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Economia

- Publicada em 14 de Maio de 2021 às 16:05

Mesmo com flexibilizações no RS, empresas têm queda de faturamento e ocupação em abril

De acordo com pesquisa do Sebrae RS, uma em cada cinco empresas ainda estão sem funcionar

De acordo com pesquisa do Sebrae RS, uma em cada cinco empresas ainda estão sem funcionar


Roberto Ribeiro/Divulgação/JC
Apesar da diminuição das restrições a atividades econômicas ao longo de abril, o mês ainda não foi de melhoras no faturamento e no nível de ocupação dos gaúchos. Segundo a 11ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre 29 de março e 25 de abril, houve uma melhora na percepção dos entrevistados em relação à situação de negócios, mas ainda é alta a insatisfação com o atual momento.
Apesar da diminuição das restrições a atividades econômicas ao longo de abril, o mês ainda não foi de melhoras no faturamento e no nível de ocupação dos gaúchos. Segundo a 11ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre 29 de março e 25 de abril, houve uma melhora na percepção dos entrevistados em relação à situação de negócios, mas ainda é alta a insatisfação com o atual momento.
De acordo com o levantamento, 73% dos entrevistados responderam que a situação piorou, percepção que havia sido destacada por 78% dos consultados em março. Para outros 18% não houve alteração nos negócios (16% de março), e 9% apontaram que a situação melhorou, enquanto que em março esse índice chegou a 6%.
A mesma avaliação vale também para a situação da economia do Estado. Em abril, 87% consideraram que a situação piorou (em março eram 89%) e 11% responderam que permanece igual (em março eram 9%). Por outro lado, apenas 2% sinalizaram que o cenário melhorou, enquanto que em março eram 6% com este entendimento, o que aponta para uma percepção negativa do cenário do Estado.
O estudo lembra que março foi marcado pelo início da segunda onda da pandemia no RS e aumento das restrições para funcionamento das empresas. Por conta disso, até o fechamento da pesquisa, em 25 de abril, ainda havia o elevado percentual de 19% das empresas sem operar.
Restrições governamentais (44%), o fato de sua atividade funcionar apenas presencial (16%), decisão de fechar (11%) e a remodelagem do negócio (10%) foram os motivos apontados para o não funcionamento. Das empresas que estavam inoperante no período, 11% adiantaram que deverão fechar definitivamente. Para 38% delas, a razão está na falta de clientes, 26% na falta de capital de giro e 23% por não conseguiram reposicionar o negócio.
“Após um ano de monitoramento dos pequenos negócios, observamos que os empreendedores continuam enfrentando muitas dificuldades. Se, por um lado, há os que reposicionaram seu negócio, especialmente pela incorporação de ferramentas de relacionamento digital com seus clientes, tendo se saído melhor na superação da crise, há os não conseguiram fazer esta transição, e estes foram mais severamente atingidos", destaca o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.
Diante deste cenário, ele ressalta que o Sebrae RS continua atuando no apoio e orientação às empresas que ainda não conseguiram se adaptar à nova realidade do mercado dos pequenos negócios.
A pesquisa revela ainda que as flexibilizações de atividades ainda não refletiram em aumento de faturamento e, inclusive, 68% dos entrevistados registraram redução de caixa (em março de 2021 eram 60%). Para 21%, esse índice se manteve inalterado (em março eram 30%) e 11% responderam que houve aumento (em março eram 10%) de faturamento. Entre os empresários que contabilizaram queda, 42% indicaram que a redução foi superior a 50%.
O nível de ocupação de pessoas também permanece baixo e, em abril, 49% dos empresários responderam que houve diminuição, enquanto que em março eram 45%. Já o percentual dos que informaram que a ocupação se manteve inalterada reduziu de 49% para 43% , e dos que aumentaram a ocupação subiu de de 6% para 8%. Esse comportamento é semelhante ao registrado em agosto de 2020, quando metade das empresas estava reduzindo o número de colaboradores, e a média de ocupação permaneceu em quatro pessoas por empresa.
Diante do agravamento da situação das empresas, a demanda de recursos para capital de giro, que em março era de 36%, voltou a ser prioridade, subindo para 49% em abril. Além disso, a orientação sobre o uso de ferramentas digitais para venda e relacionamento com clientes (44%) e consultoria para gestão financeira (34%), continuam como as principais necessidades apontadas pelos empreendedores.
O indicador de disponibilidade de caixa para operar nos próximos 30 dias também piorou, caindo de 60% dos entrevistados, em março, para 49% em abril. Neste cenário, 46% estavam pessimistas em relação às condições para os negócios nos próximos três meses, 38% se mostraram confiantes na melhora e 16% consideraram que deve permanecer a mesma situação.
A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, que completou um ano, foi realizada de forma online, com 706 clientes atendidos pelo Sebrae RS, e seu nível de confiança é de 95% , com margem de erro de 3%.
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