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Economia

- Publicada em 11 de Maio de 2021 às 10:11

Em queda no exterior, dólar alterna altas e baixas ante real após ata e IPCA

Dólar comercial subia 0,91% aos R$ 5,27

Dólar comercial subia 0,91% aos R$ 5,27


FREEPIK/Reprodução/JC
Agência Estado
Numa manhã de queda ante a maioria das pares emergentes, ata do Copom e IPCA, o dólar é negociado sem direção clara neste início de sessão desta terça-feira (11). A moeda abriu em leve alta e, desde então, oscila ora com variação negativa, ora positiva. Os juros futuros exibem uma discreta inclinação da curva, como esperava o economista-chefe da Greenbay, Flávio Serrano.
Numa manhã de queda ante a maioria das pares emergentes, ata do Copom e IPCA, o dólar é negociado sem direção clara neste início de sessão desta terça-feira (11). A moeda abriu em leve alta e, desde então, oscila ora com variação negativa, ora positiva. Os juros futuros exibem uma discreta inclinação da curva, como esperava o economista-chefe da Greenbay, Flávio Serrano.
O IPCA fechou abril com alta de 0,31%, ante um avanço de 0,93% em março, informou o IBGE. O dado veio acima da mediana (0,29%) mas dentro das projeções. Já a ata veio com um tom "dovish" ao sugerir que a Selic será elevada até 5,5%, na avaliação de Serrano e também de Carlos Kawall, da Asa Investments. A projeção contradiz a estimativa de muitas casas da análise que, por conta de fatores como a inflação doméstica ou mesmo a atividade menos fraca do que esperado em março, elevaram acima dos 6% a projeção da Selic no fim deste ano.
Na avaliação de Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest, a ata tem impacto neutro sobre o câmbio neste início de sessão. "A ata veio neutra por ter reforçado o comunicado da semana passada e a perspectiva de uma nova alta de 0,75 ponto porcentual da Selic, o que já está no preço", disse. "Para os próximos meses, o Copom deixa claro que a decisão de política monetária vai depender das condições macroeconômicas, sobretudo inflação, dados fiscais e possíveis impactos que a expansão fiscal pode ter para a inflação", afirmou Quartaroli.
Do exterior, a influência continua sendo de queda da moeda americana, ainda que pesem efeitos da alta dos rendimentos dos Treasuries sobre ativos de risco, a qual está baseada na evolução da inflação no mundo. Na relação do dólar com algumas moedas fortes, passou a preponderar, desde as 8h, um movimento de depreciação da moeda americana ante o euro por conta de um indicador da região. O instituto ZEW, da Alemanha, informou que o índice de expectativas econômicas no país subiu de 70,7 pontos em abril para 84,4 em maio, atingindo o maior nível em 20 anos.
Às 10h15min desta terça, o dólar comercial subia 0,91% aos R$ 5,2762. Na mínima, foi aos R$ 5,2192 (-0,24%). Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro oficializou mudanças no Ministério da Economia e nomeou o economista Bruno Funchal secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, exonerando do cargo Waldery Rodrigues.
Da agenda local, os investidores também ficarão atentos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa de audiência pública sobre a reforma administrativa na CCJ da Câmara (10h) e à continuidade da CPI da Covid. Além disso, o orçamento secreto de R$ 3 bilhões do presidente Jair Bolsonaro segue na mesa dos analistas. O escândalo não apenas será alvo do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU) como parlamentares já articulam a "CPI do Tratoraço". Ontem, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) iniciou a coleta de 171 assinaturas para poder entrar com pedido.
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