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- Publicada em 18h41min, 24/04/2021. Atualizada em 12h53min, 26/04/2021.

Novos hor�rios de abertura agradam bares e restaurantes

Desde s�bado, o setor pode atender at� mais tarde, inclusive aos finais de semana e feriados

Desde s�bado, o setor pode atender at� mais tarde, inclusive aos finais de semana e feriados


MARIANA ALVES/JC
Osni Machado
Entidades ligadas ao segmento de bares e restaurantes estão otimistas com a flexibilização dos horários de operação dos estabelecimentos no Rio Grande do Sul desde este sábado (24). Decreto publicado na quinta-feira (22) pelo governo do Estado autoriza bares, restaurantes, lancherias, cafeterias e similares a receberem clientes até às 22h e a encerrarem as atividades para o público externo às 23h, também nos fins de semana e feriados.
Entidades ligadas ao segmento de bares e restaurantes estão otimistas com a flexibilização dos horários de operação dos estabelecimentos no Rio Grande do Sul desde este sábado (24). Decreto publicado na quinta-feira (22) pelo governo do Estado autoriza bares, restaurantes, lancherias, cafeterias e similares a receberem clientes até às 22h e a encerrarem as atividades para o público externo às 23h, também nos fins de semana e feriados.
De acordo com o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, a iniciativa é muito positiva para o setor. O dirigente espera que as medidas se mantenham e garantam o funcionamento dos estabelecimentos associados ao sindicato. Chmelnitsky salienta que ações como as práticas de delivery não são suficientes e que os restaurantes têm de estar com as suas portas abertas, e argumenta que o setor trabalha com responsabilidade e mantém os protocolos sanitários.
Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS), as novas medidas governamentais são vistas como positivas. A presidente da Abrasel-RS, Maria Fernanda Tartoni, diz que entidade já vinha pleiteando essa liberação de funcionamento. "A flexibilização começou parcialmente e batalhamos bastante para que incluísse sábado e domingo nesse momento. Afinal, estamos com capacidade reduzida de atendimento ao cliente, então precisamos do máximo de horários possíveis para manter a saúde financeira dos bares e restaurantes", salienta.
Maria Fernanda fala que é importante para o setor poder abrir no sábado e no domingo à noite, dias em que as pessoas estão mais disponíveis para sair e ir a um restaurante. O segmento ainda sofre muito com a pandemia e vem há mais de um ano tendo prejuízos. "É um setor que está bastante endividado e precisa da conscientização de todos, porque é o momento em que não se pode aglomerar para diminuir a taxa de transmissão do vírus e reduzir as ocupações de leitos hospitalares", acrescenta.
A presidente da Abrasel-RS destaca que o setor não aguenta mais um "baque" e que muitos já fecharam as portas. "Estima-se que 40% dos estabelecimentos fecharam as portas ou reduziram o número de operações no período da pandemia. Algumas pessoas tinham três a quatro lojas e hoje estão só com uma. Outras migraram definitivamente para tele-entrega", relata.
Para Rafael Sittoni Goelzer, vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), as ações do governo do Estado são bastante assertivas. "Sabemos que muitos restaurantes têm seus faturamentos vinculados ao período noturno e finais de semana, como, por exemplo, a gastronomia turística", cita.
Goelzer lembra que, de acordo com dados do Sebrae, há hoje cerca de 70 mil empresas vinculadas ao setor de gastronomia no Rio Grande do Sul e uma ocupação de mão de obra de aproximadamente 700 mil pessoas trabalhando diretamente neste segmento. E, segundo ele, é necessário dar a esses negócios a capacidade de geração de receitas para que eles possam cobrir os seus custos e manter a atividade.
Segundo Goelzer, o faturamento de restaurantes no período da noite e nos finais de semana, ou seja, dentro das normas de flexibilização, é de aproximadamente 40% como um todo. Ele diz que essa medida gera um impacto econômico gigantesco para esse segmento.
Para Paulo Geremia, proprietário da rede de restaurantes Di Paolo, as novas medidas vem atender as demandas do setor e representam quase uma situação de normalização das atividades em relação aos horários. "Isto nos dá uma garantia de manter empregos e os clientes atendidos, e também para poder pagar os empréstimos feitos no início da pandemia, além da folha de pagamento e (garantia) do recolhimento de impostos", diz.
Geremia destaca que a restrição de horários, que vinha sendo aplicada, retirava um faturamento importante de restaurantes. Agora, segundo ele, a medida também vai beneficiar as regiões turísticas. De acordo com o empresário, em alguns casos, turistas ficavam sem opções de alimentação nas regiões visitadas.
O empresário também é o diretor de Relações Institucionais Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (Segh). A entidade atende 20 municípios e representa mais de três mil empresas da gastronomia, bares e hotelaria. O setor gera aproximadamente 16 mil empregos na região e impacta no sustento de mais de 59 mil pessoas. A estimativa de fechamento de estabelecimentos associados, no período de março de 2020 a março de 2021, foi de aproximadamente 20%. Já as demissões no período são de cerca de 25%.
Nos primeiros três meses de 2021, o Segh estima que 5% dos restaurantes fecharam as suas portas e os desligamentos de funcionários neste mesmo período supera 10%. "Estes números devem mudar, pois muitos empresários não têm recurso para demitir ou para fechar a empresa", diz Geremia.
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