões, altas de 24,7% em volume e de 9,8% em receita no comparativo com igual período do ano passado.
Mesmo diante de uma base comparativa fraca, o setor calçadista está comemorando a recuperação gradual das suas exportações. Entre janeiro e maio, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 49,3 milhões de pares, que geraram US$ 323,57 milhões, altas de 24,7% em volume e de 9,8% em receita no comparativo com igual período do ano passado.
Somente em maio, foram embarcados 8,77 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 65,2 milhões, expressivos incrementos de 223% em volume e de 172,8% em receita no comparativo com maio de 2020. Além disso, foi a terceira alta consecutiva, mesmo em relação aos respectivos meses de 2019.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os embarques seguem em recuperação e que o setor deve fechar 2021 com exportações 13% superiores a 2020. “Nos próximos meses, a base de comparação não será tão fraca como a dos primeiros cinco meses, por isso cresceremos menos”, destaca o dirigente. Segundo ele, diante do avanço da vacinação contra Covid-19 e a normalização do comércio mundial, a expectativa é de recuperação de parte do estrago de 2020, quando os embarques caíram 18,6%. “Mesmo com essa recuperação, não recuperaremos as perdas do ano passado”, acrescenta.
Nos primeiros cinco meses de 2021, o principal destino do calçado brasileiro foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 5,38 milhões de pares por US$ 70,1 milhões, altas de 41,2% em volume e de 21,6% em receita no comparativo com igual ínterim de 2020.
O segundo destino do período foi a Argentina, para onde foram embarcados 4,15 milhões, que geraram US$ 38,48 milhões, incrementos de 44% e 30,6%, respectivamente, ante mesmo intervalo do ano passado.
O Rio Grande do Sul seguiu sendo o principal exportador do setor calçadista no Brasil. Nos primeiros cinco meses, os calçadistas gaúchos embarcaram 11,82 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 136,75 milhões, altas de 27,8% em volume e de 8,3% em receita em relação a 2020.
O segundo exportador de 2021 é o Ceará, de onde partiram 15,7 milhões de pares, que geraram US$ 82 milhões, incrementos de 14,5% e 5,4%, respectivamente, ante os cinco primeiros meses de 2020.

Importações asiáticas crescem mais de 70%

Respondendo por 83% do total importado em calçados no período, as importações de calçados do Vietnã, Indonésia e China aumentaram mais de 70% em maio. No geral, o quinto mês do ano registrou a entrada de 1,88 milhão de pares, pelos quais foram pagos US$ 28 milhões, altas tanto em volume (+58,1%) quanto em receita (+86%) ante o mês correspondente de 2020. Somente do Vietnã, principal origem, foram importados 775 mil pares, pelos quais foram pagos US$ 15,5 milhões, altas tanto em volume (+51,7%) quanto em receita (+79%) ante maio do ano passado. A Indonésia foi a segunda origem de maio, tendo embarcado para o Brasil 249 mil pares por US$ 4,97 milhões, incrementos tanto em pares (+50,8%) quanto em dólares (+91%) ante maio de 2020. A terceira origem do mês foi a China, de onde foram importados 551 mil pares por US$ 2,74 milhões, altas em volume (+33,1%) e receita (+45%) ante o mês cinco do ano passado.
Já no acumulado dos cinco meses, as importações somaram 10,8 milhões de pares por US$ 136 milhões, quedas de 7,1% e de 1,7% ante o mesmo período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (3,88 milhões de pares e US$ 76,42 milhões, quedas de 17,2% e 3% ante 2020), Indonésia (1,27 milhão de pares e US$ 22,85 milhões, quedas de 9% e 0,8%) e China (4,66 milhões e US$ 16,86 milhões, incremento de 1,8% e queda de 6,8%).
Em partes - cabedais, palmilhas, solas, saltos etc - as importações dos cinco meses somaram US$ 10 milhões, 7,2% mais do que no ano passado. As principais origens foram Paraguai, China e Vietnã.