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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2021 às 09:55

Dois terços dos bares e restaurantes gaúchos estão endividados, aponta pesquisa

Principais dívidas são em relação ao Simples Nacional, impostos, aluguel e contas de água, luz e gás

Principais dívidas são em relação ao Simples Nacional, impostos, aluguel e contas de água, luz e gás


FREEPIK/Reprodução/JC
O setor de alimentação fora do lar segue precisando de ajuda para superar a crise. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), dois terços dos estabelecimentos gaúchos estão com pagamentos em atraso. As principais dívidas são em relação ao Simples Nacional, impostos, aluguel e contas como água, luz e gás.
O setor de alimentação fora do lar segue precisando de ajuda para superar a crise. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), dois terços dos estabelecimentos gaúchos estão com pagamentos em atraso. As principais dívidas são em relação ao Simples Nacional, impostos, aluguel e contas como água, luz e gás.
Os dados da entidade apontam que 71% dos bares e restaurantes fecharam o mês de abril no vermelho. No mês anterior, o prejuízo atingia 8 em cada 10 estabelecimentos. A dificuldade para pagar salários em dia também apresenta uma queda, saindo de 77% em março para 37% em abril. No entanto, Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS, alerta que, apesar da melhora, a situação do ramo de gastronomia segue delicada.
“A queda nos índices que eram preocupantes mostra que os prejuízos estão um pouco menores, porém, ainda está bem distante do que é necessário para a retomada econômica”, explica Maria Fernanda. Segundo a dirigente, o endividamento segue alto, pois a pandemia impactou muito o faturamento das empresas. “A recuperação ainda vai demorar um tempo, precisamos que o público volte a frequentar nossos estabelecimentos e que o poder público aplique medidas que nos permitam salvar o setor”, aponta.
Publicadas em abril, as medidas provisórias implementadas pelo governo federal ainda estão com baixa adesão. A MP 1045 que permite a redução de jornada e suspensão de contrato será utilizada por menos da metade dos empresários, de acordo com a pesquisa. A possibilidade de adiar o recolhimento do FGTS dos funcionários por 4 meses dada pela MP 1046 será aproveitada por 58%. “Esses dados demonstram que ainda precisamos de mais ações que contemplem nossas demandas”, ressalta a presidente da entidade.
Como providências para auxiliar os bares e restaurante, a Abrasel reivindica a isenção do ICMS, parcelamento e perdão de dívidas, suspensão de juros e multas e sem cortes de energia e água e crédito com juros baixos e carência de 2 anos.
“Durante o período que não podíamos abrir as portas, nós respeitamos a decisão. Agora contamos com o apoio do poder público para recuperarmos o prejuízo que tivemos e voltar a contribuir para a economia”, destaca Maria Fernanda.
Confira os dados da pesquisa:
Endividamento e faturamento
- 69% dos estabelecimentos têm pagamento em atraso. Destes, 90%, estão em atraso no pagamento do Simples ou outros impostos federais (como IR e INSS). Outros 53% estão com impostos estaduais e municipais atrasados, 40% devem aluguel e 38% têm débitos vencidos de água, luz e gás.
- 71% fecharam o mês de abril no prejuízo. Índice era de 82% em março
- 37% estão com problemas para pagar o salário integralmente. Número era de 77% no mês anterior.
Medidas de auxílio – MP 1045 e MP 1046
- 58% das empresas querem adiar o FGTS de seus funcionários.
- 49% pretendem colocar funcionários em redução de jornada. Outros 21% já ajustaram a equipe e 24% não querem o compromisso de dar estabilidade depois.
- 36% planeja dar redução de jornada aos seus colaboradores.
Pronampe
- 82% dos empreendedores fariam empréstimo via Pronampe se o programa for reaberto.
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