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Economia

- Publicada em 28 de Maio de 2021 às 17:59

Dólar cai a R$ 5,21, menor valor desde janeiro com atividade e alívio fiscal

O dólar futuro para junho, que vence na segunda-feira, cedia 0,38% às 17h35, cotado em R$ 5,2195

O dólar futuro para junho, que vence na segunda-feira, cedia 0,38% às 17h35, cotado em R$ 5,2195


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
O dólar engatou nesta sexta-feira, 28, o terceiro dia seguido de queda, acumulando desvalorização de 2,64% na semana. Uma combinação de dólar mais fraco no exterior e melhora do cenário para a economia brasileira, o que por si já provoca uma redução do rombo fiscal, ao menos no curto prazo, fez a moeda americana sair de perto dos R$ 5,40 na segunda-feira para testar mínimas nesta sexta-feira na casa dos R$ 5,21, encerrando o dia no menor patamar desde 14 de janeiro. Fluxo externo e desmonte de posições contra o real no mercado futuro da B3 também ajudaram, ressaltam profissionais das mesas de câmbio.
O dólar engatou nesta sexta-feira, 28, o terceiro dia seguido de queda, acumulando desvalorização de 2,64% na semana. Uma combinação de dólar mais fraco no exterior e melhora do cenário para a economia brasileira, o que por si já provoca uma redução do rombo fiscal, ao menos no curto prazo, fez a moeda americana sair de perto dos R$ 5,40 na segunda-feira para testar mínimas nesta sexta-feira na casa dos R$ 5,21, encerrando o dia no menor patamar desde 14 de janeiro. Fluxo externo e desmonte de posições contra o real no mercado futuro da B3 também ajudaram, ressaltam profissionais das mesas de câmbio.
O dólar acumula queda de 4,05% em maio. Se confirmada até o pregão de segunda-feira, será a maior desde novembro de 2020.
Nesta sexta, o dólar à vista encerrou em queda de 0,82%, a R$ 5,2121. O dólar futuro para junho, que vence na segunda-feira, cedia 0,38% às 17h35, cotado em R$ 5,2195.
Indicadores mistos nos Estados Unidos, divulgados nesta sexta e nos últimos dias, vêm ajudando a reforçar a visão de que a economia americana ainda precisará de estímulos extraordinários por mais algum tempo. Nesta sexta, o presidente norte-americano, Joe Biden, enviou o orçamento para o ano fiscal de 2022 de US$ 6 trilhões.
A economista-chefe da corretora Stifel, Lindsey Piegza, alerta que, embora com indicadores mistos da atividade, a leitura de inflação americana pelo índice PCE, a medida preferida pelo Federal Reserve, mostra uma inflação anual de 3,6%, acima da meta do banco central americano (2%) e a maior desde 2008. Entre indicadores, os gastos com consumo cresceram 0,5% em abril, enquanto a renda das famílias caiu 13%.
No mercado doméstico, após números melhores que o previsto dos últimos indicadores, cresceu a expectativa pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, na terça-feira, 1º de junho. Os estrategistas do Goldman Sachs que antes esperavam queda para a atividade no período, agora projetam avanço de 0,6% no trimestre. O otimismo também é forte com a divulgação do resultado do setor público pelo Banco Central, com expectativa de superávit de R$ 17 bilhões em abril, ajudado pela forte arrecadação do mês. Nesta semana, o saldo positivo de R$ 16 bilhões do governo central ajudou a valorizar o real.
"Os dados correntes de atividade continuaram motivando revisões do PIB de 2021 para cima, o que juntamente com resultados e projeções fiscais melhores deram fôlego adicional para a moeda brasileira", comenta a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, em uma análise semanal. Além disso, ela ressalta que a balança comercial continuou robusta e investimentos em carteira de estrangeiros voltaram a mostrar recuperação nas últimas semanas.
Análise técnica dos estrategistas do alemão Commerzbank observa que o dólar pode tentar como próximo alvo romper os R$ 5,19, mínima batida no começo do mês. Se conseguir romper este nível, pode buscar os R$ 5,12, nível visto pela última vez em janeiro.
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