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Economia

- Publicada em 21 de Abril de 2021 às 22:29

Intervenções no 4º Distrito de Porto Alegre serão anunciadas ainda neste ano

Vice-prefeito garantiu que planos 'não são da boca para fora' para a região de Porto Alegre

Vice-prefeito garantiu que planos 'não são da boca para fora' para a região de Porto Alegre


Mateus Raugust/PMPA/divulgação/jc
Vinicius Appel
A prefeitura de Porto Alegre prepara melhorias para a região do 4º Distrito, que poderão ser iniciadas ainda este ano. A informação foi dada pelo vice-prefeito da capital, Ricardo Gomes (DEM), que confirmou o anúncio do programa de revitalização para o segundo semestre. Nesta entrevista, Gomes também relata algumas melhorias planejadas para a avenida Farrapos, fala sobre desburocratização no desenvolvimento econômico da capital, comenta sobre a reunião entre a prefeitura e representantes da multinacional chinesa Huawei e dá detalhes da mudança da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) para o 4º Distrito. Atualmente, a secretaria gasta mais de R$ 153 mil em aluguel e condomínio e a expectativa é que a mudança reduza os custos da prefeitura e seja finalizada até o início de junho.
A prefeitura de Porto Alegre prepara melhorias para a região do 4º Distrito, que poderão ser iniciadas ainda este ano. A informação foi dada pelo vice-prefeito da capital, Ricardo Gomes (DEM), que confirmou o anúncio do programa de revitalização para o segundo semestre. Nesta entrevista, Gomes também relata algumas melhorias planejadas para a avenida Farrapos, fala sobre desburocratização no desenvolvimento econômico da capital, comenta sobre a reunião entre a prefeitura e representantes da multinacional chinesa Huawei e dá detalhes da mudança da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) para o 4º Distrito. Atualmente, a secretaria gasta mais de R$ 153 mil em aluguel e condomínio e a expectativa é que a mudança reduza os custos da prefeitura e seja finalizada até o início de junho.
Jornal do Comércio - A população pode esperar alguma medida prática para o 4º Distrito ainda neste ano?
Ricardo Gomes - Pode. A gente ainda não está pronto para anunciar, mas estamos trabalhando muito nas primeiras medidas concretas para a região. Já tem muita coisa acontecendo, liderada pela iniciativa privada. Há algumas ações lideradas pela prefeitura naquela direção, mas com certeza nós vamos, no segundo semestre, anunciar um programa completo de revitalização do 4º Distrito.
JC - A prefeitura está disputando com outras cidades brasileiras um recurso da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) para qualificar a avenida Farrapos. Como revitalizar esta via e qual a importância para Porto Alegre?
Gomes - A gente sabe que a Farrapos basicamente dividiu a região em duas partes que estão muito distintas uma da outra. A parte, digamos, de cima da Farrapos, mais distante do rio, onde o 4º Distrito quase encosta no Moinhos de Vento, é uma parte ativa da cidade, que se modernizou e que tem imóveis valorizados. E da Farrapos para baixo, a gente tem a parte mais degradada do 4º Distrito. A nossa leitura é que parte desta degradação se deve também ao fato de os corredores de ônibus da Farrapos terem, praticamente, bloqueado a permeabilidade da cidade para aquela parte do 4º Distrito. Então revitalizar a Farrapos é deixá-la, também, mais bonita, mais iluminada, mais limpa, mas mais permeável para o trânsito e os pedestres poderem atravessar a avenida e acessar o 4º Distrito. Ela tem que ser mais caminhável e mais permeável para integrar o 4º Distrito ao resto da cidade. Isso a gente sabe que requer obra, obviamente, mas requer também embelezamento e limpeza, que são elementos que devem fazer parte do dia a dia do urbanismo.
JC - Muito se fala sobre a ida de empresas para o 4º Distrito. A região também poderá ter vocação para habitação?
