O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta terça-feira (30), pressionado pelo fortalecimento do dólar ante rivais e o contínuo avanço dos juros dos Treasuries, em meio a expectativas de aceleração da inflação.
O ouro com entrega prevista para junho perdeu 1,67% nesta terça, e terminou a sessão cotado a US$ 1.686,00 a onça-troy, na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange.
A escalada dos rendimentos de títulos públicos continua impondo pressão sobre o metal precioso. Como ambos costumam servir de reserva de segurança, investidores tendem a preferir a renda fixa quando os retornos estão em níveis elevados, uma vez que a commodity não rende juros.
Segundo a Capital Economics, esse quadro deve prosseguir nos próximos meses, enquanto a economia global acelera a recuperação e vários países avançam com o processo de imunização contra o coronavírus.
A consultoria explica que o movimento descendente não será limitado por uma possível busca por segurança, já que a expectativa é de que os mercados acionários tenham bom desempenho.
A instituição prevê que o ativo estará cotado em US$ 1,6 mil a onça-troy no final deste ano. "A recente queda abaixo de US$ 1,7 mil ilustrou a maior sensibilidade do ouro aos juros longos dos Treasuries do que aos juros curtos. Achamos que os preços cairão ainda mais enquanto a curva de juros continua a se inclinar", projeta.