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Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2021 às 03:00

Copom prevê mais uma elevação de 0,75% na Selic

Inflação de abril registou alta de 0,31%, segundo o IBGE

Inflação de abril registou alta de 0,31%, segundo o IBGE


LUCIANO LANES/PMPA/JC
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçaram nesta terça-feira 11, por meio da ata de seu último encontro, a sinalização de que a taxa básica de juros (Selic) subirá mais 0,75 ponto percentual em junho, para 4,25% ao ano. O aumento daria continuidade à resposta, iniciada em março pelo BC, ao avanço das projeções de inflação, na esteira dos aumentos dos preços dos alimentos e de energia no Brasil.
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçaram nesta terça-feira 11, por meio da ata de seu último encontro, a sinalização de que a taxa básica de juros (Selic) subirá mais 0,75 ponto percentual em junho, para 4,25% ao ano. O aumento daria continuidade à resposta, iniciada em março pelo BC, ao avanço das projeções de inflação, na esteira dos aumentos dos preços dos alimentos e de energia no Brasil.
A intenção do BC é frear a inflação. Por outro lado, a medida é criticada pelo setor produtivo do País, uma vez que sinaliza aos investidores que a aplicação de recursos em papéis pode ser mais vantajosa que os investimentos diretos em negócios.
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,31%, ante um avanço de 0,93% em março. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,37%. Em 12 meses, o resultado chega a de 6,76%.
Na semana passada, o Copom - formado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e pelos oito diretores da autarquia - decidiu elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, de 2,75% para 3,50% ao ano. Foi o segundo aumento da taxa básica este ano.
No documento divulgado nesta terça, no entanto, o BC discutiu a necessidade de promover elevações subsequentes da Selic até o valor considerado "neutro" - ou seja, o nível em que o juro básico, em tese, não estaria mais "estimulativo" para a atividade econômica e, ao mesmo tempo, não seria um fator inflacionário.
Em sua linguagem técnica, o BC pontuou que elevações seguidas da Selic, sem interrupção, até o patamar neutro levariam as projeções de inflação a níveis "consideravelmente" abaixo das metas de inflação. O BC persegue metas de inflação de 3,75% para 2021 e 3,50% para 2022, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Na ata, a instituição informou que suas projeções para o IPCA - o índice oficial de preços - são de 5,1% este ano e 3,4% no próximo ano. O cenário sugere que a inflação ficará acima da meta em 2021 e muito próxima do alvo em 2022.
O que os dirigentes do BC discutiram é até que ponto buscar o "patamar neutro" não faria com que a inflação em 2022 fique "consideravelmente" abaixo da meta. Se por um lado o BC não quer a inflação acima da meta, por outro também não vê necessidade de forçar um índice muito abaixo, justamente quando a economia do País luta para se recuperar.
"O BC está dizendo que vê no cenário que não tem que chegar no patamar neutro, mas em um nível próximo de 5,5%. Mas faz altas de 0,75 ponto da Selic porque está preocupado com o balanço de riscos assimétrico, que tem empurrado as expectativas (de inflação) do ano que vem para cima da meta", avalia o diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall.
Ao considerar o cenário, no entanto, Kawall mantém a projeção de que a Selic chegará aos 6,50% ao ano no fim de 2021.
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