Gomes - Com certeza! A gente acredita que o bom projeto urbano é aquele em que a habitação está perto do trabalho, do comercial. Tem, obviamente, um pedaço da cidade, uma parte das pessoas, que vai trabalhar em home office, uma realidade que veio para ficar, mas muito melhor para a mobilidade urbana quando as pessoas moram perto do trabalho, precisam se deslocar menos, podem ir caminhando. Então a ideia de 4º Distrito que nós temos é uma ideia de uso misto, onde pode comercial estar perto dos imóveis residenciais.
JC - Como será esta mudança da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) para o Instituto Caldeira, no 4º Distrito? Haverá algum custo ao município com o aluguel do espaço?
Gomes - Na verdade nós estamos reduzindo o gasto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Hoje ela paga um aluguel mais elevado para estar no Centro do que vai pagar para estar dentro do Instituto Caldeira. Isto representa, ao mesmo tempo, uma economia para a prefeitura e a realização de um sinal e de um ato simbólico em direção ao 4º Distrito, mas também uma mudança de mentalidade para a secretaria, que vai estar perto do empreendedorismo, perto do ambiente inovador da cidade. A gente tem uma expectativa muito grande de que essa transformação ajude Porto Alegre. Quando assinarmos o contrato, que está em fase de aprovação e ainda estão sendo definidos alguns detalhes, nós vamos publicar o valor final do contrato novo.
JC - Além da economia e da proximidade com um ambiente mais inovador, há algum outro motivo para esta mudança?
Gomes - Os principais motivos da mudança são dois. O primeiro é a prefeitura apontar para o 4º Distrito e dar um sinal claro para a sociedade de que está envolvida e de que o processo de transformação do 4º Distrito não é um plano da boca para fora. A gente tem que estar pronto para ir na frente, liderar o processo, e a prefeitura está fazendo este gesto, de estar presente lá. Então este é o principal sinal. O segundo é esta transformação na dinâmica da própria prefeitura, de a gente estar perto, estar observando o setor privado, estar escutando o setor privado, estar dentro de um ambiente inovador e que isso também contamine, de certa maneira, a forma do poder público enxergar a cidade, de fazer os seus projetos. Então é um ganha-ganha. A gente leva para o 4º Distrito um sinal de que o poder público está disposto a investir lá, mas a gente também recebe do 4º Distrito uma energia criativa diferente.
JC - No início do governo, quando acumulava os cargos de vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, o senhor falou sobre agilizar processos e desburocratizar licenciamentos. Como está este ponto?
Gomes - Na segunda-feira da semana que vem, nós vamos assinar a regulamentação da Lei da Liberdade Econômica. A assinatura será feita no Palácio do Comércio, também como um gesto simbólico. Com isto, a gente libera de qualquer necessidade de alvará todos os negócios de baixo e médio risco de Porto Alegre. Esses negócios de baixo risco são definidos em uma normativa federal da Redesim e eles deixam de precisar de qualquer tipo de licença para operar em Porto Alegre. Isso libera a prefeitura para analisar os projetos de alto impacto e faz com que a gente possa acelerar estes procedimentos. Tem outras coisas como, por exemplo, dar um limite de prazo para a prefeitura analisar os pedidos de licenciamento e, se o prazo é excedido, a licença é concedida automaticamente.
JC - Como foi o encontro entre a prefeitura e os representantes da multinacional chinesa de tecnologia Huawei? A empresa pretende investir na capital?
Gomes - Foi uma conversa diplomática e muito preliminar. A gente sabe que muitas empresas de tecnologia querem investir aqui. Porto Alegre tem um parque de inovação muito destacado, tem um pessoal qualificado, é uma das cidades expoentes de inovação no Brasil, mas não houve nenhum anúncio de investimento ou qualquer coisa nesta direção. Foi uma visita mais de cortesia e escutamos as previsões que eles têm para o 5G no Brasil.
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