As vendas do comércio varejista no Rio Grande do Sul subiram 0,5% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (13), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do Estado ficou próximo à média nacional, que registrou crescimento de 0,5% no período.
Em relação ao mesmo mês de 2020, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo gaúcho tiveram baixa de 12,0% em fevereiro de 2021. Já o resultado brasileiro sofreu queda de 3,8% na mesma comparação.
Na comparação com fevereiro de 2020, o varejo do Rio Grande do Sul teve o quinto pior resultado entre as unidades da federação. Tombos maiores só foram registrados em Tocantins (-18,5%), Amazonas (-16,09%), Distrito Federal (15,1%) e Acre (13,3%). Os estados com maior crescimento de vendas nessa comparação foram Piauí (14,1%), Amapá (10,1%), Pará (4,1%), Pernambuco (2,0%) e Roraima (1,3%). No total, 18 das 27 unidades da federação tiveram resultados negativos.
Já em relação a janeiro de 2021, resultados positivos nas vendas do varejo foram alcançados em 19 unidades da federação. Os maiores crescimentos ocorreram no Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Já os tombos mensais mais fortes foram registrados no Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%).
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de veículos, motos, partes e peças e segmento de material de construção, o Rio Grande do Sul registrou alta de 2,2% nas vendas em fevereiro ante janeiro, com ajuste sazonal. Com isso, o Estado ficou abaixo do resultado nacional, que foi de 4,1% no período.
Na comparação com as vendas de fevereiro de 2020, sem ajuste sazonal, o varejo ampliado gaúcho sofreu uma queda de 9,0%, tombo mais forte do que o 1,9% do resultado do Brasil. Nessa base de comparação, o Rio Grande do Sul registrou a terceira maior queda no ranking nacional. Apenas Amazonas (-14,6%) e Distrito Federal (-11,0%) tiveram reduções mais fortes. Já Amapá (10,5%), Piauí (10,1%) e Pernambuco (9,5%) foram destaque de crescimento. Das 27 unidades da federação, 14 registram quedas nessa comparação.
Os resultados positivos foram mais espalhados na comparação com janeiro de 2021, com 22 unidades da federação registrando crescimento nas vendas do varejo ampliados. Amazonas (20,2%), Rondônia (9,9%) e Piauí (9,5%) tiveram as maiores altas, enquanto Acre (-5,3%), Tocantins (-2,1%) e Amapá (-1,6%) foram destaque nas quedas.
Segmentos
Em todo o Brasil, na passagem de janeiro para fevereiro, o volume de vendas cresceu em quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), móveis e eletrodomésticos (9,3%), tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).
Por outro lado, houve quedas nos segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%), combustíveis e lubrificantes (-0,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,2%).
No varejo ampliado, veículos, motos, peças e partes avançaram 8,8%, enquanto os materiais de construção tiveram alta de 2% no período.
A receita nominal do varejo cresceu 1,5% na comparação com janeiro deste ano e 6% na comparação com fevereiro do ano passado. Já a receita do varejo ampliado subiu 4,4% em relação a janeiro e 8,6% na comparação com fevereiro de 2020.