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Economia

- Publicada em 10 de Abril de 2021 às 11:06

Nova rodada do auxílio emergencial deve beneficiar 1,7 milhão de pessoas no RS

Com benefício, estimativa é de que cerca de R$ 450 milhões sejam injetados na economia gaúcha

Com benefício, estimativa é de que cerca de R$ 450 milhões sejam injetados na economia gaúcha


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Adriana Lampert
Os pagamentos do Auxílio Emergencial de 2021 - disponibilizado pela União por conta da pandemia de Covid-19 - estão sendo creditados pela Caixa Federal desde terça-feira (6) e devem seguir até o dia 22 de agosto. O valor médio do benefício será de R$ 250,00 - variando de R$ 150,00 a R$ 375,00 a depender do perfil do beneficiário e da composição de cada família. No Rio Grande do Sul a estimativa é de que 1,7 milhão de pessoas recebam a ajuda do governo federal. 
Os pagamentos do Auxílio Emergencial de 2021 - disponibilizado pela União por conta da pandemia de Covid-19 - estão sendo creditados pela Caixa Federal desde terça-feira (6) e devem seguir até o dia 22 de agosto. O valor médio do benefício será de R$ 250,00 - variando de R$ 150,00 a R$ 375,00 a depender do perfil do beneficiário e da composição de cada família. No Rio Grande do Sul a estimativa é de que 1,7 milhão de pessoas recebam a ajuda do governo federal. 
Em 2020, o Auxílio Emergencial pago para a maioria das famílias girou em uma média de R$ 600,00 mensais, pagos em seis parcelas (em 2021 o número de parcelas baixa para quatro). A medida ajudou a amenizar um impacto maior da crise econômica em lares com maior vulnerabilidade social. Ainda que o benefício a ser concedido neste ano seja menor do que o de 2020 - resultando em um impacto mais reduzido na economia -, "para quem não dispõe de nenhum outro recurso para sobreviver acaba fazendo a diferença", avalia o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch. Segundo o dirigente, a expectativa da entidade é de que sejam injetados R$ 450 milhões na economia gaúcha, através do consumo. 
O cálculo, feito pelo Departamento de Economia da entidade, se baseou no fato de que a maioria das famílias beneficiadas receberá R$ 250,00. Mas há variações: em lares chefiados por uma mulher, o valor da ajuda é de R$ 375,00; e no caso de pessoas que moram sozinhas, o auxílio é de R$ 150,00. Para se ter uma ideia do impacto do benefício no Estado, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, mostram que na Região Metropolitana de Porto Alegre, a renda domiciliar per capita dos 40% mais pobres da população teria caído 34,6% entre 2019 e agosto de 2020, caso não existisse o auxílio emergencial. Com o benefício, a queda foi de 9,6%. 
"Como este ano o recurso é muito menor, não apenas nos valores das parcelas, mas no montante disponibilizado (cerca de R$ 45 bilhões para todo o País frente aos R$ 300 bilhões de 2020), é possível que entre 25% e 30% desse total seja destinado ao consumo varejista", calcula Koch. Ele aponta que cerca de R$ 11 bilhões serão injetados no comércio do País. "Esses valores estão bem aquém dos R$ 103 bilhões que foram dirigidos ao setor no último ano."
A extensão do Auxílio Emergencial (Medida Provisória nº 1.000, de 2 de setembro de 2020) conta com calendário organizado para que o atendimento ocorra de forma ordenada e sem aglomeração. Os pagamentos em 2021 seguirão escalonados, de acordo com o mês de nascimento do beneficiário, em ciclos de crédito em conta e saque em dinheiro. Para os beneficiários do Bolsa Família que receberão o auxílio, nada muda. Eles continuam a receber conforme o calendário habitual. "O início de novas rodadas do auxílio, a partir deste mês de abril serve como um paliativo para compensar as perdas gigantescas que boa parte da população brasileira enfrenta desde março de 2020", destaca o presidente da FCDL-RS.
Pelas novas regras, estabelecidas pela Medida Provisória 1.039/2021, o benefício será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. Segundo informações do Ministério da Cidadania, é necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não haverá nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor "mais vantajoso". A família receberá o benefício com maior valor, seja a parcela paga no âmbito do programa, seja o valor do Auxílio Emergencial.
"Não se pode prever que com o montante concedido pelo governo federal as famílias mais carentes terão poder de compra para buscarem produtos que não lhes garanta a sobrevivência, como alimentos e medicamentos", pondera o presidente da FCDL-RS. "Inclusive porque existe, neste ano, uma redução no total de pessoas que terão direito ao benefício. Eram mais de 68 milhões em 2020 e, em 2021, serão cerca de 46 milhões (em todo o País)", destaca.
Ainda assim, o dirigente acredita a possibilidade do comércio ser contemplado com parte destes recursos pode "fazer a diferença para muitos empreendimentos, especialmente as lojas de micro e pequeno porte". "Aliás, os pequenos negócios do varejo enfrentam um momento de extrema fragilidade, não tendo quase nenhum acesso a recursos governamentais que garanta a sua sobrevivência. Neste cenário, o poder de consumo da população mais vulnerável, sendo acrescido do Auxílio Emergencial, ajuda a dar um pequeno alento à pequena loja de rua, ao pequeno mercado, ao pequeno bazar", opina. 
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