Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 07 de Abril de 2021 às 18:34

Bolsa brasileira fecha em leve alta de 0,11%, com foco na ata do Federal Reserve

Índice da B3 conseguiu se manter além dos 117 mil pontos pelo terceiro fechamento consecutivo

Índice da B3 conseguiu se manter além dos 117 mil pontos pelo terceiro fechamento consecutivo


B3/divulgação/jc
Agência Estado
Com Vale ON negociada na máxima a R$ 105,32, e desempenho também positivo para siderurgia, o Ibovespa foi nesta quarta-feira (7) aos 118.303,28 pontos (+0,68%) no melhor momento da tarde, maior nível intradia desde 22 de fevereiro, mas acabou cedendo a nova ameaça de intervenção do presidente Jair Bolsonaro na política de preços da Petrobras, uma reiteração que segurou as ações da estatal no complemento da sessão.
Com Vale ON negociada na máxima a R$ 105,32, e desempenho também positivo para siderurgia, o Ibovespa foi nesta quarta-feira (7) aos 118.303,28 pontos (+0,68%) no melhor momento da tarde, maior nível intradia desde 22 de fevereiro, mas acabou cedendo a nova ameaça de intervenção do presidente Jair Bolsonaro na política de preços da Petrobras, uma reiteração que segurou as ações da estatal no complemento da sessão.
Para piorar, o dólar ganhou dinamismo com a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), elevando a moeda à vista a R$ 5,6549 na máxima da sessão, com a avaliação da autoridade monetária sobre a economia americana fortalecendo a referência ante pares como euro e libra.
Embora abaixo da resistência dos 118 mil, o índice da B3 conseguiu se manter além dos 117 mil pontos pelo terceiro fechamento consecutivo e embora tenha parecido a caminho, pelo segundo dia, de fechamento bem perto do zero a zero, encontrou ao fim leve alta de 0,11%, a 117.623,58 pontos, com mínima a 116.747,95 e abertura a 117.498,87 pontos. O giro ficou em R$ 31,8 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 2,06%, com ganho de 0,85% neste começo de mês, limitando as perdas do ano a 1,17%.
"Prevalecia cautela até a ata do Fomc, com o intuito de avaliar se haveria indicação de movimento de normalização (da política monetária) mais cedo do que o Fed havia anunciado, embora a expectativa fosse de que o documento reiteraria posição cautelosa da autoridade monetária, em cenário de inflação ainda baixa. O que poderia pesar contra isso é a aceleração da retomada econômica, com o avanço da vacinação nos Estados Unidos e o forte nível de estímulos fiscais e monetários, que tem alimentado as expectativas de inflação", observa a economista Paloma Brum, da Toro Investimentos.
Embora, na ata, os dirigentes do Federal Reserve tenham reconhecido a melhora da perspectiva econômica, reiteraram o compromisso com a manutenção de estímulos à atividade, ainda mostrando pouca preocupação com a progressão de preços no país. No documento, os dirigentes do Fed disseram esperar queda nas leituras anualizadas de inflação, após alta transitória, e atribuíram o avanço dos juros dos Treasuries à "melhora de expectativas", bem como à emissão de títulos. Ainda assim, a avaliação sobre a economia americana não passou despercebida, resultando em apreciação do dólar, aqui e fora.
"O Ibovespa encerrou mais uma vez no zero a zero, com volume muito abaixo da média, reflexo de 'dois mundos' na bolsa brasileira: do lado positivo, as empresas de commodities e exportadoras, em mais um dia de alta do minério de ferro e com dados econômicos acima do esperado nas economias desenvolvidas; do lado negativo, economia com fracos resultados aqui, na passagem de fevereiro para março, contrariando o ritmo pelo mundo, além do imbróglio sobre o Orçamento de 2021 e o aumento do risco fiscal, traduzido em mais um dia de inclinação da curva de juros", observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
Para Rodolfo Carneiro, sócio e assessor da Valor Investimentos, a ata do Fed trouxe "pensamento um pouco mais 'hawkish'", o que resultou em algum "sofrimento" para o câmbio aqui. "A declaração do Bolsonaro sobre a política de preços da Petrobras também pesou, ligeiramente. Mas o pior ponto do dia foi, de fato, essa ata do Fed, com alguma mudança em relação ao comunicado inicial, o que resultou em acréscimo de preço no dólar", acrescenta.
No período da tarde, ao dizer que "podemos mudar essa política de preços na Petrobras", o presidente Bolsonaro contribuiu para reduzir o fôlego do índice da B3, revertendo o ganho da ação PN (-0,08%) e reduzindo o da ON a 0,46% no fechamento, após ambas terem girado em torno de 1% de alta antes das declarações. Destaque nesta quarta-feira para ganho de 2,46% em Vale ON, em dia também positivo para as ações de siderurgia (Gerdau PN +1,89%, CSN +1,84%).
Na ponta do Ibovespa, Braskem fechou em alta de 5,95%, à frente de Minerva (+4,22%) e de Hapvida (+3,89%). Na face oposta, Hering cedeu 3,34%, Rumo, 3,25%, e B2W, 2,96%. O setor de bancos, o de maior peso no Ibovespa, teve desempenho majoritariamente negativo, com perdas moderadas na sessão, até 1,09% (Bradesco PN) - a exceção foi Santander, praticamente estável no fechamento (+0,03%).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO