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Varejo

- Publicada em 18 de Abril de 2021 às 21:33

Com a pandemia, Pop Center tem mais de 100 lojas fechadas

Pré-Covid-19, até 70 mil pessoas por dia visitavam local; hoje, não chega a 10 mil clientes

Pré-Covid-19, até 70 mil pessoas por dia visitavam local; hoje, não chega a 10 mil clientes


/MARIANA ALVES/JC
Com capacidade para 800 lojas, o Centro Popular de Compras - Pop Center de Porto Alegre possui 661 estabelecimentos em pleno funcionamento atualmente. De acordo com a administração do local, desde março do ano passado, 107 lojas fecharam - somadas às 23 que já haviam encerrado suas atividades antes da pandemia, totalizam 130 espaços vazios.
Com capacidade para 800 lojas, o Centro Popular de Compras - Pop Center de Porto Alegre possui 661 estabelecimentos em pleno funcionamento atualmente. De acordo com a administração do local, desde março do ano passado, 107 lojas fecharam - somadas às 23 que já haviam encerrado suas atividades antes da pandemia, totalizam 130 espaços vazios.
O número pode ser ainda maior já que alguns pontos estão fechados sem que o motivo fosse informado à administração. Existe a possibilidade que os proprietários tenham adoecido e que voltem ao trabalho, mas, caso o abandono das lojas seja confirmado, serão, ao total, 139 lojas sem operação no centro de compras.
A diretora institucional do Pop Center, Elaine Deboni, explica que os lojistas mais velhos estão tendo maior dificuldade em manter seus negócios, por não conseguirem se adaptar às vendas pela internet. Em razão disso, a gestora pretende disponibilizar cursos e treinamentos para que eles possam se atualizar frente às necessidades. "O formato de loja 100% física é uma incerteza para o futuro", comenta.
A queda no movimento de clientes também pode ter influenciado no fim de muitas operações. Segundo Elaine, até 2016, o Pop Center registrava entre 50 mil e 70 mil pessoas por dia, mas, ao longo dos últimos cinco anos, este número foi reduzindo. Nos meses que antecederam a pandemia, era comum que o local recebesse, no mínimo, 30 mil clientes ao dia durante a semana. Aos sábados, transitavam pelos corredores entre 60 mil e 70 mil pessoas.
Atualmente funcionando de segunda a sábado, das 9h até às 19h, o centro de compras registra um cenário completamente diferente. Apesar de não haver um cálculo de quantos clientes frequentam o local durante a semana, é possível identificar, de acordo com a diretora, que sábado passou a ser o dia com menos movimento. Durante a semana, ela estima que não chegue a 10 mil clientes por dia.
Para Elaine, o fluxo de clientes é insuficiente para as necessidades que o empreendimento precisa. Conforme a administração do local, 4 mil pessoas trabalham no Pop Center e o número de lojas fechadas poderia ser maior, não fosse a persistência dos lojistas. "Estou com guerreiros lá dentro", afirma a diretora, referindo-se aos empreendedores.

Se crise persistir, administração teme o encerramento de mais lojas

Elaine Deboni pede que os consumidores retornem ao local

Elaine Deboni pede que os consumidores retornem ao local


JOYCE ROCHA/JC
Na visão de quem administra o local, a queda no número de clientes pode representar ameaça para as lojas e para o empreendimento, que tem alto custo de manutenção.
É o que explica a diretora institucional, Elaine Deboni, ao comentar que a falta de clientes pode resultar no encerramento de mais negócios, aumentando os custos. "Eu preciso que as pessoas voltem", pede.
Com a chegada da Covid-19, no ano passado, o Pop Center passou por higienização e desinfecção em todas as áreas. A administradora relembra que o clima era diferente e que incentivou muito os lojistas a continuarem com seus negócios.
Agora, após novo período de fechamento em razão das restrições impostas por conta da nova onda de contaminações, Elaine afirma não ter muito o que dizer aos comerciantes e lamenta: "foi como um tiro no peito, muito difícil". Apesar da situação delicada, a diretora não considera as 130 lojas fechadas um número expressivo para dizer que a situação do empreendimento está horrível, mas lamenta ter visto muitos lojistas encerrando as atividades.
Elaine explica que a prefeitura da Capital possui um compromisso de manter o Pop Center com as lojas 100% ocupadas, o que deve ocorrer quando novos empreendedores ocuparem os espaços que hoje estão vazios no centro comercial.

Edital deve oferecer parte dos espaços vazios

Valores dos espaços devem ser pagos semanalmente

Valores dos espaços devem ser pagos semanalmente


MARIANA ALVES/JC
De acordo com a diretora institucional do Pop Center, Elaine Deboni, um edital está sendo preparado para disponibilizar, pelo menos, 120 vagas para quem deseja abrir uma loja no shopping popular. A publicação deve ocorrer a partir do momento em que Porto Alegre passar da bandeira preta para a bandeira vermelha no Distanciamento Controlado.
Com unidades que possuem de 4 metros quadrados a 16 metros quadrados, o centro de compras não faz exigência de avalista no contrato de aluguel. O valor médio para a locação de um espaço é de R$ 49,00 por metro quadrado, valor que deve ser pago semanalmente.

Elaine explica que, conforme as vendas evoluem, os lojistas podem solicitar um aumento na área. As maiores lojas estão próximas da avenida Mauá e costumam receber clientes que ficam por mais tempo no centro de compras. Uma pesquisa feita pela administração do Pop Center mostrou que o tempo médio de permanência das pessoas no local é de
1 hora e 46 minutos.

Interessados em participar do edital devem realizar a inscrição na administração do Centro Popular de Compras. Na opinião da diretora, esta é uma oportunidade para quem deseja empreender. "O Pop Center é um colo de mãe, um berço empreendedor", conclui.