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Economia

- Publicada em 29 de Abril de 2021 às 12:58

Cadeia produtiva da moda tinha 7,1% do total de empregos formais do RS em 2018

Atividades ligadas ao setor tiveram queda desde 2006, mas ainda ocupam papel de destaque 

Atividades ligadas ao setor tiveram queda desde 2006, mas ainda ocupam papel de destaque 


GABRIELLA DI BELLA/Arquivo/JC
Uma cadeia produtiva que está na raiz da industrialização do Estado e engloba um universo de 32,5 mil empresas responsáveis pela geração de 238 mil postos de trabalho, a indústria da moda segue em papel de destaque na economia do Rio Grande do Sul. Um estudo inédito do setor, elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), mostra que o segmento da chamada economia criativa representava, em 2018, 7,1% do total de postos de trabalho formais e 7,3% das unidades produtivas do RS, além de ser a área de trabalho de mais de 83 mil profissionais que atuam como microempreendedores individuais (MEIs).
Uma cadeia produtiva que está na raiz da industrialização do Estado e engloba um universo de 32,5 mil empresas responsáveis pela geração de 238 mil postos de trabalho, a indústria da moda segue em papel de destaque na economia do Rio Grande do Sul. Um estudo inédito do setor, elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), mostra que o segmento da chamada economia criativa representava, em 2018, 7,1% do total de postos de trabalho formais e 7,3% das unidades produtivas do RS, além de ser a área de trabalho de mais de 83 mil profissionais que atuam como microempreendedores individuais (MEIs).
A divulgação nesta quinta-feira (29) da pesquisa "A cadeia produtiva da moda no RS: trajetória e tendências", elaborada pelo pesquisador Tarson Nuñez, do Departamento de Economia e Estatística (DEE/SPGG), dá sequência aos trabalhos desenvolvidos em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) para subsidiar o RS Criativo, programa da Sedac criado para fortalecer a economia criativa do Estado. 
No documento, Nuñez utilizou como referência os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do período entre 2006 e 2018, sobre o mercado da cadeia têxtil-vestuário, que inclui as atividades de fiação e tecelagem, de confecções, do setor coureiro-calçadista e do comércio. "A opção por abordar a cadeia têxtil-vestuário tem a ver com o fato de que ela ocupa um lugar importante na economia gaúcha, além de ser uma atividade intensiva em mão de obra, muito geradora de empregos, constituída por um grande número de pequenas e médias empresas com ampla capilaridade no território", explica Nuñez.
Apesar de ocupar um espaço importante na economia gaúcha, a cadeia produtiva têxtil-vestuário tem perdido terreno, seguindo uma tendência de queda no Rio Grande do Sul e no Brasil nos últimos anos. Entre 2006 e 2018, os dados do IBGE mostram uma redução de 29,2% no número de empresas do setor no Estado, contra 13,7% no registrado no País. Quando se fala no número de postos de trabalho formais, a cadeia perdeu 47,4 mil vagas no RS no período (16,6%), enquanto no Brasil o percentual cresceu 1,3%.
Com o movimento de queda, a cadeia produtiva também viu a redução de seu peso na economia do Estado. Em 2006, as empresas do setor representavam 10,4% do total e 9,8% dos postos de trabalho formais, caindo para 7,3% e 7,1% em 2018, respectivamente. Entre as atividades da cadeia produtiva, o setor de couro e calçados é o que enfrenta situação mais crítica, com a maior redução no número de empresas no RS (41,8%), percentual de queda próximo ao que o setor teve nos postos de trabalho formais, com menos 106,66 mil vagas (35,6%).
Perspectivas e tendências
Visto o cenário desafiador que a cadeia produtiva da moda do RS enfrenta no contexto atual, o estudo do DEE/SPGG sinaliza para a adoção de estratégias que passem por um conhecimento mais profundo das tendências do setor em escala global, trilhando um caminho para reversão do movimento negativo. Segundo o pesquisador, a perspectiva de queda pode ser alterada se compreendermos as dinâmicas do mercado mundial.
“Desde o início dos anos 2000 há uma demanda crescente dos consumidores em relação aos processos produtivos. As preocupações em relação aos direitos dos trabalhadores e a sustentabilidade ambiental dos processos produtivos são um elemento decisivo para a conquista dos mercados.”
Elas se expressam em movimentos como o Fashion Revolution, que defende o consumo consciente e busca uma relação diferente entre a indústria da moda, os territórios e as pessoas envolvidas nos processos produtivos e de consumo. A pesquisa aponta um potencial de crescimento para a cadeia da moda no Estado por meio da incorporação desse novo paradigma.
"As atividades ligadas à cadeia produtiva da moda têm uma presença histórica no Rio Grande do Sul e, apesar do declínio na última década, o seu potencial de crescimento pode ser retomado. Os desafios do século 21 demandam que estratégias sejam substituídas ou complementadas por uma nova visão, por isso é importante compreender as novas tendências dos mercados e as novas demandas dos consumidores", conclui Nuñez.
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