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Economia

- Publicada em 09 de Abril de 2021 às 03:00

Vagas de trabalho na economia criativa recuam 6,4%

Em 12 meses, queda do emprego no Rio Grande do Sul alcançou 14,1%

Em 12 meses, queda do emprego no Rio Grande do Sul alcançou 14,1%


DUDU LEAL/DIVULGAÇÃO/JC
A economia criativa perdeu 458 mil postos de trabalho formais e informais no Brasil entre o quarto trimestre de 2019 e o quarto trimestre de 2020 devido aos impactos da pandemia de Covid-19. Segundo o levantamento do Observatório Itaú Cultural, de outubro a dezembro de 2019, havia 7.137.912 indivíduos trabalhando no segmento que representa o conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade. No mesmo período do ano passado, porém, este número caiu para 6.679.994, uma retração de 6,4%.
A economia criativa perdeu 458 mil postos de trabalho formais e informais no Brasil entre o quarto trimestre de 2019 e o quarto trimestre de 2020 devido aos impactos da pandemia de Covid-19. Segundo o levantamento do Observatório Itaú Cultural, de outubro a dezembro de 2019, havia 7.137.912 indivíduos trabalhando no segmento que representa o conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade. No mesmo período do ano passado, porém, este número caiu para 6.679.994, uma retração de 6,4%.
No Rio Grande do Sul, a queda foi ainda maior (14,1%). Eram 426.121 postos no 4º trimestre de 2019, número que caiu para 366.142. De acordo com o gerente do Observatório Itaú Cultural, Jader Rosa, a diminuição na quantidade de trabalhadores no segmento "parece ter sido inerente a um movimento maior dos demais setores da economia em cada unidade federativa". Ele se refere à queda no número de pessoas ocupadas em todos os estados.
Com teatros, cinemas, museus e centros culturais fechados ou operando em ritmo mais lento, os postos de trabalho na área da cultura (atividades artesanais, artes cênicas e artes visuais, cinema, música, fotografia, rádio e TV e museus e patrimônio) foram os mais afetados, com recuo de 18% no período analisado. O número caiu de 773.962 para 634.297.
A perda só não foi maior devido ao aumento de cerca de 115 mil no número de trabalhadores na área de Tecnologia da Informação (TI), representando uma alta de 24%. Este crescimento está relacionado a uma maior quantidade de serviços e plataformas online que passaram a ser adotados por pessoas e empresas de diversos segmentos durante a pandemia, que foram uma alternativa diante da necessidade de isolamento social.
O recuo nos postos de trabalho também afetou fortemente os trabalhadores informais, que atuam sem carteira assinada, são profissionais empregadores ou trabalham por conta-própria sem cadastro formal de CNPJ. Havia 2.838.385 postos de trabalho na economia criativa no 4º trimestre de 2019, número que foi reduzido para 2.525.900 no 4º trimestre de 2020, consolidando uma queda de 11%. Uma das razões para esta retração é a ausência de benefícios como aqueles criados para os trabalhadores formais durante a pandemia. É o caso das políticas de proteção ao emprego, que permitiram a diminuição de carga horária e a suspensão temporária de contratos de trabalho. Apesar da queda registrada no período, no entanto, o segmento terminou o ano em recuperação, com um aumento no número de contratações em relação ao trimestre anterior. Mesmo assim, o representante da instituição acredita que isso não é o suficiente para que haja esperanças de melhora.
Para o gerente, a retomada dos setores culturais que dependem de atividades presenciais será ainda mais afetada este ano pela crise sanitária que ainda está em estágio grave. "O fundo emergencial, como a lei Aldir Blanc, e formatos de editais para diferentes áreas de expressões são iniciativas necessárias, em curto e médio prazo, para sustentabilidade deste setor", completa.
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