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Indústria

- Publicada em 23 de Abril de 2021 às 03:00

Abinee reporta dificuldades no setor eletroeletrônico

Falta de peças é o maior entrave para a produção de equipamentos

Falta de peças é o maior entrave para a produção de equipamentos


/LUIZA PRADO/JC
Apesar de alguns sinais de melhora no abastecimento das fábricas, a indústria de eletroeletrônicos continua enfrentando dificuldade na compra de materiais para a fabricação de produtos como celulares, notebooks e TVs. Ao mesmo tempo, crescem os registros de atrasos de produção por falta de componentes eletrônicos.
Apesar de alguns sinais de melhora no abastecimento das fábricas, a indústria de eletroeletrônicos continua enfrentando dificuldade na compra de materiais para a fabricação de produtos como celulares, notebooks e TVs. Ao mesmo tempo, crescem os registros de atrasos de produção por falta de componentes eletrônicos.
Sondagem feita no mês passado pela Abinee, entidade que representa o setor, mostra que o porcentual de empresas com estoques de peças e matérias-primas abaixo do normal caiu de 31%, marca registrada no levantamento de fevereiro, para 23%.
Do total de empresas, 66% ainda relatam dificuldades na aquisição de insumos, um número alto, porém inferior aos 73% da sondagem anterior. Papelão, necessário para as embalagens dos produtos, materiais plásticos e componentes eletrônicos importados da Ásia são os itens em que os fabricantes de eletroeletrônicos encontram maior dificuldade de abastecimento.
Houve redução, de 10% para 5%, no número de fábricas obrigadas a paralisar parte da produção por falta de componentes eletrônicos. Por outro lado, a insuficiência desse item, decorrente da escassez global de chips, está causando atrasos de produção em mais empresas.
Segundo a sondagem, 42% estão com produção e entregas atrasadas por falta de componentes eletrônicos no mercado. No mês anterior, tais atrasos aconteciam em 35% dos associados da Abinee.A saída para contornar a falta de componentes eletrônicos tem sido procurar fornecedores alternativos no Brasil e no exterior, mesmo a maior custo, além de compras emergenciais em distribuidores independentes, antecipação de pedidos a fornecedores, uso de frete aéreo para encurtar prazos de entrega e, até mesmo, a produção própria dos componentes.
Mesmo assim, as empresas relatam grande dificuldade de encontrar o material, já que há alta dependência dos fornecedores de componentes eletrônicos internacionais, sobretudo da Ásia.

Confiança da indústria gaúcha volta a crescer, informa a Fiergs

Influenciado especialmente pela melhora nas expectativas para os próximos meses, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), voltou a subir em abril. Registrou 58 pontos, 3,9 acima de março, quando caiu 8,7. Essa alta recupera parte da queda anterior e mantém o ICEI-RS acima da linha divisória dos 50 pontos, o que denota confiança. "Mesmo sob o impacto econômico das medidas de distanciamento social e das restrições das atividades provocadas pela intensificação da pandemia, assim como da falta e do aumento dos preços de insumos e matérias-primas, há otimismo entre os empresários gaúchos. A recuperação parcial da confiança se deve pela expectativa de avanço da vacinação e da possibilidade de reabertura das atividades", explica o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.
Todos os componentes cresceram na passagem de março para abril. O Índice de Condições Atuais subiu de 50 para 51,3, atestando uma percepção mais positiva entre os empresários. A melhora, porém, é sustentada apenas pelo Índice de Condições da Empresa, que passou de 53,1 para 54,7 pontos. O outro subcomponente, o Índice de Condições da Economia Brasileira, abaixo dos 50 pontos, continuou a mostrar piora, apesar de crescer de 43,7 para 44,4 pontos. Em abril, 37,3% dos empresários percebem piora na economia brasileira, quase o dobro do percentual que vê melhora (19,7%). Para os demais, as condições não se alteraram.
Com relação aos próximos seis meses, os empresários recuperaram, em abril, parte do otimismo perdido no mês anterior. O Índice de Expectativas atingiu 61,3 pontos, 5,1 acima de março, quando caiu 8,9. Os dois subcomponentes cresceram cinco pontos entre março e abril. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira passou de 50,3 para 55,3, e o Índice de Expectativas da Empresa, de 59,2 para 64,2. Em abril, 39,4% dos empresários estão otimistas com relação à economia brasileira, enquanto o percentual de pessimistas é de 16,1%.